terça-feira, 12 de julho de 2016

anatomia e fisiologia humana

1º Capítulo – Sistema Digestório


1º) Parte : Anatomia

            A – Boca
A abertura de entrada do tubo digestório é a boca, rodeada pelos lábios, que auxiliam a tomada de alimento. No interior da boca, localizam-se os dentes e a língua, que preparam o alimento para a digestão. Na boca há canais provenientes de três glândulas salivares, que produzem e liberam na cavidade bucal a saliva.
Chama-se fenda bucal a abertura existente entre o lábio superior e o lábio inferior. Ela serve de comunicação do tubo digestório com o meio externo, sendo a abertura por onde entram os alimentos.
O teto da boca recebe o nome de céu da boca ou véu palatino.
Mais para dentro, encontramos a campainha..

A1: dentes
Partes externa
a)Raiz: é a porção do dente que fica nas cavidades alveolares dentárias. Elas são em número de uma ou duas, três ou mais raízes.Os dentes são órgãos esbranquiçados, de consistência óssea e de origem epidérmica, implantados nos arcos alveolares das maxilas e mandíbula.
 b)Colo: é uma linha divisória rodeado por gengiva, entre a coroa e a raiz.

 Coroa é toda parte visível for a das gengivas.
                       
                        Partes Interna
a)Polpa: é a parte viva do dente,  é formada por tecido conjuntivo e é rica em vasos sangüíneos e nervos;
b)Dentina ou Marfim: substância dura e sensível, que contém sais de cálcio, envolve a polpa. Na raiz, a dentina é revestida pelo cemento.
c)Esmalte: formado por sais de cálcio, envolve a dentina na região da coroa. O esmalte é a substância que faz do dente uma das partes mais duras do nosso corpo. Ao longo do tempo, ele pode ser corroído pelos ácidos que se formam na boca.
A2 : Língua

O assoalho da boca é ocupado pela língua. Ela contribui para a mistura dos alimentos com a saliva.O sentido gustativo é o que indica o paladar dos alimentos e dos líquidos que ingerimos. Cada gosto é identificado por uma área específica da língua. Assim:
Doce: na ponta; salgado na lateral acima do doce; amargo na lateral acima do salgado e o amargo é no “V”língual( fundo)
tipos de dentes

B: Faringe
A faringe serve ao mesmo tempo, aos sistemas digestório e respiratório.
É o que conhecemos como garganta. Comunica-se com a boca e liga-se à  laringe e ao esôfago.A faringe comunica-se também com as fossas nasais, através de dois orifícios ditos coanas. Quando a entrada para a laringe e para as fossas nasais está fechada, o caminho está livre para o alimento. É o que acontece no exato momento em que estamos engolindo.

No fundo da boca há uma membrana dita véu palatino, na entrada da laringe, uma peça cartilaginosa dita epiglote. Quando engolimos o véu palatino sobe, fechando a comunicação entre a faringe e as fossas nasais. Ao mesmo tempo, a epiglote fecha a entrada da laringe. Empurrado pela língua, o alimento vai da boca para a faringe e desta para o esôfago, é o ato de engolir ou deglutir. Quando respiramos, o véu palatino desce, restabelecendo a comunicação entre a faringe e as fossas nasais, e a epiglote, deixa livre a entrada da laringe.

C : Esôfago
       A palavra esôfago é de origem grega e quer dizer “eu carrego o que foi comido”.
       O esôfago é um órgão em forma de tubo, com paredes flexíveis e que mede aproximadamente 25 cm. Em sua parte superior, comunica-se com a faringe; em sua parte inferior, comunica-se com o estômago, através de um orifício dito cárdia.O esôfago empurra o bolo alimentar para o estômago, através de movimentos peristálticos.





Os movimentos peristálticos consistem no seguinte: a musculatura  adiante do bolo alimentar se relaxa, enquanto a que está atrás se contrai. São movimentos em formas de ondas, que lembram uma cobra rastejando.

movimentos peristálticos


               D : Estômago

O estômago é um órgão musculoso em forma de saco, com uma curvatura côncava e outra convexa
Comunica-se com o esôfago pela cárdia e com o duodeno pelo piloro. Esse orifício é formado por uma anel muscular que se contrai quando o bolo alimentar chega ao estômago. Dessa maneira, o alimento não passa para o intestino delgado.
O estômago é forrado internamente por uma membrana dita mucosa gástrica, que possui glândulas especiais para a fabricação do suco gástrico. Esse suco é formado por água, mucina, ácido clorídrico (HCl) e a enzima pepsina, renina e lipase gástrica Depois do trabalho do estômago, o bolo alimentar recebe o nome de quimo.
A pepsina quebra as moléculas grandes de proteínas, transformando-as em moléculas menores : os peptídios.
A pepsina só age em meio ácido. Daí a importância do ácido clorídrico : permitir a ação da pepsina e também da renina, outra enzima, que promove a coagulação do leite.
A outra enzima a lipase gástrica, só atua no início da digestão gástrica quando a produção do ácido clorídrico é pequena.
A pepsina não digere as paredes do próprio estômago porque é produzida sob a forma de uma substância não-ativa, dita pepsinogênio.
No interior do estômago, pela ação do HCl, o pepsinogênio se transforma na enzima ativa pepsina. No entanto a pepsina fica isolada das paredes do estômago por uma espessa camada de muco dita mucina. A mucina reveste a mucosa estomacal, impedindo que a pepsina e o HCl ataquem as células do próprio estômago. Além disso a mucina lubrifica os alimentos contidos no estômago.
Depois de passar pelo estômago, o quimo, que é uma massa semilíquida, seque para o duodeno. Essa etapa do processo digestivo que ocorre no estômago é dita quimificação.


                       F : Intestino Delgado
                     O intestino delgado é revestido por uma membrana a mucosa intestinal; que fabricam o suco intestinal ou entérico.
Está dividido em três partes:
·         duodeno: tem aproximadamente 25 cm de comprimento e a forma de um C. no duodeno desembocam os canais: Canal de Wirsungà através do qual o suco pancreático é liberado no duodeno;  Canal colédocoà através do qual a bílis é liberada no duodeno.
·         Jejuno e íleo: o Jejuno é a parte que fica entre o duodeno e o íleo, ela recebe esse nome porque é a única parte do intestino sem alimento. O íleo termina no ceco.


                       G : Intestino grosso
O intestino grosso mede aproximadamente 1,5 m. suas partes são:
·         ceco: liga-se ao intestino delgado através do orifício íleocecal. Preso ao ceco está o apêndice, um órgão cilíndrico e muito fino, que está relacionado ao sistema imunológico. A inflamação desse órgãos recebe o nome de apendicite.
·         Cólon: ascendente, transverso e descendente, é a parte mais longa do intestino
·         Reto: é a última parte do intestino grosso. Comunica-se com o exterior através do ânus.

          O intestino grosso abriga um verdadeiro batalhão de bactérias inofensivas ao nosso organismo. Essas bactérias se nutrem de resíduos digestivos; muitas delas produzem a vitamina K e vitaminas do complexo B. A atividade fermentativa das bactérias intestinais produz vários tipos de gases, responsáveis pelo odor típico das fezes. 
         O material que não foi digerido, as fibras, por exemplo, formam as fezes que são acumuladas no reto e, posteriormente, empurradas por movimentos musculares ou peristálticos para fora do ânus. É quando sentimos vontade de defecar, ou seja, eliminar as fezes.
Concluídas todas as etapas da digestão, os nutrientes que chegam à circulação sanguínea são distribuídos a todas as células, e assim são utilizados pelo organismo.
Órgãos Anexos


1º) Glândulas salivares
essas glândulas produzem a saliva, que contém a ptialina, enzima que digere o amido.
·         parótidas: estão situadas ao lado de cada um dos ouvidos. Ela é atacada pelo vírus da caxumba;
·         submaxilares: ficam abaixo do maxilar inferior;
·         sublínguais: encontram-se debaixo da língua.


2º) Fígado

O fígado é uma glândula de nosso corpo que pesa aproximadamente 1,4Kg. Divide-se em lóbulos e sua cor é vermelho-escura. Situa-se à direita do abdome, logo abaixo do diafragma.
Na parte inferior do fígado encontra-se a vesícula biliar, bolsa que serve para guardar a bílis, que é um líquido amarelo-esverdeado, amargo e sem enzimas digestivas. É formado de água (97% ), pigmentos biliares e sais biliares.
Os sais biliares agem sobre os lipídios, transformando-os em gotículas e facilitando a ação das lipases.




3º) Pâncreas
O pâncreas é uma glândula mista, em cacho, situada atrás do estômago. Ele produz o suco pancreático, que é lançado no duodeno pelo canal de Wirsung, e a insulina, que é um hormônio, é lançada no sangue pelas ilhotas de Langherans.

Parte II : Fisiologia

1º) Fenômenos Físicos : mastigação, deglutição e movimentos peristálticos.

2º) Fenômenos Químicos
·         Insalivação: á ação da saliva no alimento, formando o bolo alimentar(maltose, proteínas e gorduras)
·         Quimificação : é a ação das enzimas do estômago transformado o bolo alimentar em quimo ( maltose, peptídios e gorduras)
·         Quilificação: é a ação do suco entérico transformando o quimo em quilo ( glicose, aminoácido, ácido graxo e glicerol).

3º) Digestão do amido
o amido é digerido na boca, a ptialina transforma-o em maltose. No  duodeno a maltase transforma a maltose em glicose.


4º) Digestão das proteínas
As proteínas são digeridas no estômago, pela ação da pepsina, e são transformadas em peptídios, que passam para o duodeno e através do suco entérico  é transformado em aminoácido.

3º) Digestão das Gorduras
A gordura é digerida no duodeno, pela ação da bílis e do suco entérico  e é transformada em ácido graxo e glicerol (álcool).

resumo do processo digestório
Capítulo 02 – Sistema Respiratório

A – Anatomia

1º) Fossas Nasais
As fossas nasais são duas cavidades existentes no nariz, pelas quais o ar penetra no nosso corpo. Elas são separadas por uma estrutura chamada septo nasal. Comunicam-se com o exterior pelas narinas e com a boca e faringe pelas coanas.
As fossas nasais são revestidas internamente pela mucosa nasal. Essa mucosa contém um conjunto de pelos e fabrica uma secreção viscosa o muco. Os pelos e o muco atuam como filtros capazes de reter microrganismos e partículas sólidas diversas que penetram no nariz juntamente com o ar.
no teto das fossa nasais existem células sensoriais responsáveis pelo sentido do olfato.



2º) Faringe
Também participa do sistema respiratório, ela permite a passagem do ar para a laringe.

3º) Laringe
É um tubo cartilaginoso situado na parte anterior do pescoço. Comunica-se com a faringe pela glote.
Junto à glote está a epiglote, uma válvula que fecha completamente a glote quando engolimos. A proeminência laríngea ou pomo-de-adão, é uma cartilagem logo abaixo do queixo, muito saliente nos homens.
A laringe também é um órgão da fonação. Apresenta, internamente, duas dobras musculomembranosas, dita  cordas vocais. A voz é produzida quando o ar expirado faz vibrar as cordas vocais. Esse ar sai pela boca. Isso quer dizer que enquanto falamos a entrada da laringe está aberta.


4º) Traqueia
A traqueia é um órgão anelado com a forma de um tubo. Mede aproximadamente 12 cm de comprimento. Bifurca-se na sua extremidade inferior, dando origem aos brônquios. Na traqueia há também cílios e muco que empurram a mucosa contaminada para cima, em direção à faringe, onde é tragada.


5º) Brônquios , Bronquíolos e Alvéolos 
Os brônquios são bifurcações da traqueia, que penetram nos pulmões. Há um brônquio direito que se divide em três ramos e um esquerdo que se divide em dois. Cada ramo subdivide-se várias vezes, formando a árvore brônquica. As ramificações  mais finas da árvore brônquica são ditas bronquíolos. Os bronquíolos terminam dentro de pequenos sacos agrupados sob a forma de cacho de uva: são os alvéolos pulmonares.
Os alvéolos pulmonares são estruturas elásticas, revestidas por uma membrana bem fina e envolvida por uma rede de vasos capilares sanguíneos. Existem milhares de alvéolos em cada pulmão. É em cada um deles que ocorrem as trocas gasosas
 ( hematose) entre o pulmão e o sangue.


6º) Pulmão
Os pulmões são órgãos muito leves, semelhantes a duas grandes esponjas cor-de-rosa, devido à grande quantidade de sangue que contêm. Sua leveza provém do fato de serem cheios de as, presentes nos inúmeros alvéolos. Eles são revestidos por membranas duplas muito finas ditas pleuras. Entre as pleuras há uma pequena quantidade de líquido lubrificante. Estão protegidos pela caixa torácica, que é uma estrutura formada por diversos músculos e ossos, e apoiados no músculo diafragma ( músculo respiratório).
O pulmão direito têm três lobos(partes arredondadas e salientes) e o esquerdo dois.
Entre os pulmões existe um espaço dito mediastino, onde se aloja o coração.



B – Fisiologia

1º) Movimentos respiratórios – Inspiração e Expiração
Na inspiração, o diafragma se contrai, abaixa, e o volume da caixa torácica aumenta no sentido vertical. Além disso, os músculos intercostais também se contraem, fazendo as costelas se elevarem. Desse modo o volume da caixa torácica aumenta no sentido horizontal. A pressão do ar no interior da caixa torácica e dos pulmões diminui, tornando-se menor que a pressão atmosférica, como conseqüência, o ar entra até que as pressões se igualem.
Na expiração, ao contrário, o diafragma e os músculos intercostais relaxam, e a caixa torácica diminui de volume, tanto no sentido vertical quanto no horizontal. A pressão do ar no interior da caixa torácica e dos pulmões aumenta. Em conseqüência , o ar sai.



Inspiração
Expiração
Diafragma
Contrai-se e abaixa
Relaxa e sobe
Músculos intercostais
Contraem-se
Relaxam
Caixa torácica
Aumenta de volume
Diminui de volume
Pressão do ar
Diminui na caixa e pulmão
Aumenta
Movimento do ar
A pressão externa, sendo maior do que a que existe nos pulmões, faz o ar entrar
A pressão interna aumenta e o ar é expulso

2º) Quantidade de ar nos pulmões
Em cada respiração normal completa, movimentamos para dentro e para for a dos pulmões aproximadamente 0,5 litros de ar à é o ar corrente
Numa inspiração forçada – por exemplo, quando inspiramos bastante ar para encher uma bexiga – fazemos entrar nos pulmões cerca de 1,5 litro de ar. à é o ar complementar.
Numa expiração forçada, expelimos em torno de 2 litros de ar, graças ao ar de reserva que existe normalmente nos pulmões.
Mesmo depois de uma expiração forçada, ainda fica nos pulmões cerca de 1,5 litro de ar. à é o ar residual
A capacidade respiratória total corresponde à quantidade total de ar existente nos pulmões depois de uma inspiração forçada. Podemos dizer que, num adulto normal, a capacidade respiratória é de cerca 5,5 litros de ar.
Já a capacidade vital corresponde à capacidade respiratória total menos o ar residual. Tem um valor de cerca de 4 litros de ar.

A regulação do ritmo respiratório
Nas artérias carótidas e na aorta existem regiões com receptores nervosos sensíveis a variações das taxas de gases no sangue. Se houver umas grande queda de 02 no sangue, esses receptores mandam impulsos nervosos ao centro respiratório localizado no bulbo, que envia estímulos aos músculos intercostais e ao diafragma, para acelerar o ritmo dos movimentos respiratórios, melhorando o suprimento de oxigênio nos tecidos.
Outro mecanismo, prioritário, funciona por estímulo direto do centro respiratório, que é muito sensível a variações da tensão de gás carbônico do sangue que circula pelo bulbo. Se essa tensão é alta, o centro respiratório envia impulsos nervosos para acelerar os movimentos respiratórios.

3º) Hematose
 Hematose é a transformação de sangue venoso em arterial, ao nível dos alvéolos pulmonares.
O oxigênio e o gás carbônico são solúveis em água. Ocorre que, no sangue, eles existem em muito maior concentração do que na água. Em 100 ml de água, ou plasma, podem estar dissolvidos 0,5 ml de oxigênio, enquanto 100 ml de sangue dissolvem 20 ml de oxigênio. Está demostrado que 15 g de Hemoglobina em 100 ml de água também podem conter 20 ml de oxigênio, o que nos permite concluir que esse pigmento transporta todo o oxigênio
O gás carbônico, embora muito mais solúvel em água do que o oxigênio, tem  outras formas de transportes que, em valores aproximados são:
·         9% - dissolvidos no plasma
·         27% - combinados à Hb
·         64% - sob a forma de íons HCO3 (bicarbonato) no plasma.
Nas hemácias existe um pigmento dito hemoglobina( Hb). Esse pigmento tem grande afinidade pelo oxigênio, formando um composto instável, dito oxiemoglobina ( Hb + O2). Essa reação ocorre nos alvéolos pulmonares. As hemácias que saem dos pulmões estão, portanto, carregadas de oxiemoglobina.
Quanto ao gás carbônico, a maior parte dessa substância é transportada pelo plasma sangüíneo e somente  uma pequena parte é carregada pela hemoglobina. Quando a Hb se une ao CO2 forma-se um composto instável, dito carboemoglobina.


Monóxido de carbono (CO)
A Hb (hemoglobina) se une ao CO formando um composto estável dito carboxiemoglobina. Em decorrência, estando a Hb “ocupada” pelo CO, ela deixa de transportar oxigênio e a pessoa pode morrer por asfixia.


resumindo :






Capítulo – 03 – Sistema Circulatório
1º) Anatomia

a)   Coração 
O nosso coração é constituído por um músculo dito miocárdio, de contrações vigorosas e involuntárias. As células musculares cardíacas são nutridas pelas artérias coronárias, que são umas ramificações da aorta,  logo no seu início.
O miocárdio não depende do sistema nervoso para se contrair, apesar dele ser um músculo esquelético. Na verdade, é auto-estimável. O ponto de origem de todos os estímulos que determinam as contrações cardíacas situa-se no nódulo sinoatrial ou marca passo, região do átrio direito próxima ao ponto de penetração da veia cava superior.
Embora auto-estimável, o coração tem o ritmo de suas pulsações regulado pelo sistema nervoso central, por meio do bulbo ( centro cardiorespiratório). Quando o nervo vago, sob o comando do bulbo, libera o neurormônio acetilcolina no coração, o ritmo das pulsações diminui; quando o nervo cardíaco libera o neurormôrnio adrenalina no coração, o ritmo das pulsações aumenta. A contração do músculo cardíaco é dita sístole e o período de relaxamento é dito diástole.
O nosso coração está dividido em quatro cavidades : dois átrios (aurículas) na cavidade superior e dois ventrículos, na cavidade inferior.
As paredes do coração são formadas por três camadas:
·         pericárdio: membrana que reveste externamente todo o coração;
·         endocárdio: membrana que reveste a superfície interna das cavidades do coração;
·         miocárdio : músculo cardíaco


As válvulas do coração são:
·         válvula semilunares: estão na saída das artérias pulmonar e aorta, têm a forma de lâmina ou pregas que evitam o refluxo do sangue para os ventrículos após a sua contração (sístole).
·         Válvula mitral ou bicúspide: localiza-se no átrio esquerdo
·         Válvula tricúspide: localiza-se no átrio direito



2º) Vasos sanguíneos
a)    artérias:  são vasos de parede espessa, que transportam sangue do coração para os diversos tecidos do corpo. Podem transportar sangue arterial como venoso.  A artéria pulmonar transportam sangue venoso. A artéria aorta transporta sangue arterial.
b)   Veias: são vasos que transportam sangue dos diversos tecidos do corpo para o coração. Esse vasos, de parede relativamente fina, podem também transportar sangue venoso ou arterial. A veia pulmonar, transporta sangue arterial; e as veias cavas transportam sangue venoso.
c)    Vasos capilares: muito finos e permeáveis, irrigam os tecidos do corpo, cedendo às células nutrientes, gás oxigênio e hormônios. Além disso, recolhem gás carbônico e resíduos do metabolismo celular. Os capilares arteriais são ramificações das artérias e recebem o nome de arteríolas. Os capilares venosos, espalhados pelo nosso corpo, juntam-se formando uma vênula. As vênulas vão se unificando até formar as veias.

3º) Sangue

a)    Plasma
O plasma é componente do sangue que contém elementos nutritivos. Contém aproximadamente 90%^de água. Nele estão dissolvidas proteínas como: albumina, globulinas, fibrinogênio, aglutininas, anticorpos e muitas enzimas. Além disso, encontra-se no plasma aminoácidos, açúcares, colesterol, lipídios simples e nutrientes da digestão. Há ainda materiais da excreção nitrogenada, como uréia, ácido úrico e creatinina, removidos dos tecidos. Da composição do plasma fazem parte também vitaminas, hormônios e sais minerais.

b)   Hemácias
As hemácias ou glóbulos vermelhos ou eritrócitos, são células pequenas, discóides e anucleadas. São produzidas na medula óssea vermelha dos ossos chatos, nos adultos Em cada mm3 de sangue humano há cerca de 5 milhões delas, carregadas de hemoglobina, um pigmento respiratório transportador de oxigênio. Elas vivem cerca de 100 a 120 dias. As hemácias mortas são removidas do corpo pelo baço e pelo fígado, onde são destruídas.
c)    Leucócitos
Os leucócitos ou glóbulos brancos, são células nucleadas, sem pigmento, possuem várias formas. São formados na medula óssea vermelha ( granulócitos) e nos órgãos linfóides, como o timo, baço e os linfonodos (agranulócitos). Podem ser destruídos pelo fígado, baço,  pelas próprias enzimas digestivas. Em cada mm3 de sangue há aproximadamente 8 mil leucócitos. As funções dos leucócitos são:
Ø  Fagocitose: englobam os microrganismo; através das enzimas digestivas contidas nos lisossomos;
Ø  Fabricam anticorpos: proteínas especiais que desativam as substâncias tóxicas produzidas pelos organismos invasores.

d)   Plaquetas
Conhecidas também como trombócitos, são anucleadas, incolores e portadoras de tromboplastina ou tromboquinase, enzima que participa do mecanismo da coagulação do sangue.
As plaquetas são formadas na medula óssea vermelha , com origem na fragmentação de certas células ditas megacariócitos. Na corrente sangüínea existem, em média, 300 mil plaquetas por mm3 de sangue.


à Coagulação
No sangue circulante existe uma proteína solúvel dita fibrinogênio. Assim que o sangue começa a sair do vaso lesado, na região de um corte, o fibrinogênio se converte em fibrina, uma proteína insolúvel que se adere às paredes do vaso. Assim, organiza-se uma verdadeira rede de fibrinas. Essa rede promove a retenção de glóbulos sangüíneos tal maneira que se forma uma massa densa em torno da região lesada, dita coágulo. Nessas condições, a hemorragia é paralisada.
Para que o fibrinogênio se transforme em fibrina, é necessária uma enzima a trombina que, por sua vez, provém de uma substância produzida pelo fígado dita protrombina. A produção de protrombina ocorre em presença da vitamina K.
Para que a protrombina se converta em trombina são necessários, como catalisadores, os íons cálcio e a enzima tromboplastina, que provém das plaquetas e dos tecidos lesados.



2º) Fisiologia

a)    Contração e relaxamento
Primeiro ocorre a sístole dos átrios: o sangue, então, passa para os ventrículos. Em seguida. Ocorre a sístole dos ventrículos o sangue, então, é impelido para as artérias pulmonares e artéria aorta.
Após a sístole, ocorre a diástole da musculatura cardíaca, nos átrios e nos ventrículos: os átrios se enchem de sangue e o processo da sístole recomeça.


b)   Pequena circulação
É a que se estabelece entre o coração e os pulmões e promove a oxigenação do sangue.

VC --------à-AD----------à-VD--------à-AP---------à--pulmões-----à--VP
                        tricúspide

c) Grande circulação
é a que se estabelece entre o coração e todos os órgãos do corpo.

VP ------à-AE---------à-VE----------à-AA------à--corpo--------à-VC
                       mitral

Pelo lado direito do coração passa sangue venoso, e o lado esquerdo, sangue arterial.


3º) Circulação linfática

Linfa é um líquido resultante da filtração do excesso de líquido intercelular exsudado dos capilares sanguíneos. Ela apresenta linfócitos e alguns leucócitos granulócitos. Não possui hemácias, plaquetas. As células predominantes são os linfócitos, lançados na linfa quando esta atravessa os tecidos linfoides dispersos no corpo.
A linfa circula numa extensa rede de capilares que acompanham os capilares sanguíneos na intimidade dos tecidos. Com isso, é possível a contínua drenagem de líquidos dos tecidos no interior dos órgãos. Quando isso não acontece, surgem os edemas ou inchaços.

Linfonodos
Os linfonodos (gânglios linfáticos) são estruturas globulosas. Eles têm uma cápsula fibrosa externa e, internamente, um tecido reticular linfoide, com linfócitos ( um tipo de leucócito), plasmócitos (células produtoras de anticorpos) e macrófagos (célula fagocitária).
Outros órgãos linfoides são: tonsila palatina( amígdala) , timo e o baço.

Sistema linfático
O sistema linfático tem como função:
Ø  Auxiliar a circulação sanguínea na remoção de impurezas;
Ø  Coletar e distribuir ácidos graxos e gliceróis, absorvidos no intestino;
Ø  Contribuir para a defesa do organismo através da produção de anticorpos e de certos leucócitos, como os linfócitos

Os vasos linfáticos coletam a linfa dos tecidos, transportando-a até o sistema linfático. Tal como a veia, um vasos linfático é dotado de sistemas de válvulas duplas, que impedem o refluxo da linfa.
Antes de retornar à circulação venosa, a maior parte da linfa coletada passa por uma série de estruturas nas quais há acúmulo de tecido linfoide. Essas estruturas são ditas linfonodos ou gânglios linfáticos.
Nos linfonodos, a linfa é filtrada pela ação de células que fagocitam corpos estranhos ao organismo, como bactérias e partículas de fumo.. caso os microrganismos fagocitados sejam patogênicos, podem produzir nos linfonodos manifestações inflamatórias ditas ínguas.



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Capítulo – 04 – Sistema Urinário
A) Anatomia
1º) Rins
Os rins são dois órgãos de cor vermelho-escura. Têm a forma de um grãos feijão, situam-se na cavidade abdominal, ao lado da coluna vertebral. Possuem duas faces: uma côncava, interna e uma convexa , externa.
Na face interna há uma escavação dita hilo renal. Por ela entra a artéria renal, que leva sangue arterial ao rim; por aí também sai a veia renal, que retira o sangue venosos do rim, levando-o para a veia cava inferior.


As unidades filtradoras são ditas néfrons. Cada néfron é formado por uma cápsula de Bowman, estrutura em forma de cálice, por onde penetra a arteríola aferente (ramificação da artéria renal). No interior dessa cápsula, a arteríola ramifica-se e organiza um emaranhado de vasos sanguíneos ditos glomérulo de Malpighi. Desse emaranhado emerge a arteríola eferente, que abandona o glomérulo.
A cápsula de Bowman está ligada a um longo túbulo, dito  túbulo contorcido proximal. Este, por sua vez, desemboca em uma estrutura em forma de U dita alça néfrica  ( alça de Henle), a partir da qual se estende o túbulo contorcido distal. vários túbulos distais, de vários néfrons desembocam em um túbulo coletor.


2º) Vias Urinárias
a)    Bacinete: há um para cada rim. Eles são formados pela convergência dos cálices renais; têm a forma de funil e servem para guardar temporariamente a urina.
b)   Ureteres: são tubos compridos e finos, ligados aos bacinetes, que transportam a urina dos rins à bexiga.
c)    Bexiga: é uma bolsa formada por músculos lisos e revestida internamente por uma mucosa impermeável à urina, de onde desembocam os ureteres. Localiza-se na parte inferior do abdome e serve de depósito para a urina. Ela reserva em média 200 a 300 cm3 de urina. Um adulto elimina cerca de 1,5 L de urina por dia.
d)   Uretra: é o canal que conduz a urina da bexiga ao exterior. A uretra masculina participa também do aparelho reprodutor conduzindo o esperma; a uretra feminina só elimina a urina.


B ) Fisiologia

1º) Formação da urina
A formação da urina, liquido de excreção que se forma no interior do rim, obedece a duas etapas: filtração glomerular e reabsorção renal.
à Filtração glomerular
O capilar de entrada do glomérulo apresenta alta pressão arterial, indispensável à eficiente filtragem do plasma. O liquido filtrado e coletado pela cápsula de Bowman é praticamente o plasma sanguíneo, sem proteínas. Esse liquido é dito filtrado glomerular e contém água, sais minerais, glicose, aminoácidos, vitaminas, uréia. As proteínas, pelo grande peso molecular, não atravessam o endotélio capilar e o epitélio pavimentoso da cápsula. Sua presença na urina, portanto, é indício de lesões nos rins, como ocorre, por exemplo, nas nefrites.
à Reabsorção renal
Ao longo dos túbulos do néfron ocorre reabsorção das substâncias que saem do capilar glomerular. Algumas delas, como a glicose, aminoácidos, o sódio e outros íons, são reabsorvidas por processo ativo, com gasto energético, outras como a água, são arrastadas passivamente por osmose. A intensidade de reabsorção da água varia em função de fatores hormonais.
Na alça néfrica, em sua porção ascendente, verifica-se uma absorção acentuada de sódio (Na +). Por transporte ativo. Seguindo o gradiente elétrico, ocorre um considerável fluxo de cloro (Cl -) do filtrado para o sangue. Assim, o sangue readquire uma razoável quantidade de cloreto de sódio (NaCl), fazendo com que a concentração do filtrado, ao atingir o túbulo distal, seja hipotônica em relação ao sangue.
Assim, no túbulo distal, com o sangue mais concentrado, deve ocorrer um fluxo osmótico de água para o interior dos capilares sangüíneos. Acontece que a permeabilidade da parede do túbulo distal depende da presença do ADH àhormônio antidiurético. Esse hormônio, que é produzido no hipotálamo cerebral e armazenado e liberado pela neuroipófise no sangue, tem a propriedade de aumentar a permeabilidade do túbulo distal e, assim, determinar maior reabsorção de água.
Em situação em que a ingestão de água é muito baixa, a neuroipófise promove grande liberação de ADH no sangue. Disso resulta uma alta reabsorção de água pelo túbulo distal, uma vez que suas paredes têm permeabilidade aumentada. Em conseqüência, a urina se torna escassa e concentrada, determinando, assim, uma acentuada economia hídrica para o indivíduo. Em situação inversa, isto é, quando a ingestão de líquido é alta, a liberação de ADH no sangue diminui, acarretando uma baixa reabsorção de água no túbulo distal e a formação da urina volumosa é diluída.
O líquido que resta no interior do túbulo distal passa, então para o interior dos túbulos coletores, onde a reabsorção de água continua. Após a reabsorção da água restante, o líquido presente no túbulo coletor constitui a urina. Dos 120 ml/min de filtrado extravasado nas cápsulas de Bowman, resta apenas cerca de 1 ml/min de urina no túbulo coletor. Isso indica que mais de 99% do plasma extravasado é reabsorvido pelo sangue.
Há também um outro hormônio, a aldosterona, que é produzida pela região cortical das glândulas supra renais. A aldosterona aumenta a reabsorção ativa do sódio nos túbulos renais. Com isso, aumenta a retenção de água no organismo



Ø  Diabetes insípida: a produção de ADH é muito reduzida, com isso, a urina é volumosa (poliúria) e muito diluída, o diabético elimina cerca de 7l ou mais de urina
Ø  Bebidas alcoólicas: aumentam o volume de urina, porque o álcool etílico bloqueia a liberação de ADH no sangue. Assim, perdendo mais água do que se deve, a pessoa sente mais sede que o normal, um dos sintomas verificados na ressaca.


à Composição da urina: 95% de água e 5% se substâncias sólidas ( cloreto de sódio, ureia e ácido úrico)
 Excreção é a eliminação dos resíduos produzidos pelas células.

As fezes, são restos alimentares, que não foram absorvidos pelas células, portanto , não é um excreta.

à Principais produtos da excreção

Gás carbônico é excretado pelo pulmões.

Água : quando em excesso é eliminada pelo sistema urinário

Uréia: é uma substância formada dentro de nossas células; provém principalmente da transformação dos aminoácidos no fígado. Em concentrações altas, a uréia se torna tóxica para nossas células. Por isso, tem de ser eliminada constantemente através da urina e em muito menor escala, pelo suor.

Os pigmento biliares também são excretas. Provém da destruição das moléculas de hemoglobina do sangue, mas são depois reaproveitados pelo fígado para a produção da bile.


Os nutrientes absorvidos pelo organismo poderão seguir dois caminhos:
·         participar da síntese de uma nova substânciaà anabolismo
·         remoção ou transferência de grupamentos químicos à catabolismo
Ex: Proteína anabolismoà matéria-prima para a síntese de proteínas
                     Catabolismoà Ter seus grupamentos amina excretados ( ácido
                     úrico, amônia e ureia) 



Capítulo 05 – Sistema Nervoso

O sistema nervoso dirige e coordena todos os nossos movimentos.

Ø  Funções do sistema nervoso
a)    receber: informações do próprio corpo ou do meio ambiente através de impulsos nervosos aferentes ou sensoriais que chegam até os centros nervosos.
b)    Associar: as informações de diferentes centros nervosos, interpretando-as.
c)    Emitir: ordens dos centros nervosos para os órgãos efetuadores ( glândulas ou músculos) por intermédio de impulso nervosos eferentes ou motores.
d)    Armazenar: informações adquiridas( memória)
e)    Garantir: a homesostase
f)     Neurossecreção: é relativamente recente a descoberta de que o neur^0nio pode produzir secreções, que nada mais são que hormônios. Executam, portanto, a função de reguladores químicos. Isso acontece com os neurônios do hipotálamo, no encéfalo, que enviam essas secreções ao lobo direito posterior da hipófise

Ø  Células
a)    Neurônio
Os neurônios são células estreladas, muito longas, chegando às vezes a quase 1 metro de comprimento. Esse formato lhes permite conduzir, de uma região para outra, os impulsos nervosos.
O neurônio tem um corpo celular, onde ficam o núcleo e uma parte do citoplasma. Do corpo celular, saem vários prolongamentos chamados dendritos( traz o impulso nervoso). Do outro lado, há outro prolongamento, o axônio (leva o impulso nervoso). Esses prolongamentos são chamados de fibras nervosas, e têm o papel de conduzir os impulsos nervosos.


Ø  Tipos de neurônios
a)    neurônio sensorial: trazem informações dos órgãos dos sentidos até a medula espinhal ou encéfalo. Geralmente possuem dendritos longos e um axônio curto.
b)   Neurônio motor: levam, da medula ou do encéfalo, as ordens que serão executadas pelos músculos ou pelas glândulas. Comumente, têm dendritos curtos e axônio longo.
c)    Neurônios de associação: são também chamados neurônios de conexão. Estão presentes no interior dos centros nervosos ( medula espinhal e encéfalo) e fazem a ligação entre neurônios sensoriais e motores


b)   Células da Glia
As células da glia auxiliam o funcionamento do tecido nervoso. São elas:
1.    astrócitos: fornecem alimento e dão sustentação mecânica ao tecido nervoso.
2.    Oligodentrócitos: compõem bainhas protetoras de neurônios do cérebro e da medula espinhal, função semelhante à das células de Schwann.
3.    Micróglia: é composta por macrófagos especiais que fagocitam corpos estranhos ao tecido nervoso.
4. Células ependimais: revestem os ventrículos cerebrais, secretam o fluído cerebroespinhal (ou líquido cefalorraquidiano) e podem atuar como células tronco



c)    Células de Schwann
As células de Schwann enrolam suas membranas sobre o axônio, diversas vezes, formando uma capa dita bainha de mielina. A bainha de mielina funciona como isolante elétrico, o que aumenta a velocidade da condução dos impulsos nervosos através do neurônio .
Entre uma e outra célula de Schwann há uma interrupção conhecida como nódulo de Ranvier.
Neurônios cujos axônios não possuem bainha de mielina são chamados neurônios amielínicos.


Ø  Organização do Sistema Nervoso

1º) Sistema Nervoso Central (SNC)
O SNC é formado pelo encéfalo: cérebro, cerebelo, ponte e bulbo e pela medula espinhal.

Ø  Encéfalo

a)    Cérebro
O cérebro humano pesa em média 1450 gramas e apresenta grossas pregas, as circunvolunções em toda a sua superfície.
É formado por dois grandes hemisférios ( direito e esquerdo), ligados ventralmente por um grosso corpo caloso, constituído por fibras que associam os centros nervosos dos dois hemisférios.
A grande superfície externa cerebral, na matéria cinzenta, constitui o córtex, onde ficam as camadas de neurônios. Calcula-se seu número em 10 bilhões ou mais, e suas ramificações formam uma complexa rede, da qual partem fibras voltadas para a matéria branca existente na região interna. É no córtex que se localizam os centros nervosos ou áreas responsáveis pelo controle sensorial ( audição e visão) e motor.
O córtex que cobre cada hemisfério apresenta quatro regiões ou lobos cerebrais:
a) lobo occipital: responsável pela visão
b) lobo temporal: responsável pela audição
c) lobo parietal: responsável pelas sensações do corpo
d) lobo frontal: responsável pelos movimentos


b)   Cerebelo
O cerebelo fica abaixo do cérebro e atrás da ponte, e é também formado por dois hemisférios e uma porção média alongada, o vérmis, que apresenta estrias salientes. Em corte, cada hemisfério mostra a matéria cinzenta, externa, que tem aspecto muito ramificado.
O cerebelo coordena as funções motoras, evitando uma sobrecarga do cérebro, é responsável também pela manutenção do equilíbrio e do tônus muscular. É ele que nos permite fazer movimentos delicados, como, enfiar a linha na agulha.


c) Tronco encefálico: é constituído de três partes: mesencéfalo, ponte e bulbo
  •          Recebe informações sensitivas de estruturas cranianas e controla os músculos da cabeça
  • ·         Contém circuitos nervosos que transmitem informações da medula espinhal até outras regiões encefálicas e, em direção contrária, do encéfalo para a medula espinhal
  •     Regula a atenção, função esta que é mediada pela formação reticular (agregação mais ou menos difusa de neurônios de tamanhos e tipos diferentes, separados por uma rede de fibras nervosas que ocupa a parte central do tronco encefálico

c1)    mesencéfalo: coordena o tônus muscular, a postura do corpo e alguns reflexos
c2)   Bulbo raquidiano
Situado logo acima da medula espinhal, o bulbo exerce duas importantes funções fisiológicas: é o centro nervoso e condutor de impulso nervoso. Como centro nervoso, comanda o ritmo cardiorespiratório e certos reflexos, como a deglutição, sucção, mastigação, vômito, tosse, secreção lacrimal e o piscar de olhos.
c3) Ponte
A ponte ( ponte de Varólio) situa-se acima do bulbo e abaixo de cerebelo. Atua como centro nervoso e como condutora de impulsos nervosos. Como centro nervoso, está relacionada com reflexos associados às emoções, como o riso e as lágrimas.


Ø  Medula Espinhal
Ao contrário do cérebro e do encéfalo, a medula apresenta matéria cinzenta na região central, onde se concentram os corpos celulares dos neurônios. A matéria branca, periférica, é formada por longos feixes de fibras transmissoras das informações nervosas que entram no cérebro. Ao longo dela, dos dois lados, partem 31 pares de nervos espinhais, que se ramificam lateralmente no corpo e estão ligados a duas cadeias de gânglios nervosos.




Ø  Proteção do SNC
A integridade do encéfalo e da medula é garantida não só pela caixa craniana e pelas vértebras, mas também por três resistentes membranas, as meninges. Essas membranas, de origem conjuntiva, são, de fora para dentro:
  à dura-máter (mais grossa);
àaracnoide (lembra uma teia de aranha) 
àpia-máter (fina), a última em contato direto com o tecido nervoso.

 Entre a aracnoide e a pia-máter há um espaço preenchido pelo líquido cefalorraquidiano ou liquor. Trata-se de um fluido incolor que também preenche os ventrículos encefálicos e um fino canal interno da medula ( canal do epêndimo). Uma de suas principais funções é amortecer choques mecânicos e regular a pressão no interior de todo o sistema nervoso.
O exame do liquor é de grande interesse para diagnosticar várias doenças do sistema nervoso, como a meningite.



2º) Sistema Nervoso periférico (SNP)
O SNP é formado por vários gânglios nervosos e uma rede de nervos, que se espalham ao longo de todo o organismo. Esses nervos podem ser:
Ø  Cranianos: quando partem do cérebro, são 12 pares.

Ø  Espinhais (raquidianos): quando partem da coluna, são 31 pares.
Os nervos estabelecem a comunicação dos centros nervosos com os órgãos sensoriais, ou receptores, e os órgãos efetores, representados por músculos ou glândulas.

De acordo com o sentido em que transmite o impulso nervoso, os nervos classificam-se em:
a)    sensitivos ou aferentes: quando transmitem impulsos nervosos dos órgãos receptores até o SNC;
b)    motores ou eferentes: quando transmitem impulsos nervosos do SNC para os órgãos efetores;
c)    mistos: quando possuem neurofibras( fibras nervosas), sensitivas e motoras
Os gânglios são centros nervosos secundários, formados por concentrações de corpos celulares de neurônios. Além de interligados, eles também estão conectados aos órgãos por nervos.

3º) Sistema Nervoso Autônomo (SNA)
O SNA é o componente eferente ou motor, do SNC. Subdivide-se em simpático e parassimpático, com função antagônica.
SNA Simpático
É formado por inúmeros gânglios e neurofibras que podem ser:
Ø  pré-ganglionares: originam-se de neurônios localizados nas regiões torácicas e lombar da medula e chegam aos gânglios, onde fazem sinapse com corpos celulares aí presentes.
Ø  Pós-ganglionares: saem dos corpos celulares ganglionares e invernam os órgãos viscerais, liberando neles o neurormônio adrenalina. Daí essas neurofibras serem chamadas de adrenérgicas.
SNA Parassimpático
É também constituído por gânglios e neurofibras, que podem ser:
Ø  Pré ganglionares: originam-se de neurônios localizados no encéfalo e na medula sacral;
Ø  Pós-ganglionares: as neurofibras liberam nos órgãos viscerais o neurormônio acetilcolina. Por isso, são ditas colinérgicas.


Reflexos

O arco reflexo
Os atos reflexos são respostas involuntárias a um estímulo sensorial.
Consideremos um exemplo : Reflexo Patelar. O médico aplica um golpe com um martelo de borracha no joelho do paciente, excitando as extremidades nervosas dos neurônios sensitivos. Imediatamente, os axônios desses neurônios transmitem a informação adquirida até a medula (SNC), penetrando-lhe pela região dorsal. No caso do reflexo patelar, os neurônios sensoriais transmitem o impulso nervoso diretamente para os neurônios motores, que partem da região ventral da medula espinhal e vão estimular os músculos da coxa, fato que determina o movimento da perna, que se encontrava dobrada e pendendo livremente. O impulso nervoso é também transmitido pela medula até o cérebro, onde, ao ser interpretado, confere ao indivíduo a consciência da pancada.

O ato reflexo é involuntário e ocorre imediatamente após uma excitação periférica. Mesmo que o indivíduo esteja dormindo, o reflexo ocorrerá, caso se aplique um estímulo adequado







  (todas as imagens foram retiradas da internet)




Capitulo 06 – Órgãos dos Sentidos

                        1º) Visão
Os órgãos fotorreceptores na espécie humana são os olhos. Esses órgãos estão situados bilateralmente na porção superior da face, dentro de cavidades ditas órbitas.
Os olhos são constituídos por duas partes: globo ocular e órgãos anexos

Ø  Globo Ocular
1º) Membranas
a)    esclerótica: conhecida como o “branco do olho”, tem natureza fibrosa e função  protetora, chamada de conjuntiva, cuja região central constitui a córnea, transparente à luz e fina. A movimentação dos olhos é controlada por três pares de músculos, que se prendem à esclerótica.

b)   Coroide: é rica em vasos sanguíneos que fazem a nutrição do olho. Na região posterior apresenta um orifício que permite a passagem do nervo óptico; na região anterior forma íris, estrutura pigmentada responsável pela coloração dos olhos. A íris é dotada de um orifício central dito pupila, que    pode se dilatar ou se contrair; permitindo uma maior ou menor penetração de luz. A íris possui miócitos (ou fibras musculares) regulados pelo sistema nervoso autônomo.

c)    Retina: constitui a membrana mais interna do olho. É formada pela expansão do nervo óptico, tendo, portanto, natureza nervosa. Na retina existem dois tipos básicos de células fotossensíveis:
Ø  Cones: células responsáveis pela percepção das cores; localizam-se em maior número na região central da retina;
Ø  Bastonetes: células com grande sensibilidade à luz, mas capazes de perceber apenas os contraste de claro e escuro; são mais encontradas na região periférica da retina

Ø  Meios transparentes

1º) Cristalino:  situa-se atrás da íris. É uma lente biconvexa, transparente aos raios luminosos e que focaliza a imagem na retina. É o cristalino que dá nitidez e foco à imagem luminosa, projetando-se na área sensível do fundo do olho. O cristalino está ligado aos  músculos ciliares, cuja contração modifica ligeiramente a forma do cristalino; para visão de objetos distantes ele torna-se menos convexo e para visão de objetos próximos torna-se mais convexo.

2º) Humor aquoso: situado entre a córnea e o cristalino, de natureza líquida. ( o termo “humor” é usado  em biologia para designar qualquer líquido corporal).

3º) Humor vítreo:  de natureza gelatinosa, preenche o espaço situado atrás do cristalino; é responsável pela manutenção da forma esférica do globo ocular

Ø  Órgãos anexos
Os músculos que atuam nos movimentos do olho, as pálpebras, que função protetora, as glândulas lacrimais e a conjuntiva são órgãos anexos dos olhos
As lágrimas desempenham importante papel na defesa do olho; umedecem a conjuntiva, uma membrana protetora que reveste a parte anterior do olho.


   

Ø  Caminho da luz
A luz penetra no olho através da córnea e atravessa o humor aquoso, o cristalino e o humor vítreo; ajustada pelo cristalino, alcança a retina. Após a captação da imagem retina, impulsos nervosos são gerados e transportados pelo nervo óptico até o centro da visão, localizado nos lobos occipitais do córtex cerebral; ali os impulsos nervosos são processados e interpretados. A imagem é formada de ponta cabeça na retina e o cérebro após receber a imagem faz a sua inversão.

Fóvea: é o centro do olho onde há somente os cones

Ponto cego:  os cones e bastonetes estão conectados a fibras nervosas que se juntam todas em um mesmo ponto do globo ocular, o disco óptico, onde tem origem o nervo óptico. Essa região, por não apresentar fotorreceptores, é um ponto cego.

Visão tridimensional: fibras nervosas provenientes da parte interna de cada olho cruzam o encéfalo antes de atingir os centros da visão no córtex cerebral, localizados na parte posterior do cérebro. Já as fibras provenientes da parte externa de cada olho dirigem-se aos lados correspondentes do córtex visual, sem se cruzar. Assim, os dois centros visuais de cada hemisfério cerebral recebem fibras de ambos os olhos. É exatamente a sobreposição das imagens vistas de ângulos diferentes por cada um dos olhos que permite a visão binocular ou estereoscópica



Defeitos da visão

Miopia: a imagem se forma antes da retina. (olho longo). Usam-se lentes divergentes, que afastam as imagens fazendo-as coincidir com a retina.
Hipermetropia: a imagem se forma depois da retina( olho curto). Usam-se lentes convergentes.
Astigmatismo: é uma deformação da córnea, ocorre um desvio da imagem. Nesse caso, a correção é feita com o auxílio de lentes cilíndricas.
Glaucoma: é o aumento da pressão intra ocular devido ao aumento do humor vítreo
Tracoma: é uma grave infecção da conjuntiva que pode levar à cegueira em conseqüência de ulcerações (conjuntivite)
Catarata: é a perda da transparência do cristalino, por infiltração de um material branco e opaco.
Presbiopia: vista cansada, a capacidade de refração ou acomodação  da lente tende a diminuir com a idade, porque vai perdendo sua elasticidade





tracoma



2º) Audição

As orelhas são mecanorreceptoras, pois percebem ondas sonoras que provocam deformações em suas complexas e sensíveis estrutura. Elas possuem três regiões: orelha externa, orelha média e orelha interna.
Ouvido externo ou Orelha externa 
É formada pelo pavilhão auricular  e pelo meato acústico externo (conduto auditivo externo).  De natureza cartilaginosa, o pavilhão auricular direciona o som para o interior do meato acústico externo, que é dotado de pelos e de glândulas secretoras de cerúmen, material lipídico com papel protetor e lubrificante.

Ouvido médio ou Orelha média

Também chamada de  caixa timpânica, acha-se separada da orelha externa pelo tímpano, um membrana vibrátil de forma circular. Limita-se com a orelha interna através de duas janelas: redonda e oval. Entre a membrana timpânica e a janela oval existem três  ossículos: martelo, bigorna e estribo. A caixa timpânica, que é cheia de ar, comunica-se com a faringe através da tuba auditiva (trompa de Eustáquio), que permite a manutenção do equilíbrio entre a pressão atmosférica e a pressão do ar contido no interior da orelha média.

Ouvido interno ou Orelha Interna
Localiza-se em uma cavidade do osso temporal,  a orelha interna ou labirinto, compreende, basicamente duas regiões o vestíbulo, relacionado com o equilíbrio do corpo, e o caracol, relacionado com a audição.
O vestíbulo possui três canais semicirculares preenchidos por um líquido a endolinfa. Na endolinfa são encontrados cristais de carbonatos de cálcio ditos otólitos ( do grego otos = orelha; lithos = pedra). Quando um indivíduo movimenta a cabeça, os otólitos sensibilizam o epitélio ciliado que reveste os canais semicirculares. Esse epitélio informa o nervo vestibular, ramo do nervo acústico, que transmite impulsos nervosos até o cerebelo, onde esses impulsos são interpretados de maneira a promover o equilíbrio corporal. Justifica-se, portanto, o fato de os indivíduos com labirintite      (inflamação da orelha interna) apresentarem dificuldades para a manutenção do equilíbrio corporal.
O caracol, ou canal coclear, é um tubo cônico espiralado que abriga o órgão espiral (órgão de Corti), uma estrutura dotada de células sensoriais de audição.

Caminho do som

Quando um som chega à orelha, o pavilhão auditivo recolhe as vibrações sonoras, que passam para o interior do canal auditivo externo e acabam provocando a vibração do tímpano. Então, a cadeia de ossículos recebe e transmite essa vibração à membrana da janela oval; daí, a vibração atinge a endolinfa. Em seguida, as vibrações da endolinfa excitam as células ciliadas sensitivas do órgão espiral (Corti), de onde parte o nervo coclear. Esse nervo encarregado de transmitir impulsos nervosos até o centro da audição, situado nos lobos temporais do córtex cerebral. Os impulsos nervosos são então processados e interpretados, e a pessoa ouve.

Problemas Auditivos


 3º ) Pele Humana

A pele humana é um órgão complexo, responsável por diversas funções fundamentais à vida. Além de proteger nosso corpo da ação de agentes físicos, químicos e biológicos, ela também é responsável por nossa sensibilidade táctil e pela manutenção da temperatura corporal.

Camadas da pele

Epiderme: (do grego epi = sobre, dermatos = pele) é um tecido epitelial constituído por diversas camadas celulares sobrepostas, bem aderidas umas às outras. A camada mais  interna, dita  camada basal, ou camada germinativa, é formada por células prismáticas alongadas, que se dividem continuamente por mitose, produzindo novas células. Estas empurram progressivamente as células em direção à superfície corporal, de modo que, durante a sua vida, as células epidérmicas encaminham-se da região maios profunda do tecido epitelial, onde se formam, para uma porção mais externa da pele.
A região imediatamente acima da camada germinativa é dita camada espinhosa, em alusão ao fato de as células apresentarem muitos prolongamentos que contribuem para mantê-las firmemente unidas entre si, dando maior resistência ao epitélio. Na região seguinte, conhecida como camada granulosa, as células achatam-se e passam a apresentar forma cúbica; além disso, apresentam inúmeros grânulos citoplasmáticos repletos de substâncias precursoras de queratina.
O achatamento celular e o acúmulo de queratina continuam na porção epidérmica seguinte, até que as células se tornam totalmente impermeáveis e morrem. Assim, a camada mais externa da pele, conhecida como  camada córnea, é constituída por células mortas e queratinizadas, que se achatam como escamas. A camada córnea é substituída aproximadamente a cada três semanas; à medida que as células mais externas descamam-se e são eliminadas, originam-se novas células queratinizadas a partir de células da camada granulosa.
A epiderme apresenta também melanócitos, células situadas junto à camada basal e especializadas na produção na produção de  melanina, pigmento escuro que dá cor à pele e aos pelos. A melanina é uma substância orgânica, sintetizada a partir do aminoácido tirosina, ela desempenha duas importantes funções protetoras no organismo : absorve parte da energia contida na redação ultravioleta da luz solar e neutraliza radicais livres, compostos prejudiciais que se formam quando a pele é danificada pela  ultravioleta.
Os melanócitos apresentam prolongamentos que penetram no interior das células precursoras dos pelos e das células da camada basal e espinhosa da epiderme introduzindo nelas grãos de melanina. A quantidade de melanócitos é mais ou menos a mesma em todas as pessoas, independentemente da cor de sua pele. O que diferencia uma pessoa de pele clara de outra de pele escura é a quantidade de melanina contida nos melanócitos e não no número de células. Além disso, a cor da pele é influenciada por outros fatore, como, a quantidade de caroteno, pigmento alaranjado que se acumula sob a derme. A exposição ao sol escurece a pele porque estimula a produção de melanina
Além dos melanócitos, a epiderme apresenta ainda  as células:
·         Células de Langerhans: possuem muitas projeções entre as células epidérmicas, sua função é reconhecer agentes estranhos que entram na pele, além de alterar o sistema de defesas corporais ( sistema imunitário) para agir contra os invasores.
·         Células de Merkel: são dilatadas e estão em contato com fibras nervosas provenientes da derme que penetram na membrana basal. Sua função é perceber estímulos mecânicos, transmitindo-os às fibras nervosas. Por isso que elas são  mecanorreceptores

Derme
A derme é um tecido conjuntivo rico em fibras proteicas, vasos sanguíneos, terminações nervosas, órgãos sensoriais e glândulas. As principais células dérmicas são os fibroblastos, responsáveis pela produção de fibras proteicas e de uma substância gelatinosa que preenche os espaços do tecido, a substância fundamental. As fibras da derme são filamentos constituídos de proteínas, e podem ser de três tipos: à fibras colágenas (mais espessa e resistente), fibras elásticas ( mais finas) e fibras reticulares ( muito mais finas e entrelaçadas). É o conjunto dessas fibras que confere a resistência e elasticidade típicas da pele.
A primeira camada dérmica, localizada imediatamente abaixo da epiderme, é dita camada papilar, pois apresenta inúmeras saliências (papilas dérmicas) que se encaixam em reentrâncias da epiderme. Dela partem  fibras finíssimas de proteína colágeno, que se encaixam fortemente à epiderme, garantindo sua perfeita união à derme.
Sob a camada papilar, situa-se uma camada mais espessa, a camada reticular, constituída por um tecido conjuntivo denso e rico em fibras elásticas, mas que possui relativamente menos células. Nessa camada há vasos sanguíneos, vasos linfáticos e terminações nervosas; aí também se situam as raízes dos pelos, as glândulas sebáceas e as glândulas sudoríparas.
Imediatamente abaixo da derme, há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, a hipoderme ou tela subcutânea, rico em fibras e em células que armazenam gordura ( células adiposas). A gordura armazenada nesse tecido, serve como isolante térmico  e como reserva de energia.

Anexos da pele

a)    Pelos
São finos bastões de queratina produzidos pela compactação de restos de células epidérmicas mortas. O pelo se forma no interior de um tubo de células epidérmicas que se aprofunda na derme adentro, o folículo piloso. No fundo desse folículo ocorre a produção de células que sintetizam queratina, morrem e se compactam na base do pelo, levando ao seu crescimento. Cada folículo está ligado a um pequeno  músculo eretor, que permite a movimentação do pelo e a uma ou mais glândulas sebáceas, que o lubrificam.

b)   Unhas
As unhas são placas de queratina presentes nas pontas dos dedos. Ela cresce pela contínua compactação de restos de células mortas repletas de queratina, a partir de uma dobra da epiderme localizada em sua base.
  • A margem livre é a parte da unha que se estende além do dedo. Não há terminações nervosas nessa região, logo não sentimos dor ao cortá-la.
  • A matriz ungueal ou raiz da unha - é a porção proximal da unha que cresce. Está embaixo da pele.
  • eponíquio ou cutícula que é uma dobra de pele na porção proximal da unha.
  • prega periungueal que é a dobra de pele nos lados da unha.
  • hiponíquio que é um fixação entre a pele do dedo e a porção distal da unha.
  • lâmina ungueal que é a parte que nós pensamos quando dizemos unha, a porção rígida e translúcida, composta de queratina.
  • leito ungueal que é o tecido conjuntivo aderente que está fortemente aderido à lâmina ungueal. Possui uma grande quantidade de terminações nervosas..
  • lúnula que é a parte branca convexa do leito da unha.
  • Prega ungueal uma prega da pele dura sobreposta como de base de uma unha.
A unha dividida em 3 partes:
Corpo- Lâmina ungueal é parte visivel que se estende desde a raiz até ao bordo livre.
Raiz- inserida na pele, sempre com tecido fixado em crescimento que é chamado de matriz.
Bordo livre- Secção final da placa até a ponta dos pés.
  



c)    Glândulas Sebáceas
São pequenas bolsas constituídas por células epiteliais glandulares, localizadas junto aos folículos pilosos, nos quais lançam sua secreção oleosa. Sua função é lubrificar a pele e os pelos.

d)   Glândulas Sudoríparas
São estruturas tubulares enoveladas localizadas na derme, que se conectam a poros na superfície da epiderme e ali eliminam o suor, um fluido que contém água, íons de sódio, de potássio, de cloreto, ureia, amônia e ácido úrico. Essas glândulas não existem na glande do pênis e nos lábios.

Funções da Pele
·         proteção: funciona como uma barreira protetora contra ação de agentes físicos, químicos e biológicos sobre o organismo.
·         Regulação térmica: quando a temperatura sobe, impulsos nervosos provocam a dilatação dos vasos sanguíneos dérmicos, fazendo com que maior quantidade de sangue passe a circular na pele, com o frio ocorre o oposto.
·         Função sensorial: a pele está repleta de terminações nervosas capazes de captar estímulos mecânicos, térmicos ou dolorosos, essas terminações são ditas de receptores cutâneos:
a)    terminais de Ruffini: especializada na percepção de calor
b)   corpúsculos de Paccini: percebem o tato
c)    disco de Merkel: captam estímulos de pressão e tração
d)   terminações nervosas livres:  captam estímulos mecânicos e dolorosos.
Corpúsculos de Meissner: captam estímulos tácteis.

4º) Olfato
                       
O nariz constitui o órgão do olfato. Apresenta-se dividido pelo septo nasal em duas cavidades que, na porção anterior, mantêm contato com o meio externo através de dois orifícios ditos narinas.
Na porção posterior do nariz, as cavidades nasais comunicam-se com a faringe pelas coanas. A cavidade nasal é revestida por uma mucosa à pituitária, que contém fibras sensitivas do nervo olfativo e constitui a sede do olfato. Há também pelos que filtram o ar inspirado
O epitélio olfativo fica no alto da nossa cavidade nasal, ocupando uma área de apenas 5cm2. Por isso, somos animais microsmáticos, isto é, de pequena capacidade olfativa. Nesse epitélio existem muitos neurônios sensoriais, que são os receptores olfativos, além de células de sustentação. Os axônios desses neurônios atravessam os poros do osso etmoide e se agrupam, ligando-se a outros neurônios nos dois bulbos olfativos existentes na extremidade dos dois nervos olfativos ( primeiro par de nervos cranianos).

Ao contrário dos quatro sabores, os odores são muito numerosos e, para a estimulação dos receptores olfativos, as partículas em suspensão no ar devem dissolver-se no muco que cobre os cílios da extremidade livre dessas células. Certas substâncias podem estimular os receptores olfativos quando presentes em quantidades mínimas no ar, especialmente se forem voláteis e solúveis em lipídios.

5º) Paladar

O paladar ou gustação é o sentido que permite a identificação dos sabores das substâncias em solução que atingem a língua.
Este sentido, o paladar deve-se à atividade dos corpúsculos gustativos, que se distribuem pela língua nas chamadas papilas gustativas, que são saliências da mucosa que reveste a língua, elas podem ser: caliciformes e fungiformes.
Ø  Papilas caliciformes: em forma de cálice, situam-se na face superior da base da língua. Em número de seis a treze, estão dispostas em forma de “V” e são especialmente sensíveis ao sabor amargo.
Ø  Papilas fungiformes: semelhantes a fungos ou cogumelos, em número de 150 a 200, distribuem-se de maneira irregular pela face superior da língua.
Cada papila caliciforme e fungiforme abriga inúmeros corpúsculos gustativos. Estes possuem células dotadas de cílios, que, uma vez estimulados por uma substância em solução, geram impulsos nervosos transmitidos até o cérebro, onde são identificados. Vários nervos estão implantados no mecanismo do paladar até o cérebro:
Ø  Nervo corda do tímpano : porção anterior da língua;
Ø  Nervo glossofaringeo : região dorsal da língua;
Ø  Nervo vago: região profunda da língua.
Além das papilas gustativas, a superfície da língua contém as papilas filiformes, com função tátil, situadas em toda a face superior da língua; de aspecto filamentoso.
Os sabores são sentidos :
·         Doce à na ponta;
·         Amargo _à no “V”lingual
·         Salgadoà na lateral acima do doce
·         Ácido à lateral acima do salgado



7º ) Sistema Endócrino



Os hormônios ( do grego hormon = acordar, excitar) são mensageiros químicos produzidos por várias células especiais ou glândulas endócrinas, que têm ação estimulante ou inibidora sobre outras células ou órgãos.
Os hormônios são transportados em solução no plasma sanguíneo, onde são mantidos em certos níveis, e agem sobre os chamados órgãos-alvo. Eles atuam em doses pequenas e são responsáveis pela regulação do metabolismo, taxas de várias substâncias no sangue, reprodução , crescimento e desenvolvimento em geral.
Quanto à natureza químicas, eles podem ser polipeptídios simples ( hormônios antidiurético ADH), proteínas ( insulina), esteroides ( hormônios sexuais) e derivados de aminoácidos (hormônios da tireoide).

A Ação Hormonal
As células produtoras de hormônios podem ficar dispersas pelos mais diferentes órgãos ou compor as glândulas endócrinas, de secreção interna que, ao contrário das glândulas exócrinas, não apresentam um canal para eliminar a secreção. O intestino, os rins e até o coração produzem hormônios. O pâncreas, importante glândula exócrina digestiva, pois produz o suco pancreático, também tem suas porções endócrinas, as ilhotas, que produzem a insulina e o glucagon, relacionados à regulação do metabolismo dos carboidratos. Trata-se, portanto de uma glândula mista. ( anfícrina)


Determinado hormônio, uma vez liberado no sangue, atinge as células-alvo, que apresentam receptores específicos nas suas membranas. Tais receptores são moléculas proteicas, que se ligam aos hormônios e formam um complexo hormônio-receptor, responsável pelo desencadeamento da ação hormonal. 
Essa regulação endócrina ocorre por meio de um mecanismo à feedback (retroalimentação)
Exemplo: adenoipófise (região anterior da hipófise).
A adenoipófise produz o hormônio tireotrofina, que estimula a atividade da glândula tireoide; à medida que o nível de toxina, hormônio da tireoide, aumenta no sangue, a adenoipófise vai sendo inibida e a produção de tireotrofina se reduz, fato que provoca a inibição da tireoide. Quando o nível de tiroxina no sangue se torna baixo, a adenoipófise volta a secretar em quantidades consideráveis e o mecanismo recomeça.


A) Hipófise
A hipófise é uma pequena glândula com cerca de 1 cm de diâmetro e situada abaixo do cérebro, em uma cavidade do osso esfenetmoide dita sela túrcica. Possui duas regiões : a neuroipófise ou hipófise posterior, de constituição nervosa, e a adenoipófise ou hipófise anterior, de constituição epitelial.


Hormônios da neuroipófise:  são na verdade produzidos pelo hipotálamo cerebral. A neuroipófise apenas promove o armazenamento desses hormônios e sua liberação no sangue. São eles:
ADH (hormônio antidiurético): atua nos túbulos renais aumentando-lhe a permeabilidade e, portanto promovendo  maior reabsorção de água. Quando um indivíduo ingere pouco líquido, a neuroipófise libera grande quantidade de ADH no sangue; com isso, a reabsorção de água nos túbulos renais torna-se intensa, e a urina fica concentrada e reduzida. Quando a produção de ADH no organismo é baixa, surge uma doença dita  diabetes insípido, que se caracteriza por sede excessiva e formação de urina volumosa e diluída (poliúria)
Ocitocina: exclusivamente feminino, esse hormônio estimula de forma poderosa o útero gravídico, principalmente no final da gestação, favorecendo o parto. A ocitocina atua também sobre as glândulas mamárias, onde estimula as contrações mioepitreliais, facilitando a ejeção de leite.
Hormônios da adenoipófise: essa região das hipófise produz vários hormônios, como: FSH, LH ambos reguladores da atividade das glândulas sexuais, e também os seguintes:
HEC (hormônio estimulante do crescimento ou somatotrofina):induz e regula o crescimento, sendo produzido apenas durante o período de crescimento. Quando na infância a produção desse hormônio é insuficiente, surge o quadro clínico dito nanismo, caracterizado por deficiência no crescimento dos ossos e dos dentes, com comprometimento geral do crescimento do organismo. Em contrapartida, a produção excessiva acarreta o gigantismo. No indivíduo adulto, uma produção significativa de HEC provoca acromegalia, caracterizada pelo alongamento dos ossos das mãos e dos pés, por inclinações da fronte para a frente, pelo desenvolvimento excessivo do nariz, do queixo e das bordas supra-orbitias.
Prolactina :  estimula a produção de leite nas glândulas mamárias


B) Glândula Tireoide

Essa importante glândula localiza-se sob a laringe, à frente da traqueia, e tem dois lóbulos. Em cortes histológicos, mostra um grande número de folículos ou vesículas arredondadas, que acumulam uma secreção homogênea, chamada coloide, na qual se concentram os hormônios tireoidianos: tri-iodo-tironina (T3) e o tetra-iodo-tironina (T4) ou tiroxina.

A baixa produção dos hormônios da tireoide acarreta o hipotireoidismo. A produção excessiva de tiroxina e tri-iodo-tironina acarreta o hipertireoidismo.
Hipotireoidismo: no adulto, as consequências desse quadro clínico são, em geral: aumento de peso; apatia; queda na freqüência cardíaca; engrossamento da pele e intolerância ao frio, com isso a tireoide cresce muito originando o bócio endêmico.

Bócio Endêmico: decorre da carência de sais de iodo na alimentação. Na falta desse elemento químico, a produção de tiroxina torna-se insuficiente. A adenoipófise, então, secreta grandes quantidades de hormônio tireotrófico (FSH), que estimula a atividade funcional da glândula tireoide. Em conseqüência, essa glândula cresce exageradamente acarretando o bócio endêmico.
Evita-se esta doença adicionando-se sais de iodo à alimentação. Por lei federal, o sal de cozinha (NaCl) é enriquecido de iodo com uma parte de iodeto de sódio para cada 100 mil partes de NaCl.

Hipertireoidismo: quadro clínico que resulta : no aparecimento da exoftalmia ( olhos saltados), taquicardia, diminuição do peso, nervosismo, intolerância ao calor e alto metabolismo.

Calcitonina: é outro hormônio produzido pela tireoide, que atua estimulando a remoção de cálcio do sangue, fixando-o nos osso


          C) Glândula Paratireoide
São quatro glândulas localizadas na face posterior da glândula tireoide, sob os lóbulos. Produzem o paratormônio, responsável pela regulação do metabolismo de cálcio e fósforo no plasma sanguíneo. Ele remove o cálcio dos ossos, e também estimula a reabsorção de cálcio nos túbulos renais e a absorção do cálcio dos alimentos, no intestino. A deficiência de paratormônio causa diminuição da quantidade de cálcio no sangue, o que faz as células musculares esqueléticas contraírem-se convulsivamente. Casso a pessoa não seja tratada, com administração de paratormônio ou de cálcio, pode ocorrer tetania muscular e morte


    D) Pâncreas


Essa  glândula, que mede de 20 a 25 cm de comprimento, localiza-se na cavidade abdominal, junto ao estômago. É uma glândula mista, pois tem ácinos, com secreção exócrina, o suco pancreático, e regiões endócrinas, as ilhotas pancreáticas ( ilhotas de Langerhans), que além da insulina, produzem o glucagon. Esses dois hormônios, ambos polipeptídios, regulam o metabolismo dos carboidratos. Enquanto a insulina permite a utilização da glicose pelas células e a síntese do glicogênio armazenado nos músculos e no fígado, o glucagon estimula a glicogenólise, isto é, o desdobramento do glicogênio em glicose e sua liberação na circulação.





 Quando o pâncreas produz quantidades insuficientes de insulina, surge uma doença a diabetes melito. Nesse caso, o excesso de glicose permanece no sangue, configurando a hiperglicemia. Pode-se então, detectar glicose na urina (glicosúria), uma vez que a capacidade de reabsorção de glicose nos rins é insuficiente. A presença de glicose nos túbulos renais retém água, que é eliminada pelo organismo, acarretando aumento no volume de urina (poliúria) e tendência a desidratação.


E) Supra- renais ou Adrenais

Elas se localizam na face superior de cada rim, e apresentam duas regiões distintas córtex( externa) e medula(interna).


Os hormônios corticais são produzidos sob o estímulo do ACTH (hormônio adrenocorticotrófico), que é liberado pela adenoipófise. Um dos principais hormônios corticais é a aldosterona( mineralocorticoide). Esse hormônio promove um aumento da reabsorção de sódio nos túbulos renais e, consequentemente, um aumento da reabsorção de cloro e água. Em troca favorece a passagem de potássio para o interior do filtrado, promovendo a excreção desse íon.
Há também os glicocorticoides que têm excepcional ação antialérgica e anti-inflamatória, estando relacionados ao metabolismo dos açúcares e das gorduras.
Entre outros efeitos, a adrenalina provoca:
·         vaso constricção periférica (palidez)
·         aumento do ritmo respiratório e cardiovascular;
·         aumento da atividade mental;
·         glicogenólise no fígado;
·         elevação da pressão arterial]
·         vasodilatação nos músculos esqueléticos
·         retardamento da fadiga muscular;
·         dilatação da pupila

 A medula das supra-renais produz a adrenalina, considerada hormônio do medo, do susto, da raiva, da tensão e da fuga. Produz também a noradrenalina, que é liberada em doses mais ou menos constantes pela medula adrenal, independentemente da liberação de adrenalina. Sua principal função é manter a pressão sanguínea em níveis normais.


F) Timo

O timo é uma glândula situada atrás da parte superior do osso esterno. O peso do timo aumento do nascimento até os dois anos de idade; a partir daí seu volume permanece constante até os 25 anos de idade, quando começa a regredir. Nos velhos, praticamente não existe mais. A função do timo é pouco conhecida, mas pesquisas realizadas em cães jovens parecem demostrar que sua retirada  nessa fase da vida perturba o desenvolvimento do esqueleto.













































Capítulo – 08 – Sistema Locomotor

1º) Ossos
Um osso é formado por unidades ditas sistemas de Harvers. Cada um desses sistemas consiste de camadas concêntricas de matriz mineralizada, depositadas ao redor de um canal central, onde existem vasos sanguíneos e nervos.
 As células que formam os ossos são ditas osteoblastos. Ao envelhecer, os osteoblastos passam a ser chamados de osteócitos. Estes estão situados em cavidades da matriz óssea, e comunicam-se através de canalículos, por onde se difundem substâncias nutritivas e gás oxigênio.

No osso há células grandes e especializadas, os osteoclastos, cuja função é destruir áreas lesadas ou envelhecidas do osso, abrindo caminho para a regeneração do tecido ósseo.



Os ossos longos armazenam na sua grande cavidade central, o tutano. Ele é formado na medula óssea amarela, rica em gorduras, que, quando necessário, podem ser mobilizadas para o fornecimento de energia. Na epífise ou cabeça dos ossos longos fica a medula óssea vermelha, que preenche as cavidades dos ossos esponjosos. Ela é um importante tecido hematopoiético, produtor de células sanguíneas.

2º) Estrutura Óssea

Na estrutura de um osso longo como o fêmur, encontra-se uma bainha envolvente de tecido conjuntivo fibroso dito periósteo. No interior desse osso, inúmeros canalículos dispostos longitudinalmente em relação à diáfise (corpo do osso). Esses canalículos, chamados canais centrais (canal de Harvers), comunicam-se através de outros canalículos dispostos transversalmente em relação à diáfise, ditos canais perfurantes canis de Volkmann). Os canais centrais e os perfurantes contêm vasos sanguíneos e neurofibras. Ao redor de cada canal central existem lamelas ósseas concêntricas e entre elas, constata-se a presença de inúmeros osteócitos. O conjunto formado por um canal central e as lamelas que circundam denomina-se sistema de Harvers.


3º) Classificação

a)    Ossos Longos: são ossos compridos em relação à largura e à espessura. O fêmur, que é o osso da coxa, é um exemplo.
b)    Ossos chatos: são ossos achatados, de pequena espessura em relação à largura. A escápula ou omoplata, ossos do ombro, é um bom exemplo.
c)    Curtos ou cúbicos: as três dimensões são praticamente as mesmas. As vértebras são exemplos desse tipo de osso.



4º) Regiões do osso
a)    Periósteo: é a membrana que envolve os ossos. Apresenta muitos vasos sanguíneos, que penetram nas outras camadas e se ramificam.
b)    Epífises: são as extremidades, recobertas pela cartilagem articular.
c)    Diáfise: é o corpo do osso, envolvido pelo periósteo
d)    Corpo ósseo: é a camada que forma o osso propriamente dito. É constituído pelo tecido ósseo.
e)    Medula vermelha: situa-se nos poros da parte esponjosa do osso. Nos adultos, localiza-se nas epífises dos ossos longos, nas vértebras e nas costelas; nas crianças pode ser encontrada no interior de todos os ossos. É nessa medula que ocorre a formação das hemácias, leucócitos. Com a idade a medula vermelha é substituída pela medula amarela, deixando de produzir os elementos do sangue.
f)     Medula amarela: localiza-se no canal medular, nos adultos. É formada por uma substância de aspecto gelatinoso e amarelado. Através da medula amarela passam diversos vasos sanguíneos que nutrem o osso, é o tutano.


4º) Articulações
A articulação é uma reunião de dois ou mais ossos, que permite realizar movimentos, sustentar ou proteger os órgãos.
As superfícies dos ossos não entram em contato direto na articulação, pois as suas extremidades são revestidas por uma membrana de tecido cartilaginoso. Entre as extremidades fica a cavidade sinovial, cheia de um líquido que atua como lubrificante, facilitando o deslizamento, é o líquido sinovial. Se você, ao dobrar o joelho, ouvir um estalo, é sinal de há pouco líquido sinovial nessa articulação.
A articulação é envolvida por uma cápsula articular, revestida internamente pela membrana sinovial.

As articulações podem ser:
v  Móveis ou diartroses: permitem a realização de movimentos amplos, como a flexão e extensão.
v  Semimóveis ou anfiartroses ou sínfises: permitem pequenos movimento, podendo apresentar certa flexibilidade no tecido fibroso que une os ossos. A sínfise pubiana, é um bom exemplo: ela une ventralmente os dois púbis e pode se distender-se bastante, aumentando o espaço entre os ossos da bacia, o que facilita a passagem da criança.
v  Imóveis ou sinartroses: não permitem o movimento. Por exemplo: as articulações dos ossos do crânio e da face, com exceção do maxilar inferior.


5º) Principais deformações do esqueleto
a)    Cifose: caracteriza-se pelos ombros caídos e pela acentuada curvatura da coluna vertebral
b)    Lordose: ocorre uma grande curvatura da coluna vertebral para a frente; o peito e a barriga também ficam projetados para a frente.
c)    Escoliose: é o desvio da coluna vertebral para um dos lados do corpo.




                        Capítulo – 09 -  Músculos

Os ossos e os músculos se completam na formação do nosso sistema locomotor.

os músculos são formados por células alongadas dita miócitos 

  Tipos de músculos
·         Músculo estriado: apresentam listras transversais quando vistos ao microscópio. Caracterizam-se pela cor vermelha e formam o que chamamos de carne. A maioria dos músculos estriados tem movimentos voluntários, e rápidos, exceto o músculo estriado cardíaco. Esse tipo de músculo possui uma irrigação sanguínea muito grande. Isso permite a difusão rápida de medicamentos aplicados por meio de injeções intramusculares.  Os músculos estriados esqueléticos ligam-se aos ossos através de cordões fibrosos, ditos tendões, ou por meio de lâminas fibrosas, ditas aponeurose. A sua célula é multinucleada. 
Tendões: Estruturas cilíndricas, esbranquiçadas, brilhantes e praticamente inextensíveis, que fixam o músculo no esqueleto ou em outras estruturas.

Aponeurose: Estruturas similares aos tendões, mas morfologicamente distintas. As aponeuroses são tendões laminares, em forma de placas.




·         Músculo liso: não apresenta estrias. Geralmente são esbranquiçados e formam os órgãos internos, como o estômago e o intestino. Os movimentos dos músculos lisos são involuntários e lentos, como por exemplo os movimentos peristálticos. Sua célula possui um só núcleo.

b)    Fibra muscular
O tecido muscular é constituído por células alongadas, altamente especializadas e dotadas de capacidade contrátil, ditas miócitos (fibras musculares).
A capacidade de contração dos miócitos é que proporciona os movimentos dos membros, das vísceras e de outras estruturas do organismo. Essas células musculares têm nomes específicos para as suas estruturas. Assim, a membrana plasmática é dita sarcolema e o citoplasma é chamado de sarcoplasma, onde se distribuem um retículo endoplasmático muito desenvolvido, muitas mitocôndrias, sistema golgiense, ribossomos e inclusões de glicogênio. No entanto, as estruturas predominantes são as miofibrilas, filamentos proteicos contráteis, que se dispõem paralelamente ao longo de toda célula. Em cada fibra há um ou mais núcleos, alongados, de posição central ou periférica.Esse tecido se organiza em camadas:
 Epimísio: mais externo, se organiza em feixes e recobre o músculo todo; Perimísio: septos finos de tecido conjuntivo que circunda 10 a 100 fibras musculares, separando-as em feixes ditos fascículos, os quais podem ser visto a olho· Endomísio: envolve, por fim, cada fibra muscular; é a membrana plasmática da fibra muscular que é capaz de gerar eletricidade em resposta a estimulação do nervo. Quando o sarcolema gera impulso elétrico o sinal propaga-se ao longo da fibra e pelos túbulos T até chegar no retículo sarcoplasmático.



c) Contração Muscular

Os miócitos são dotados de inúmeras miofibrilas contráteis constituídas basicamente por dois tipos de proteínas : actina e miosina.
Na musculatura não-estriada, as miofibrilas são muito finas e não se organizam em feixes, de maneira que são dificilmente observadas. Assim o sarcoplasma apresenta-se com aspecto homogêneo, sem estrias. É por isso que os miócitos desse músculo são ditos não-estriados.
Na musculatura esquelética, as miofibrilas organizam-se em feixes, delimitando um intercalamento de faixas claras e escuras, o que confere ao miócito um aspecto estriado. Descrevemos a seguir a estrutura de um miócito estriado.
O miócito estriado é constituído por inúmeras miofibrilas, entre as quais pode-se observar a presença de numerosas mitocôndrias.
Cada miofibrila apresenta faixas claras e escuras, de maneira alternada. As faixas claras à faixas I apresentam no seu centro uma estria mais escura  à estria Z. As faixas escuras à faixas A são maiores e apresentam na região central uma zona mais clara à estria H.
O conteúdo existente entra duas estrias Z é dito miômero à sarcômero. Inseridos na estria Z, encontram-se filamentos delicados constituídos por actina. Esses filamentos terminam ao redor da estria H. intercalados aos filamentos de actina estão os filamentos grossos de miosina. Na faixa A existem filamentos de actina e miosina, determinando uma faixa mais densa, o que justifica a coloração escura, quando se observa o miócito ao microscópio óptico. Na estria H, um pouco mais clara, não existe actina.
A faixa I é constituída apenas pelos filamentos finos de actina, daí a sua coloração clara (é uma região pouco densa). A estria Z é uma região de condensação de proteínas.
 Quando o miócito se contrai, os filamentos finos de actina deslizam sobre os filamentos grossos de miosina. Dessa maneira, a faixa I diminui, podendo até desaparecer; a estria H também diminui pode desaparecer, embora a faixa A não se altere. É evidente que, na fibra contraída, as estrias Z se aproximam, o que determina o encurtamento do miômero. Como o miômero é a menor porção do miócito capa de sofrer contração, é considerado a unidade contrátil do miócito.



d) A energia para a contração muscular

Os músculos armazenam glicogênio, através do movimento respiratório, as moléculas de glicose provenientes do glicogênio liberam energia para síntese de ATP. A energia liberada pelo ATP permite o deslizamento da actina sobre a miosina, determinando a contração muscular.
O estoque de ATP nos miócitos é, porém, limitado. Quando a atividade muscular é intensa esse estoque é rapidamente consumido e, nessas condições, a energia oriunda do mecanismo respiratório não consegue, normalmente, restaurar as moléculas de ATP. Ocorre, no entanto, que o miócito contém grandes quantidades de uma substância orgânica dita creatina, capaz de ser fosforilada e armazenar fosfatos de alta energia. Assim, quando o suprimento de ATP diminui, a creatina-fosfato fornece fosfatos de alta energia para o ATP, permitindo a rápida formação de novas moléculas de ATP. Quando o músculo se encontra em repouso, o mecanismo respiratório fornece energia, permitindo a formação de novas moléculas creatina-fosfato.
Considerando o mecanismo contrátil, podemos concluir as seguintes funções para as substâncias citadas abaixo:
* Glicogênio: fonte primária de energia para a contração;
           * ATP: fonte imediata de energia para a contração;
           * Creatina-fosfato: reservatório de energia química para a contração.

E) O papel do cálcio na contração muscular

Nos miócitos, os íons de cálcio ficam normalmente armazenados no interior do retículo sarcoplasmático. Quando um miócito é estimulado por impulsos nervosos oriundos de terminações de um nervo, os íons de cálcio passam rapidamente do interior do retículo sarcoplasmático para o hialoplasma. Uma vez em contato com as miofibrilas, a ação conjunta desses íons e da energia liberada pelo ATP promove o deslizamento dos filamentos de actina sobre os de miosina, determinando mecanismo contrátil.
Quando cessa o impulso nervoso, os íons de cálcio são bombeados ativamente para o interior do retículo sarcoplasmático, os filamentos de actina retornam à “posição normal” e as miofibrilas então relaxam-se.

f) A fadiga muscular

Quando um músculo está em intensa atividade, a musculatura esquelética pode não dispor de um suprimento adequado de gás oxigênio para promover a oxidação da matéria orgânica fornecedora da energia para a ocorrência do mecanismo contrátil.

Nessas condições, as células musculares passam a realizar a fermentação láctica, fato que acarreta o acúmulo de ácido láctico, provocando a fadiga muscular, e pode causar a paralisação da atividade do músculo. O ácido láctico assim formado, porém, vai sendo lentamente oxidado até desaparecer, à medida que o músculo recebe oxigênio. Entretanto, parte do ácido láctico produzido passa para o sangue; nesse caso, o fígado promove sua conversão em moléculas de glicose, que serão armazenadas na forma de glicogênio.



fontes
Campbell : Biologia
Amabis Volume único
Cesar e Sezar volume único
fotos da internet 




  



































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