terça-feira, 25 de julho de 2017

Filo Poríferos

O filo Porifera (do grego pori = poro; phoros = portador); elas apresentam muitos poros pelo corpo. As esponjas atuais se diferem das ancestrais que devem ter surgido no período final da era Pré-cambriana.
A sua natureza animal apenas foi reconhecida em 1765, mas a sua posição sistemática permaneceu incerta até 1857.

1º) Características Gerais
·         Possuem poros;
·         São sésseis;
·         São aquáticas;
·         Não possuem órgão ou tecidos verdadeiros;
·         São multicelulares;
·         A maioria possui corpo assimétrico; ou simetria radiada
·         Sustentação esquelética é feita por espículas ou por espongina;
·         Reprodução assexuada por brotamento ou gemulação e sexuada com desenvolvimento indireto com a formação da larva anfiblástula, e podem ter também com desenvolvimento direto
       São denominadas também como Parazoa (grego para = ao lado de), porque elas compartilham poucas características com outros filos de metazoários (muitas células).
·         São diploblásticos (2 tecidos)
·         Acelomados
·         Sem cavidade digestiva
2º) Organização Corporal
Tem a forma de um cilindro oco, onde a extremidade posterior está aderida a um substrato, e a extremidade anterior é aberta e recebe o nome de ósculo. A sua cavidade interna recebe o nome de espongiocela ou átrio (termo em desuso). Entre a epiderme e a cavidade interna há um espaço gelatinoso, dito meso-hilo (mesenquima) onde estão imersos diversos tipos celulares.
     A parede do corpo é formada por três regiões:
a)    Epiderme: é formada por uma camada de células, chamadas pinacócitos, interrompida por porócitos.
b)    Na endoderme encontramos células características das esponjas, os coanócitos que promovem a circulação de água com batimentos de seus flagelos e que fagocitam partículas de alimentos suspensos na água. Ele é formado por um colarinho que retém as partículas alimentares inaladas.

c)    Entre as camadas aparece o mesenquíma, formado por uma espécie de gelatina, com várias células: amebócitos, células que se locomovem por pseudópodos; arqueócitos, células não especializadas capazes de originar outras células; espongioblastos e escleroblastos, que produzem o esqueleto do animal.

          A circulação da água se dá da seguinte maneira: ela entra pelos poros, vai para a espongiocela e é expelida pelo ósculo. Essa movimentação é realizada com os batimentos do flagelo presentes nos coanócitos que capturam, por fagocitose, seres unicelulares e realizam a digestão intracelular, ou seja, no interior da célula. Dos coanócitos, o alimento passa para os amebócitos, que o distribui a outras células do mesenquima e à epiderme. alimentação se dá através de partículas alimentares suspensas na água, como protozoários e algas unicelulares
Nas esponjas, não há sistemas responsáveis pela respiração, circulação e excreção. O oxigênio e os excretas entram ou saem por difusão das células e são levados pela corrente de água, a difusão é suficiente para o transporte de substâncias e o alimento chega com a corrente de água.
Quando a água entra ela traz junto o gás oxigênio e alimento para a esponja, elas são animais filtradores, e ao sair leva consigo excretas nitrogenados e o gás carbônico.
A sustentação da esponja é dada por uma rede macia e flexível de filamentos proteicos, a espongina, produzida pelos espongioblastos. Além dessa rede, há esponjas que possuem um esqueleto formado por espículas de calcário (Carbonato de cálcio) ou sílica (dióxido de silício). Este esqueleto, mais duro, é produzido pelos escleroblastos.
           

3º) REPRODUÇÃO

A reprodução pode ser assexuada ou sexuada. A grande capacidade de reprodução assexuada e de regeneração das esponjas decorre do pequeno grau de complexidade deste animal.

A reprodução assexuada pode ser por:
a)    Brotamento: a esponja-mãe produz uma projeção no corpo, que recebe o nome de broto, que pode se soltar ou ficar preso ao corpo formando uma colônia.
 b) Gemulação: é mais comum nas espécies de água doce. Com a mudança do local onde vivem, as esponjas começam a produzir estruturas resistentes a falta de água, as gêmulas, onde os arqueócitos se juntam no meso-hilo e são envoltos por uma cada de espongina incorporada com espículas silicosas. 
 Reprodução Sexuada
O espermatozóide e óvulo originam-se dos arqueócitos e coanócitos, não havendo órgãos sexuais especializados. Algumas esponjas são dióicas (de sexos separados) mas a maioria é hermafrodita ou monóica. Neste último caso, porém, o espermatozóide e o óvulo de um indivíduo são geralmente produzidos em épocas diferentes. Portanto, a fecundação é quase sempre cruzada. Os espermatozóides saem pelo ósculo e penetram em outra esponja junto com a água, onde fecundam os óvulos.
O desenvolvimento embrionário é indireto: o ovo não origina uma esponja mas se diferencia em dois tipos de larvas móveis com flagelos: a anfiblástula (esponja siconoides) e a parenquímula (esponja Leucon e Asco). As larvas saem do ósculo, nadam algum tempo e, em seguida, fixam-se a um substrato, originando uma nova esponja.
A produção de larvas móveis é importante na dispersão de um animal fixo, que, de outra forma, não poderia colonizar ambientes.
4º) Classificação das esponjas

Ascon: é a forma estrutural mais simples. A água entra pelos poros ou óstios 
e atinge uma cavidade central dita espongiocele ou átrio, revestida pelos coanócitos.
 Por batimento flagelado, os coanócitos impulsionam a água para uma grande 
superfície situada na parte superior do animal denominado ósculo, devolvendo-a
 ao exterior.

    Sícon: além dos poros para a entrada de água, possui câmaras flageladas, 
voltadas para a espongiocele, cuja função é aumentar a atuação dos coanócitos. 
Pode apresentar também dobramento na superfície externa que formam canais 
aferentes para a entrada de água. A água entra pelos poros, atinge os canais 
aferentes, segue para o átrio e é, posteriormente, eliminada pelo ósculo.

Leucon: é mais complexo que as formas anteriores e apresenta as câmaras 
flageladas no interior do mesófilo. A água passa pelos canais aferentes, atinge as 
câmaras flageladas e escoa por canais eferentes até um pequeno átrio quando só 
então é eliminada para o exterior.  

Quanto a classificação, o filo Porifera apresenta três classes, conforme as caracteristicas das espículas e organização celular.
  • Classe Calcarea - Agrupa as esponjas com espículas calcárias. Podem ser dos tipos áscon, sícon ou lêucon;
  • Classe Hexactinellida - Grupo das esponjas com espículas de sílicas. Podem ser sícon ou lêucon;
  • Classe Demospongiae - Esponjas com esqueleto de esponjina, silicioso ou misto. Apenas do tipo lêucon.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Reino Protoctista

O reino Protoctista (antigamente Protista), inclui os protozoários, seres eucariontes, unicelulares e heterotróficos, e as algas seres eucarióticos, unicelulares ou multicelulares, e autotróficos fotossintetizantes. Os mixomicetos, anteriormente classificados como fungos, são agora incluídos no reino Protoctista.
A maioria dos biólogos ainda utiliza o termo Protista, mas apenas como forma conveniente de se referir a eucariotos que não são plantas, fungos e animais.
Protista, juntamente com plantas, animais e fungos são classificados como eucariotos; pertencem ao domínio Eukarya.

1º) Endossimbiose e a evolução dos eucariontes
Endossimbiose primária. A simbiose entre uma célula hospedeira ancestral dos eucariotos e uma célula procariótica é que deu origem às mitocôndrias e aos cloroplastos dos seres eucariotos.



Endossimbiose secundária é aquele onde uma célula eucariótica hospedeira engloba outra célula eucariótica que já realizou endossimbiose primária e adquiriu um cloroplasto. Eventos de endossimbiose secundários geraram cloroplastos complexos com mais de duas membranas (três ou quatro).


                                                             Protozoários
Os protozoários são muito numerosos e adaptam-se a diferenciadas formas de vivência, povoando quase todos os ambientes. São organismos muito antigos e fósseis de protozoários já foram registrados na Era Proterozoica, há pelo menos um bilhão e meio de anos. Locomovem-se basicamente sob forma de pseudópodos, flagelos, cílios ou não possuem forma de locomoção. Os protistas possuem núcleo, que pode ser um ou dois como no paramércio, retículo endoplasmático, complexo golgiense e lisossomos. Há também um vacúolo, dito vacúolo contrátil ou pulsátil, que controla a entrada de água na célula.
Antigamente os protozoários eram classificados em apenas quatro filos distintos com base na sua estrutura locomotora.
1. Sarcodina ou Rhizopoda: Locomovem-se a partir de pseudópodos. A ameba faz parte deste filo.
2. Mastigóforos ou flagelados: A locomoção é feita a partir de flagelos. O melhor exemplo deste filo é o tripanossomo.
3. Ciliados: A locomoção é realizada a partir de cílios. O melhor exemplo deste filo é o paramécio.
4. Esporozoários: Não possuem meios para locomoção; O melhor exemplo é o plasmódio.
Campbell pág 578


1º) Excavata
Os excavatas incluem os diplonomadidos, os parabaselídeos e os euglenozoários
    a)    Diplonomadidos: não têm plastídios, a mitocôndria é modificada dita mitossomos, que são capazes de realizar a maturação de proteínas que contém ferro e enxofre, e de produzir pequena quantidade de ATP. Essas organelas não realizam a respiração celular, a energia necessária (ATP) é obtida por vias bioquímicas anaeróbias, como a glicólise. Estruturalmente eles têm dois núcleos de igual tamanho e vários flagelos. Muitos são parasitas como a Giardia intestinalis (Giardia lambia).
    b)    Parabaselídeos: também possuem mitocôndria reduzida, dita hidrogenossomos. Geram ATP de forma anaeróbia a partir do piruvato e liberam gás hidrogênio. O parasita mais conhecido é o Trichonomas vaginalis. Outro representante é o Trichonympha que vive em mutualismo no intestino dos insetos, comedores de madeira ,como o cupim, eles digerem a celulose liberando a glicose.

Giardia intestinalis: é uma doença que afeta principalmente o intestino delgado, provocando diarreia e dores abdominais. A transmissão é feita pela ingestão de alimentos contaminados por cistos, que são formas resistentes de giárdia. 

  
Trichonomas vaginalis: parasita transmitido sexualmente, por uso de sanitários e banheiras não higienizadas; pelo uso de toalhas úmidas contaminadas, ele se locomove por flagelo. Afeta o sistema genital nos homens causando infecções na uretra e nas mulheres infecções na vagina.

Triconympha:

    a)    Euglenozoários: inclui predadores heterótrofos, fotossintetizantes autótrofos e parasitas. A principal característica desse grupo é a presença de um bastão espiral ou cristalino de função desconhecida no interior do flagelo. Eles são divididos em dois grupos:  os cinetoplastídeos e os euglenoides. 
bastão cristalino


Cinetoplastídeos: apresentam um única e grande mitocôndria com uma massa organizada de DNA, dita, cinetoplasto (cineto = movimento). Essa estrutura não tem nada a haver com movimento. Há cinetoplastídeos de vida livre, vivendo em água doce, no mar e em solos úmidos, há também os parasitas, o mais importante é o Trypanosoma cruzi, causador da Doença de Chagas. Há outro parasita o Trypanosoma brucei, causador da doença do sono (tripassomíase africana).

Doença de Chagas
causador : Tripanosoma cruzi
H.I.: barbeiro ( Triatoma infestans) ( reprodução assexuada) H.D.: homem (reprodução sexuada)
Transmissão : pelas fezes do barbeiro
Sinais característico : chagona (ferida) sinal de Romanã( olho)
barbeiro


                    sinal de Romanã                                   chagona                                        


  Ciclo Evolutivo


Pessoa sãà barbeiro pica e evacua-à pessoa coçaàtripanosomas entram no sangueà coração

Doença do sono
A doença do sono é também chamada de tripanossomíase africana humana
Causador: Trypanosoma brucei que possui duas subespécies, Trypanosoma brucei rhodesiense e Trypanosoma brucei gambiense. A primeira causa uma forma mais aguda da doença
HI: moscas Glossina morsitans e Glossina palpalis respectivamente, que por meio de picadas transmite o parasita. Essas moscas são conhecidas como tsé-tsé.
  • Trypanosoma brucei gambiense: É a forma mais comum da doença, que corresponde a 98% dos casos relatados, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e causa uma infecção crônica. A pessoa infectada pode passar meses ou até anos sem apresentar a maior parte dos sintomas, fazendo com que o paciente, muitas vezes, só seja diagnosticado quando ele já se encontra num estágio avançado da doença do sono e o sistema nervoso central já foi afetado. É incidente na área ocidental e central do continente africano.
  • Trypanosoma brucei rhodesiense: Hoje esta forma representa menos de 2% dos casos relatados da doença do sono, de acordo com a OMS, e causa uma infecção aguda. Os sintomas já são notados poucos meses, ou semanas, após a infecção e a doença se desenvolve rapidamente atingindo o sistema nervoso central. Alcança as porções meridional e oriental da África.
Sintomas: como febre, lesões cutâneas, nas vísceras, dor nas articulações, meningoencefalite, confusão mental, perturbações neurológicas, como perda da coordenação e sonolência, são comuns a depender do estágio em que a pessoa se encontra. Também são verificados fadiga, dor de cabeça e inchaço dos nódulos linfáticos. Inicialmente a doença não causa sintomas. Se não tratada, leva o enfermo a óbito. Distúrbios no ciclo do sono, em que a pessoa infectada não consegue dormir durante a noite mas é facilmente vencida pelo sono durante o dia.


  Ø  Euglenoides: têm como representante o gênero Euglena. Nesse grupo há formas clorofiladas e heterótrofos. São organismo unicelulares livre-natantes, a maioria é de água doce. Eles não têm parede celular e sim uma película flexível, sob a qual há fibrilas que permitem à célula contrair-se rapidamente.
      Os euglenoides aclorofilados temos como representante a Peranema sp, comum de água doce e que se alimenta de outros protistas, inclusive da Euglena sp.  Esses predadores possuem ao lado do saco flagelar uma região especializada para a captura e ingestão de presa o citóstoma (cito = célula; stoma = boca) associado a feixes especiais de microtúbulos que usam para prender a presa.

  •        As Peranemas possuem dois flagelos, um comprido e visível; o outro quase não é visível. Sua substância de reserva é o paramilo um tipo de carboidrato.

peranema
(active flagellum = flagelo ativo /starch = amido/recurent= flagelo quase invisível/ reservoir reservatório/ basal bodies= corpo basal)
         Ø  Os euglenoides clorofilados, possuem clorofila a e b e carotenoides. Para se locomover utilizam de uma estrutura, dita estigma ou ocelo, que é pigmentada, capaz de perceber a luminosidade do ambiente. Apresentam também o vacúolo contrátil
Euglena


    Chromalveloata: podem ter se originado por endossimbiose secundária. Seus representantes são: dinoflagelados, apicomplexos, ciliados (grupo alveolados); diatomáceas, algas douradas, algas pardas e os oomicetos (grupo extramenópilos).
   Alveolados: as espécies desse grupo têm sacos circundados por membrana abaixo da membrana plasmática. Esses sacos talvez possam ajudar na estabilidade e regular a quantidade de água e íons da célula. 
          Dinoflagelados: (dino = terrível). A maioria dos dinoflagelados vive no mar, com alguns representantes de água doce. Eles são unicelulares ou coloniais, suas células são reforçadas por placas de celulose, possuem dois flagelos que circundam a célula, realizando um giro que lembra um pião. São componentes abundantes do plâncton. Podem ser heterótrofos, como a Noctiluca scintillans, que é responsável pela bioluminescência no mar; seus flagelos são reduzidos, para capturar o alimento elas usam um longo tentáculo.

Noctiluca

       
     As  formas autótrofas são importantes produtores do ecossistema marinho, pertencem ao gênero  Gimnodinum e  Ceratium, eles possuem clorofila a e c, além de um tipo especial dito peridinina, exclusivo desse grupo, que é a substância de reserva de amido.
       Os dinoflagelados se reproduzem por divisão binária, mas também pode ocorrer reprodução sexuada, com a formação de gametas. 

                  
Os dois flagelos existentes na maioria dos dinoflagelados apresentam movimentos diferentes: aquele que se localiza na posição posterior da célula é chamado FLAGELO LONGITUDINAL, e aquele que se localiza circundando a região equatorial da célula é denominado FLAGELO TRANSVERSAL             


     
     O fenômeno maré vermelha, que é a proliferação intensa de organismos tóxicos, formando largas mancha avermelhadas na superfície do mar, acarretando na morte de peixes e a contaminação de ostras, animais bivalves, que são filtradores, que ao filtrarem a água do mar fixam em seus tecidos a toxina produzida por dinoflagelados tóxicos. Os humanos ao ingerir ostras contaminadas podem ter sérios problemas de saúde, podendo até ser fatal. Esse fenômeno é causado por Gonyaulax catenela e Gymnodinium breve.
maré vermelha
          

                 Existem também dinoflagelados clorofilados que vivem dentro do corpo de outros organismos (protistas e invertebrados), em uma relação de mutualismo, eles são dito zooxantelas
                 
o coral Montipora digiata colorido pela presença de xantonelas


·         Apicomplexos (do latim apex, ponta ou topo + complex, trançado + a, sufixo): são também chamados de esporozoários, são parasitas que não apresentam estrutura locomotora. Quase todos representantes desse grupo são parasitas de humanos. O nome desse grupo deriva da presença de uma estura dita complexo apical, que está relacionada com o processo de penetração ou fixação do parasita na célula hospdeira.
    Este complexo apical é bem desenvolvido porque consiste em um conoide anterior, em um ou dois anéis polares, em duas ou vinte estruturas glandulares na forma de garrafas (roptrias), além de numerosos túbulos derivados da membrana do Complexo de Golgi (micronemas). O conoide está aberto em ambas as extremidades e também é envolvido pelos anéis polares que se conectam com microtúbulos subpeliculares. Os micronemas possuem enzimas que são utilizadas para penetrar na célula hospedeira, porém as funções dos outros componentes celulares ainda não estão bem claras para a ciência. Os apicomplexos tem flagelos que ocorrem nos seus microgametas, mas são carentes de cílios e pseudópodos.
     

 
    O ciclo de vida desses parasitas ocorre um tipo de reprodução típica do grupo: a esporogonia: zigoto sofre repetitivas divisões nucleares, e logo após a sua formação, sofre um encistamento e uma divisão meiótica, originando no interior do cisto quatro esporozoítos haploides. Essas células multiplicam-se por mitoses sucessivas, dando origem a muitos outros esporozoítos, que serão eliminados do cisto.
           
esporogonia
     
             Os parasitas mais importantes desse grupo são: Plasmodium sp e Toxoplasma gondii.

             Malária
           Causador: Plasmodium sp
           Há três espécies de Plasmodium:
    o   Plamodium vivax: causa acessos febris a cada 48 horas à febre terçã benigna; ocorre de 3 em 3 dias;
   o   Plasmodium malariae: acessos febris a cada 72 horas à febre quartã benigna
   o   Plasmodium falciparum: acessos febris irregulares, de 36 a 48 horas à febre terçã maligna
     Transmissão: saliva do mosquito Anopheles (mosquito-prego) (só a fêmea)
      Outras vias de transmissão que não são pela saliva do mosquito:
     α     Transfusão sanguínea
     α     Uso de seringa contaminada
     α     Transmissão para o bebê na hora do parto, desde que a mãe seja portadora da malária;

     α     Contaminação de enfermeiros em acidentes de trabalho
          
           OBS   


                        O hospedeiro intermediário é o HOMEM, e o 
                           hospedeiro definitivo é o  MOSQUITO.   
           
             
malária livro do Campbell
                    
                       Toxoplasmose
                   Causador: Toxoplasma gondii
                   Transmissão: ingestão de cisto pelas fezes de gatos
                       Ingestão de carne de crua ou malpassada de boi, porco e carneiro

       Ciclo evolutivo
   A toxoplasmose é uma infecção provocada pelo protozoário Toxoplasma gondii. Não é transmissível de pessoa para pessoa. Diversos animais podem transmitir a doença para os seres humanos: gatos, suínos, caprinos, bovinos, aves e animais silvestres, mas aparentemente não ficam doentes. Os gatos e outros felinos são os hospedeiros definitivos da doença, pois neles ocorre a reprodução sexuada do parasito. Cabe ressaltar que gatos que nasceram e vivem em ambiente doméstico sem acesso à rua e alimentados exclusivamente com ração possuem chances reduzidas de se contaminar com o protozoário.
     Nos gatos, o toxoplasma instala-se no intestino onde se reproduz e forma cistos que são eliminados com as fezes. No solo, dentro dos cistos, há formação de esporozoítos. Os cistos podem ser ingeridos por outros animais como: rato, boi, carneiro e porco. No corpo desses animais os esporozoítos liberam-se dos cistos e invadem outros tecidos, já foram detectados em sangue, sêmen, leite e urina de animais com infecção aguda
      O gato ao comer um rato infectado, dão continuidade ao ciclo.   






                    ·         Ciliados: possuem cílios como estrutura locomotora. A maioria tem vida livre, mas podem ser parasitas também como Balantidum coliI, que parasita o intestino de porcos e pode, eventualmente, contaminar a espécie humana.

      Balantodiose: O Balantidium coli se instala no intestino grosso onde sofre desencistamento e liberação dos trofozoítos – forma infectante do parasita. É geralmente comensal da luz do intestino de suínos, obtendo sua nutrição por absorção de matéria orgânica dissolvida (amido) e de bactérias e se reproduzindo de modo sexuado ou assexuado.
Na espécie humana, quando há lesões na mucosa do colo ou do ceco, é possível ter invasão secundaria deste parasita.

ciclo evolutivo
          
Balantidium coli,  mostrando seu macronúcleo 

           Outros ciliados vivem no tubo digestório de animais ruminantes, auxiliando na digestão da celulose, é uma relação mutualística.
         Para ilustrar as características dos ciliados, vamos usar o Paramercium caudatum.
§  Vida livre, de água doce, é filtrador.
§  Sua célula é longa e achatada, é totalmente recoberta por cílios.
§ Há dois núcleos presentes no citoplasma: micronúcleo: função reprodutora; macronúcleo: função vegetativa e reprodução assexuada.
§  Citóstoma (cito= célula; stoma boca) estrutura com localização fixa na célula, abre-se para um canal interno da célula a citofaringe, que também é recoberta por cílios.
§  Citopígeo: local da eliminação dos resíduos. (ânus da célula)
§  Vacúolo contrátil: regula a quantidade de água na célula
§    Tricocistos fusiformes, se alternam com as bases dos cílios e podem ser descarregados como longos fios, para servir talvez na fixação ou defesa. É possível estimular quimicamente a liberação dos tricocistos, jogando por exemplo, sobre uma lâmina com paramércios, tinta azul de caneta. Quando a tinta os atinge, eles expulsam violentamente os tricocistos, que formam uma espécie de nuvem filamentosa ao seu redor.
   

            
paramércio
  

               LOCOMOÇÃO
            Os cílios batem para trás, para deslocar o paramércio para frente e, como suas vibrações são oblíquas, ele gira em seu eixo longitudinal.
                      



            ALIMENTAÇÃO
            O paramércio alimenta-se de bactérias, pequenos protozoários, algas. O batimento dos cílios, no sulco oral, impulsiona uma corrente de água contendo o alimento, na direção do citóstoma, o qual é levado para a citofaringe, onde o alimento é envolvido por uma membrana formando o fagossomo, que circulam pela célula, fundem-se aos lisossomos, formando o vacúolo digestivo, após a digestão, o vacúolo com os resíduos recebe o nome de vacúolo residual, que será eliminado através do citopígeo

              REPRODUÇÃO
         Os ciliados reproduzem-se assexuadamente por divisão binária transversal: o macro e o micronúcleo se dividem e ocorre a formação de sulco transversal, separando a célula ao meio. As células-filhas separam-se, tendo a mesma informação genética da célula-mãe.
reprodução assexuada
                O processo sexuado é realizado pela conjugação, em que dois paramércios se unem, seus macronúcleos degeneram e seus micronúcleos sofrem meiose. Há troca de micronúcleos, seguida de fusão. Ao final da conjugação, restabelece o número inicial de micro e macronúcleos. 

conjugação
          

           Diatomáceas: são algas unicelulares ou coloniais que possuem uma parede celular composta por sílica hidratada incrustada em uma matriz orgânica, chamada de frústula ou carapaça. Ela é composta por duas valvas que se encaixam apresentando uma grande variedade de formas. Essas paredes protegem as diatomáceas contra as mandíbulas dos predadores.
                          
frústulas
            Vivem em ambientes de água doce ou mar. A maioria é fotossintetizante, apresentando clorofila a e c, e o carotenoide fuconxantina. As substâncias de reserva são lipídios e o polissacarídeo crisolaminarina (A crisolaminarina, também chamada leucosina, é um polissacarídeo formado por unidades de glicose).
     As diatomáceas não têm cílios ou flagelos, podendo apresentar movimento por deslizamento. A sua reprodução pode ser assexuada por divisão binária ou sexuada com a formação de gametas.
      Quando morrem, as carapaças de sílica se depositam no fundo do oceano, formando um solo chamado de diatomito ou terra de diatomáceas.  Essa rocha é utilizada para a fabricação de tijolos, abrasivos, substâncias polidoras, pasta de dentes e dinamite.
                             
            
diatomito
          

         Algas douradas: também chamadas de crisofíceas, a maioria é unicelular, há espécies marinhas e de água doce, possuem clorofila a e c e xantofilas e, além disso, armazenam óleos e também uma substância chamada crisolaminarina. Sua parede celular contém celulose, sendo que algumas espécies também apresentam dióxido de silício. A coloração desses organismos é dourada. Muitas espécies, se as condições ambientais se deteriorarem formam cistos de proteção que podem sobreviver por décadas.
           
                           Bridyon  alga colonial de água doce



          A
lgas pardas: são também chamadas de feofíceas, são pluricelulares, marinha, algumas possuem partes diferenciadas que lembram “caule e folhas”. Algumas algas chegam a apresentar talos imensos como as espécies dos gêneros Laminaria (70m), Sargassum (30m). Os plastos são providos de clorofila e de um tipo de xantofila que lhes confere a cor pardacenta, chamada flicoxautina.
       O corpo é revestido por uma mucilagem chamada algina. Essa mucilagem é extraída das algas pardas e utilizada na fabricação de sorvetes, caramelos e cosméticos. Algumas espécies de algas são comestíveis. Vivem fixas no fundo (bentônicas), sendo a maioria das espécies marinhas e poucas de água doce. Algas pardas reproduzem-se sexuada e assexuadamente e muitas espécies apresentam alternância de gerações (metagênese).
     Algumas são flutuantes, como é o caso do gênero Sargassumfeofíceas facilmente encontradas na costa brasileira. Depois de moídas e ressecadas, elas são usadas como adubo, por serem ricas em sais minerais. Muitas delas também são usadas como alimentos, principalmente pelos povos orientais. Um exemplo é a Laminaria, conhecida como kombu na culinária japonesa.
             
                                          sargassum                               kombu

               
     
             Ciclo evolutivo das algas multicelulares.
           O indivíduo diploide é chamado de esporófito, porque ele produz esporos, que são haploides, e se movem por flagelos; os esporos flagelados são ditos zoósporos.
            Os zoósporos se desenvolvem em gametófitos masculinos e femininos haploides produzindo os gametas. A união dos gametas forma o zigoto diploide que amadurece e dá origem ao novo esporófito. 
     
retirada do livro : Campbell pág 587

    Oomicetos: incluem os fungos aquáticos e as ferrugens brancas ( são terrestres e parasitam plantas). Sua parede é formada por celulose, não fazem fotossíntese, são decompositores que crescem como massas parecidas com o algodão, em algas e animais mortos.
         

                                
ferrugem branca

fungo crescendo em animais mortos

retirada do livro : Campbell pág 588

                               


oomiceto

          o Oomiceto não é fungo, porque nos fungos a parede celular é formado por quitina.



         ·         Rhizopodas: o filo Rhizopoda, ou sarcodina, compreende os rizópodes, protozoários que se locomovem por pseudópodes (falsos pés).  Ex. amebas
            Rizópode = aspecto ramificado.
            Sarcodina = aspecto carnoso
        As amebas vivem tanto em ambiente aquático. Algumas espécies formam carapaças, ou testas sendo chamadas de tecamebas.
                       
tecameba  Difflugia sp
    
Amoeba proteus
     Elas se locomovem por pseudópodes, que também são usados para a captura de alimento por fagocitose, que consiste de pequenos protozoários, fungos e algas.Ela consiste de uma membrana plasmática, elástica, muito fina, abaixo desta uma zona estreita de ectoplasma claro, não granular, circundando a massa principal do corpo de endoplasma granular. Este consiste de um  plasmagel externo mais duro e de um  plasmassol  interno, no qual movimentos de correnteza são visíveis. Dentro do endoplasma há um  núcleo, não muito visível no animal vivo, um  vacúolo contrátil ou pulsátil esférico, preenchido de líquido, o qual periodicamente se move para superfície, contrai-se, descarrega seu conteúdo na água circundante e então se refaz, um ou mais  vacúolos digestivos de vários tamanhos contendo pequenas porções de alimento em digestão ; vários outros vacúolos, cristais, glóbulos de óleo e inclusões celulares. As funções destas partes são:
a)    plasmalema: retém o protoplasma dentro da célula, mas permite a passagem de água, oxigênio e de gás carbônico; pode se regenerar;
b)    ectoplasma: da forma ao corpo celular;
c)    endoplasma: contém outras estruturas e serve para a locomoção ;
d)    vacúolo contrátil: regula o conteúdo de água ( controle osmótico)
e)    vacúolo digestivo: contêm alimento em digestão;
f)     inclusões: são reservas alimentares ou outros materiais essenciais ao metabolismo
      
                          LOCOMOÇÃO
        Os sarcodíneos locomovem-se por pseudópodos ( pseudo = falso; podos = pé).
  Este tipo de fluxo irregular é chamado de movimento amebiano, que consiste em mudanças ocorridas no protoplasma coloidal, de sol para gel e vice-versa.
                  
                  Alimentação
     A ameba come outros protozoários, algas, preferindo pequenos flagelados e ciliados vivos. Ela se aproxima de seu alimento, emite os pseudópodos que o englobam , formando um vacúolo que irá se juntar ao vacúolo digestivo, este possui enzimas digestivas, que digerem o alimento. A parte não aproveitada é excretada por clasmocitose. Esse processo de digestão chama-se fagocitose.
           



RESPIRAÇÃO E EXCREÇÃO
A água na qual a ameba vive contém oxigênio dissolvido. Este difunde-se através da plasmalema. O metabolismo resulta na produção de produtos de excreção tais como dióxido de carbono e ureia, os quais serão eliminados por difusão.O vacúolo contrátil, também serve para a excreção, mas sua função principal é regular o conteúdo de água no corpo celular. Isto acontece principalmente nas formas de água doce, pois estas são hipertônicas em relação ao ambiente e, em consequência, absorvem muita água por osmose. O vacúolo enche-se gradativamente e quando atinge determinado limite, contrai-se impedindo que o protozoário estoure.
Nas amebas marinhas, cujo habitat não apresenta esse tipo de problema, já que a concentração salina da água é semelhante à concentração do fluido citoplasmático desses protozoários; o vacúolo contrátil é ausente.

REPRODUÇÃO
 A forma mais comum de reprodução dos sarcodíneos é assexuada por divisão binária: os cromossomos se duplicam, formando dois núcleos, o citoplasma se divide em duas partes.

                 

           Entamoeba histolystica
     São amebas parasitas, causam a disenteria amebiana, doença caracterizada por diarreia com muco e sangue e que é contraída por meio da ingestão de alimentos ou água contaminados por seus cistos.
          


             ·         Actinopoda  (radiolários e helizoários)
·         Foraminíferos 
       Foraminíferos:  são marinhos e de água doce, que possuem carapaça externa de natureza calcária, cheia de furos dos quais se projetam os pseudópodes, quitinosa, ou de outro material. São bentônicos, mas o gênero Globigerina  é planctônico. O seu pseudópodes é fino e ramificado, dito  reticulópode,  que formam uma rede com a qual capturam o seu alimento.


                    
·         Helizoários: são principalmente dulcícolas, têm forma esférica e muitos pseudópodos finos e longos, partindo de toda a superfície da célula. Vivem apoiados em raízes da planta aquática aguapé. A maioria não tem esqueleto, mas alguns representantes podem ter um exoesqueleto.
          


           ·         Radiolária: são exclusivamente marinhos, esféricos, com cápsula interna de quitina e carapaça externa de sílica ou de sulfato de estrôncio.



           
    Rhodophyta: são as algas vermelhas, devido ao pigmento fotossintetizante ficoeritrina, que mascara o verde da clorofila. Certas algas vermelhas são aprecidas na alimentação, como o nori utilizada no preparo do sushi, essa alga tem alto teor de vitamina C.

            

·         Chlorophyta: são as algas verdes que podem ser uni ou pluricelulares, são aquáticas, seus pigmentos fotossintetizantes são clorofila a e b e carotenoides. A substância de reserva é o amido. O representante mais conhecido á a ulva (alface-do-mar).




livro Campbell 598


                                            



























     


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