quinta-feira, 21 de julho de 2016

Grupos Vegetais



Grupos Vegetais
Antes de iniciarmos o estudo sobre os grupos vegetais, é importante conhecermos o significado dos termos que irão aparecer.
A
·         Alternância de gerações: ciclo reprodutor de um organismo que apresenta a alternância de duas fases - gametófito (fase haploide) - responsável pela formação de gametas, os quais após conjugação originam um zigoto, que germinando origina o esporófito (fase diploide).
·         Angiospermas planta cujas sementes se desenvolvem no interior de ovários, os quais por maturação originam frutos.
·         Anterídio: órgão formador dos gametas masculinos, anterozoides.
·         Anterozoides: gametas masculinos
·         Arquegônio: órgão que produz o gameta feminino, oosfera.
·         Avasculares: sem vaso condutor

C
·         Criptógamas:  planta com estruturas reprodutoras pouco visíveis, sem flor

      D
·         Diplobionte ou diplonte: ciclo de vida da maioria das plantas. Também chamado de meiose gamética.

E
·         Endosperma: tecido nutritivo que contém as reservas necessárias ao desenvolvimento do embrião nas angiospermas. Resulta da fusão duma célula espermática com a célula central presente no óvulo. Célula triploide (3n).
·         Espermatófita ou espermáfitas: plantas com semente
·         Esporófito: indivíduo diploide (2n) que produz esporos por meiose
·         Estróbilo:  consiste num certo número de esporofilos ou escamas mais ou menos agrupados em torno de um eixo central. Estróbilo masculino ou cone, e o estróbilo feminino: pinha. Isso ocorre nas Gimnospermas

F
·         Fanerógmas: plantas com estrutura reprodutora visíveis. Com flor

G
·         Gametângios: órgãos produtores de gametas
·         Gametófito: indivíduo haploide (n) que produz gametas
·         Gimnospermas - planta que apresenta óvulos não encerrados em ovários.
·         Grão de pólen - estrutura microscópica existente nos espermatófitos e que contém o gametófito masculino maduro ou imaturo.

H
·         Haplobionte: Ciclo de vida no qual o indivíduo que produz os gametas é haploide (n). Também chamado de meiose zigótica.
·         Haplo-diplonte: Também conhecido como Alternância de gerações, é o ciclo onde há um adulto diploide (2n) e um adulto haploide (n). Também chamado de meiose espórica.

M
·         Megaprotalo: gametófito feminino
·         Megásporo: o esporo se desenvolve no gametófito feminino, são maiores que os micrósporos
·         Microprótalo: gametófito masculino
·         Micrósporo: o esporo se desenvolve no gametófito feminino.

O
·         Oosfera: gameta feminino

V
·         Vasculares ou traqueófita: com vaso condutor
·         Vaso lenhoso: é o xilema ou lenho conduz seiva bruta
·         Vaso liberiano: é floema ou líber conduz seiva elaborada




Grupos vegetais: Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas



1º) Briófitas
Briófitas: grego: bryon = musgo; phyton = planta
As briófitas são plantas folhosas ou talosas de pequeno porte, encontradas em lugares úmidos e sombreados. Elas não possuem vasos condutores, a água absorvida é enviada para o vegetal por difusão, por isso elas são pequenas.
Como adaptação ao meio terrestre, seus órgãos reprodutores apresentam uma camada de células estéreis protetora, a epiderme.
Elas são ditas os “anfíbios” do Reino das Plantas, porque vivem na terra, mas depende da água para a reprodução.

a)    ESTRUTURA
·         rizoides - filamentos que fixam a planta no ambiente em que ela vive e absorvem a água e os sais minerais disponíveis nesse ambiente;
·         cauloide - pequena haste de onde partem os filoides;
·         filoides -estruturas clorofiladas e capazes de fazer fotossíntese.

O gametófito é a planta propriamente dita, é independente e duradoura, enquanto que o esporófito, é perene e depende do gametófito para a sua nutrição.
O gametófito possui gametângios: feminino à arquegônio , possui apenas uma oosfera; masculino à anterídio,  possui muitos anterozoides.
O esporófito possui esporângiosà  que que produzem esporos por meiose.  



b)    Reprodução
B1) Reprodução assexuada
·         Fragmentação: pedaços de uma planta geram uma nova
·         Propágulos: pequenos pedaços da planta se soltam, são levados pela água e originam novas plantas. Essa estrutura se formam no interior de conceptáculos, têm a forma de taça e estão na face superior do talo

                                                                                                                                                     

B2) Reprodução Sexuada    

Há algumas briófitas monoicas ou homotálica,  isto é, o gametófito apresenta estruturas masculinas à anterídios e femininas  àarquegônio na mesma planta.
Para ocorrer a reprodução o anterozoide (gameta masculino) precisa da água para escorregar até arquegônio e fecundar a oosfera (gameta feminino), formando o zigoto.

Outras espécies são dioicas ou heterotálica, isto é, cada gametófito apresenta apenas anterídios ou arquegônios. Nelas, o transporte do anterozoide é efeito por gotas de água ou garoa, por causa da distância entre os anterídios e arquegônios.
Os anterozoides nadam ativamente na superfície umedecidas e penetram no arquegônio, onde fecunda a oosfera formando o zigoto, que sofrerá mitoses, originando o embrião, que sofrerá mais mitoses e irá originar o esporófito dito, esporogônio. Este vive sobre o gametófito de onde retira os nutrientes necessários para a sua sobrevivência. Por isso se diz que o esporófito é parasita do gametófito.
 O esporogônio apresenta as seguintes partes:
Haustórios: estrutura que prende o esporogônio no gametófito feminino na ponta.
Haste ou seta: filamento longo
Cápsula: é um grande esporângio ovalado localizado na ponta da seta. É nela que se originam os esporos (n) por Meiose (R!).
O crescimento do esporângio se inicia dentro do arquegônio, com isso os tecidos haploides do arquegônio permaneçam sobre a cápsula, formando um capuz dito caliptra. Quando a cápsula resseca ela se abre e libera os esporos, que são arrastados pelo vento. Este ao cair em um ambiente propício, germinará e formará um filamento multicelular, dito protonema, do qual irá surgir novas plantas.





c)    Classes das Briófitas
C1) Bryophita: musgos.  Ocorrem em grupos, que cobrem o solo, rochas, muros etc. Muitas espécies resistem ao dessecamento temporário e outras ainda suportam longos períodos de seca.



C2) Hepatophyta: hepáticas. As hepáticas são vegetais que vivem em ambientes de muita umidade ou em água doce. O gametófito é taloso, prostrado e provido de rizoides na face interior. Um dos gêneros mais conhecidos é o Marchantia.
 Os seus talos são dioicos.



C3) Anthocerotophyta: antóceros. O gametófito é achatado  e laminar prostrado contra o solo úmido, onde se fixa através de rizoides. Uma característica marcante são os esporófitos filamentosos, alongados que crescem eretos sobre os talos. Há a presença de um único e grande cloroplasto por célula, no interior do qual se desenvolve um pirenoide, grão de reserva de amido.







2º) Pteridófitas

Pteridófita: grego pteri ou pteridio = feto

As Pteridófitas são plantas traqueófitas, possuem vasos condutores que transportam a seiva bruta à xilema ; e os que transportam seiva elaborada à floema.  Essa evolução em relação as Briófitas, garantiu a eficiência no transporte de nutrientes, permitindo assim que elas atinjam grandes tamanhos. Uma importante especialização dos vasos lenhosos é a impregnação de suas paredes por uma substância de grande resistência, a lignina, que proporciona a sustentação mecânica do caule e nervuras da folha.

a)    ESTRUTURA

Raiz: geralmente se origina caule à adventícea e fasciculada
Caule: subterrâneo à rizoma

Folhas: são divididas em folíolos na forma de penas, uma adaptação que permite captar a luz difusa que vem do chão das florestas. As folhas jovens são ditas báculos, são enroladas lembrando um feto no útero, isso acontece porque o crescimento da face inferior é maior do que o da face superior.
O esporófito é a fase duradoura, enquanto o gametófito, dito prótalo é pequeno, com vida autônoma.



b)    Reprodução nas samambaias

Na maturidade as samambaias desenvolvem estruturas ditas soros, localizados na face inferior das folhas. Dentro deles estão os esporângios. Em algumas espécies os soros ficam protegido por uma membrana fina dita indúzio

O esporângio possui um pedúnculo, uma faixa de células reforçadasà annulus e uma abertura, o estômio.



Em tempo seco, as células do annulus, perdem água, murcham e provocam tensões na região do estômio, onde ocorre a ruptura do esporângio que libera os esporos. Este caindo no solo úmido, germinam e produzem um prótalo verde, em forma de coração, este é o gametófito. Na face inferior do prótalo, há arquegônios e anterídios. Dos anterídios são liberados os anterozoides flagelados que nadam chegando até a abertura dos arquegônios. A fecundação da oosfera dará origem ao zigoto. Preso ainda ao prótalo ele se desenvolve e forma uma planta nova, o esporófito, que crescerá sobre o prótalo, do qual de início recolhe alimento produzido por ele. Ao se tornar independente o gametófito regride.
 



c)    Classes das pteridófitas

Equisetinea (Sphenopsida): plantas do gênero Equisetum (cavalinhas);
O extrato de cavalinha é rico em silício e em enxofre, é muito bom para as unhas, pele e cabelo.


Licopodinea (Licopsida): plantas do gênero Lycopodium e Selaginella;
senalingella

Filicinea (Pteropsida): é a classe mais numerosa e corresponde às plantas genericamente conhecidas por samambaias e avencas.







     
                                                         2º) Gimnospermas

Giminosperma: gymno = nu ; sperma = semente

As Gimnospermas são plantas vasculares, apresentam raiz, caule e folhas, flor (estróbilos) semente. As folhas são do tipo aciculadas
São fanerógamas, possuem no caule ramos com folhas especiais na produção de esporos, que germinam na própria planta originando os gametófitos.
São independentes de água para a reprodução.


1º) Estróbilos masculinos e Estróbilos femininos

Um estróbilo apresenta um eixo central no qual se prendem folhas especializadas, ditas esporofilos. Este contém esporângios que formam esporos por meiose.
O estróbilo masculino, chamado de cone, possui folhas modificadas em escamas, ditas microsporófilas, contendo cápsulas ditas microsporângio, que sofrem meiose formando os micrósporos, que sofreram mitoses formando o grão de pólen, que é constituído por dois tipos de células:  célula do tubo e célula-geradora


O estróbilo feminino, chamado de pinha, são formados por folhas modificadas em escamas, ditas megasporófilas, elas contêm megasporângio, que é revestido por um tegumento, forma o óvulo.
No interior do megasporângio, uma célula diploide cresce por acúmulo de substâncias nutritivas e sofre meiose. Formam-se quatro células, das quais três se degeneram, e a única que sobrou é chamada de mesgásporo funcional. Ele irá sofrer mitose que vão originar o megaprótalo que corresponde ao gametófito feminino, que originará uma ou duas estruturas alongadas ditas arquegônio, dentro do qual estão a oosfera.





Estrutura do óvulo
Tegumento: membrana protetora, na qual há um orifício, dito micrópila
Saco embrionário: tecido com arquegônios, que correspondem ao gametófito feminino (n)
Endosperma primário: tecido de reserva haploide que envolve todo o saco embrionário. No pinhão é toda a massa branca comestível.

Cycas

Ciclo de vida
 O estróbilo masculino produz grãos de pólen e o estróbilo feminino produz o óvulo.
O grão de pólen é levado pelo vento e atinge o óvulo, germina e desenvolve o tubo polínico, que contém duas células espermáticas, que funcionam como os gametas masculinos, penetra pela micrópila do óvulo. Apenas uma célula espermática fecunda a oosfera, resultando na formação do zigoto.



 




Angiospermas
Angiosperma: angio = vaso, urna ; sperma = semente

As angiospermas são as plantas mais conhecidas. Elas apresentam duas características exclusivas: flores e frutos.



As flores são formadas por estames (masculino) dão origem ao grão de pólen e por carpelos (feminino) envolvem o óvulo, constituindo o ovário da flor.

Gametófito femininoà megaprótalo
No ovário da flor se desenvolve apenas uma megásporo, os outros três se atrofiam. O megásporo funcional é haploide, o seu núcleo sofre três mitoses sucessivas e origina oito núcleos haploides. Três deles miram para a região oposta a micrópila, onde formam as antípodas; dois núcleos se dirigem para a região central do óvulo e formam as células polares; os três núcleos restantes migram para perto da micrópila onde originam três células: duas são as sinérgides e uma maior localizada entre as sinérgides é a oosfera.
O gametófito feminino também é chamado de saco embrionário.





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Gametófito masculino à microprótalo
Quando a flor amadurece, os microsporângio presentes nas anteras abrem-se e liberam os grãos de pólen.
O grão de pólen é formado por apenas duas células: célula do tubo e célula-geradora. Esta se divide por mitoses e origina duas células espermáticas (gametas masculinos à anterozoides). A parede externa do grão de pólen é resistente recebe o nome de exina; a interna é de celulose e chama-se intina.



Dupla fecundação formação da semente
Uma peculiaridade das angiospermas é a dupla fecundação que ocorre no interior do óvulo. As células espermáticas descem pelo  tubo polínico, entra em contato com o saco embrionário, dentro do óvulo, um núcleo masculino une-se a oosfera, formando o zigoto; a outra célula fecunda os núcleos polares,  formando uma célula triploide (3n) dita endosperma secundário.
Do zigoto desenvolve-se o embrião e, junto dele, um ou dois cotilédones. As sinérgides e antípodas degeneram-se após a fecundação.
Completando a dupla-fecundação, os tegumentos do óvulo se transformam e originam a casca da semente.


Formação do fruto
O embrião se desenvolve dentro da semente libra hormônios que induzem o espessamento da parede do ovário, originando o fruto.



Ciclo de vida




Resumo do ciclo de vida das angiospermas
 
Classificação
Monocotiledoêna: possui apenas um cotilédone
Eudicotiledonea: dois cotilédones
Angiospermas basais: possuem dois cotilédones e também possuem características das monocotiledôneas. EX: abacate, fruta do conde, vitória-régia.


Quadro comparativo da evolução do gametófito e do esporófito









fonte:
Cesar e Sezar
Amabis
Sergio Linhares
Raven
fotos da internet









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