1º Capítulo –
Sistema Digestório
1º) Parte : Anatomia
A – Boca
A abertura de entrada do
tubo digestório é a boca, rodeada pelos lábios, que auxiliam a tomada de
alimento. No interior da boca, localizam-se os dentes e a língua, que preparam
o alimento para a digestão. Na boca há canais provenientes de três glândulas
salivares, que produzem e liberam na cavidade bucal a saliva.
Chama-se fenda bucal a
abertura existente entre o lábio superior e o lábio inferior. Ela serve de
comunicação do tubo digestório com o meio externo, sendo a abertura por onde
entram os alimentos.
O teto da boca recebe o
nome de céu da boca ou véu palatino.
Mais para dentro,
encontramos a campainha..
A1: dentes
Partes externa
a)Raiz: é a porção do dente que fica
nas cavidades alveolares dentárias. Elas são em número de uma ou duas, três ou
mais raízes.Os dentes são órgãos esbranquiçados, de consistência óssea e de origem
epidérmica, implantados nos arcos alveolares das maxilas e mandíbula.
b)Colo:
é uma linha divisória rodeado por gengiva, entre a coroa e a raiz.
Coroa é toda parte visível for a das gengivas.
Partes Interna
a)Polpa: é a parte viva do
dente, é formada por tecido conjuntivo e
é rica em vasos sangüíneos e nervos;
b)Dentina ou Marfim:
substância dura e sensível, que contém sais de cálcio, envolve a polpa. Na
raiz, a dentina é revestida pelo cemento.
c)Esmalte: formado por sais de
cálcio, envolve a dentina na região da coroa. O esmalte é a substância que faz
do dente uma das partes mais duras do nosso corpo. Ao longo do tempo, ele pode ser corroído pelos ácidos que se formam na boca.
A2 : Língua
O assoalho da boca é ocupado pela língua. Ela
contribui para a mistura dos alimentos com a saliva.O sentido gustativo é o que indica o paladar dos alimentos e dos líquidos
que ingerimos. Cada gosto é identificado por uma área específica da língua.
Assim:
Doce: na ponta; salgado na lateral acima do doce; amargo na lateral
acima do salgado e o amargo é no “V”língual( fundo)
tipos de dentes
B: Faringe
A faringe serve ao mesmo tempo, aos sistemas digestório e respiratório.
É o que conhecemos como garganta. Comunica-se com a boca e liga-se à laringe e ao esôfago.A faringe comunica-se também com as fossas nasais, através de dois
orifícios ditos coanas. Quando
a entrada para a laringe e para as fossas nasais está fechada, o caminho está
livre para o alimento. É o que acontece no exato momento em que estamos
engolindo.
No fundo da boca há uma membrana dita véu palatino, na entrada da laringe, uma peça cartilaginosa dita epiglote. Quando engolimos o véu
palatino sobe, fechando a comunicação entre a faringe e as fossas nasais. Ao
mesmo tempo, a epiglote fecha a entrada da laringe. Empurrado pela língua, o
alimento vai da boca para a faringe e desta para o esôfago, é o ato de engolir
ou deglutir. Quando respiramos, o véu palatino desce, restabelecendo a
comunicação entre a faringe e as fossas nasais, e a epiglote, deixa livre a
entrada da laringe.
C : Esôfago
A palavra esôfago é de origem grega e quer dizer “eu carrego o
que foi comido”.
O esôfago
é um órgão em forma de tubo, com paredes flexíveis e que mede aproximadamente
25 cm. Em sua parte
superior, comunica-se com a faringe; em sua parte inferior,
comunica-se com o estômago, através de um orifício dito cárdia.O esôfago
empurra o bolo alimentar para o estômago, através de movimentos peristálticos.
Os movimentos peristálticos consistem no seguinte: a musculatura adiante do bolo alimentar se relaxa, enquanto a que está atrás se contrai. São movimentos em formas de ondas, que lembram uma cobra rastejando.
movimentos peristálticos
D : Estômago
O estômago é
um órgão musculoso em forma de saco, com uma curvatura côncava e outra convexa
Comunica-se
com o esôfago pela cárdia e com o duodeno pelo piloro. Esse orifício é formado por uma anel muscular que se
contrai quando o bolo alimentar chega ao estômago. Dessa maneira, o alimento
não passa para o intestino delgado.
O estômago é
forrado internamente por uma membrana dita mucosa
gástrica, que possui glândulas especiais para a fabricação do suco
gástrico. Esse suco é formado por água, mucina, ácido clorídrico (HCl) e a
enzima pepsina, renina e lipase gástrica Depois do trabalho do estômago, o bolo alimentar recebe o nome de quimo.
A pepsina
quebra as moléculas grandes de proteínas, transformando-as em moléculas menores
: os peptídios.
A pepsina só
age em meio ácido. Daí a importância do ácido clorídrico : permitir a ação da
pepsina e também da renina, outra enzima, que promove a coagulação do leite.
A outra enzima
a lipase gástrica, só atua no início da digestão gástrica quando a produção do
ácido clorídrico é pequena.
A pepsina não digere as paredes do próprio
estômago porque é produzida sob a forma de uma substância não-ativa, dita
pepsinogênio.
No interior do
estômago, pela ação do HCl, o pepsinogênio se transforma na enzima ativa
pepsina. No entanto a pepsina fica isolada das paredes do estômago por uma
espessa camada de muco dita mucina. A mucina reveste a mucosa estomacal,
impedindo que a pepsina e o HCl ataquem as células do próprio estômago. Além
disso a mucina lubrifica os alimentos contidos no estômago.
Depois de
passar pelo estômago, o quimo, que é uma massa semilíquida, seque para o
duodeno. Essa etapa do processo digestivo que ocorre no estômago é dita quimificação.
F : Intestino Delgado
O intestino delgado é revestido por uma membrana a mucosa intestinal; que fabricam o suco intestinal ou entérico.
Está dividido em três partes:
·
duodeno:
tem aproximadamente 25 cm de comprimento e a forma de um C. no duodeno
desembocam os canais: Canal de Wirsungà através do qual o
suco pancreático é liberado no duodeno; Canal colédocoà através do qual a bílis é liberada no duodeno.
·
Jejuno e
íleo: o Jejuno é a parte que fica entre o duodeno e o íleo, ela recebe esse
nome porque é a única parte do intestino sem alimento. O íleo termina no ceco.
O intestino
grosso mede aproximadamente 1,5 m. suas partes são:
·
ceco: liga-se
ao intestino delgado através do orifício íleocecal.
Preso ao ceco está o apêndice, um órgão cilíndrico e muito fino, que está
relacionado ao sistema imunológico. A inflamação desse órgãos recebe o nome de
apendicite.
·
Cólon:
ascendente, transverso e descendente, é a parte mais longa do intestino
·
Reto:
é a última parte do intestino grosso. Comunica-se com o exterior através do
ânus.
O intestino grosso abriga um verdadeiro batalhão de
bactérias inofensivas ao nosso organismo. Essas bactérias se nutrem de resíduos
digestivos; muitas delas produzem a vitamina K e vitaminas do complexo B. A
atividade fermentativa das bactérias intestinais produz vários tipos de gases,
responsáveis pelo odor típico das fezes.
O material
que não foi digerido, as fibras, por
exemplo, formam as fezes que são acumuladas no reto e, posteriormente,
empurradas por movimentos musculares ou peristálticos para fora do ânus. É
quando sentimos vontade de defecar, ou seja, eliminar as fezes.
Concluídas todas as etapas da digestão, os nutrientes que chegam à circulação sanguínea são distribuídos a todas as células, e assim são utilizados pelo organismo.
Concluídas todas as etapas da digestão, os nutrientes que chegam à circulação sanguínea são distribuídos a todas as células, e assim são utilizados pelo organismo.
Órgãos Anexos
1º) Glândulas
salivares
essas glândulas produzem a saliva, que contém a ptialina, enzima que digere o amido.
·
parótidas:
estão situadas ao lado de cada um dos ouvidos. Ela é atacada pelo vírus da
caxumba;
·
submaxilares:
ficam abaixo do maxilar inferior;
·
sublínguais:
encontram-se debaixo da língua.
2º) Fígado
O fígado é
uma glândula de nosso corpo que pesa aproximadamente 1,4Kg. Divide-se em
lóbulos e sua cor é vermelho-escura. Situa-se à direita do abdome, logo abaixo
do diafragma.
Na parte
inferior do fígado encontra-se a vesícula
biliar, bolsa que serve para guardar a bílis,
que é um líquido amarelo-esverdeado, amargo e sem enzimas digestivas. É formado
de água (97% ), pigmentos biliares e sais biliares.
Os sais
biliares agem sobre os lipídios, transformando-os em gotículas e facilitando a
ação das lipases.
3º) Pâncreas
O pâncreas
é uma glândula mista, em cacho, situada atrás do estômago. Ele produz o suco
pancreático, que é lançado no duodeno pelo canal
de Wirsung, e a insulina, que é um hormônio, é lançada no sangue pelas ilhotas de Langherans.
Parte II : Fisiologia
1º) Fenômenos Físicos : mastigação, deglutição
e movimentos peristálticos.
2º) Fenômenos Químicos
·
Insalivação: á ação da saliva no alimento,
formando o bolo alimentar(maltose, proteínas e gorduras)
·
Quimificação : é a ação das enzimas do estômago
transformado o bolo alimentar em quimo ( maltose, peptídios e gorduras)
·
Quilificação: é a ação do suco entérico
transformando o quimo em quilo ( glicose, aminoácido, ácido graxo e glicerol).
3º) Digestão do
amido
o amido é
digerido na boca, a ptialina transforma-o em maltose. No duodeno a maltase transforma a maltose em glicose.
4º) Digestão das proteínas
As
proteínas são digeridas no estômago, pela ação da pepsina, e são transformadas
em peptídios, que passam para o duodeno e através do suco entérico é transformado em aminoácido.
3º) Digestão das Gorduras
A gordura é
digerida no duodeno, pela ação da bílis e do suco entérico e é transformada em ácido graxo e glicerol
(álcool).
resumindo :
Excreção é a eliminação dos resíduos
produzidos pelas células.
(todas as imagens foram retiradas da internet)
Também chamada de caixa timpânica, acha-se separada da orelha externa pelo tímpano, um membrana vibrátil de forma circular. Limita-se com a orelha interna através de duas janelas: redonda e oval. Entre a membrana timpânica e a janela oval existem três ossículos: martelo, bigorna e estribo. A caixa timpânica, que é cheia de ar, comunica-se com a faringe através da tuba auditiva (trompa de Eustáquio), que permite a manutenção do equilíbrio entre a pressão atmosférica e a pressão do ar contido no interior da orelha média.
Ao contrário dos quatro sabores, os odores são muito numerosos e, para a estimulação dos receptores olfativos, as partículas em suspensão no ar devem dissolver-se no muco que cobre os cílios da extremidade livre dessas células. Certas substâncias podem estimular os receptores olfativos quando presentes em quantidades mínimas no ar, especialmente se forem voláteis e solúveis em lipídios.
Essa glândula, que mede de 20 a 25 cm de comprimento, localiza-se na cavidade abdominal, junto ao estômago. É uma glândula mista, pois tem ácinos, com secreção exócrina, o suco pancreático, e regiões endócrinas, as ilhotas pancreáticas ( ilhotas de Langerhans), que além da insulina, produzem o glucagon. Esses dois hormônios, ambos polipeptídios, regulam o metabolismo dos carboidratos. Enquanto a insulina permite a utilização da glicose pelas células e a síntese do glicogênio armazenado nos músculos e no fígado, o glucagon estimula a glicogenólise, isto é, o desdobramento do glicogênio em glicose e sua liberação na circulação.
Quando o pâncreas produz quantidades insuficientes de insulina, surge uma doença a diabetes melito. Nesse caso, o excesso de glicose permanece no sangue, configurando a hiperglicemia. Pode-se então, detectar glicose na urina (glicosúria), uma vez que a capacidade de reabsorção de glicose nos rins é insuficiente. A presença de glicose nos túbulos renais retém água, que é eliminada pelo organismo, acarretando aumento no volume de urina (poliúria) e tendência a desidratação.
d) A energia para a contração muscular
resumo do processo digestório
Capítulo 02 – Sistema Respiratório
A – Anatomia
1º) Fossas Nasais
As fossas
nasais são duas cavidades existentes no nariz, pelas quais o ar penetra no
nosso corpo. Elas são separadas por uma estrutura chamada septo nasal. Comunicam-se com o exterior pelas narinas e com a boca e faringe pelas coanas.
As fossas
nasais são revestidas internamente pela mucosa
nasal. Essa mucosa contém um conjunto de pelos e fabrica uma secreção
viscosa o muco. Os pelos e o muco
atuam como filtros capazes de reter microrganismos e partículas sólidas
diversas que penetram no nariz juntamente com o ar.
no teto das fossa nasais existem células sensoriais responsáveis pelo sentido do olfato.
2º) Faringe
Também
participa do sistema respiratório, ela permite a passagem do ar para a laringe.
3º) Laringe
É um tubo
cartilaginoso situado na parte anterior do pescoço. Comunica-se com a faringe
pela glote.
Junto à
glote está a epiglote, uma válvula que fecha completamente a glote quando
engolimos. A proeminência laríngea ou pomo-de-adão, é uma cartilagem logo abaixo do queixo, muito saliente nos homens.
A laringe
também é um órgão da fonação. Apresenta, internamente, duas dobras
musculomembranosas, dita cordas vocais. A voz é produzida quando o
ar expirado faz vibrar as cordas vocais. Esse ar sai pela boca. Isso quer dizer
que enquanto falamos a entrada da laringe está aberta.
4º) Traqueia
A traqueia
é um órgão anelado com a forma de um tubo. Mede aproximadamente 12 cm de
comprimento. Bifurca-se na sua extremidade inferior, dando origem aos
brônquios. Na traqueia há também cílios e muco que empurram a mucosa
contaminada para cima, em direção à faringe, onde é tragada.
5º) Brônquios , Bronquíolos e Alvéolos
Os
brônquios são bifurcações da traqueia, que penetram nos pulmões. Há um brônquio
direito que se divide em três ramos e um esquerdo que se divide em dois. Cada
ramo subdivide-se várias vezes, formando a árvore
brônquica. As ramificações mais finas
da árvore brônquica são ditas bronquíolos.
Os bronquíolos terminam dentro de pequenos sacos agrupados sob a forma de cacho
de uva: são os alvéolos pulmonares.
Os alvéolos
pulmonares são estruturas elásticas, revestidas por uma membrana bem fina e
envolvida por uma rede de vasos capilares sanguíneos. Existem milhares de
alvéolos em cada pulmão. É em cada um deles que ocorrem as trocas gasosas
( hematose) entre o pulmão e o sangue.
6º) Pulmão
Os pulmões
são órgãos muito leves, semelhantes a duas grandes esponjas cor-de-rosa, devido
à grande quantidade de sangue que contêm. Sua leveza provém do fato de serem
cheios de as, presentes nos inúmeros alvéolos. Eles são revestidos por
membranas duplas muito finas ditas pleuras.
Entre as pleuras há uma pequena quantidade de líquido lubrificante. Estão
protegidos pela caixa torácica, que é uma estrutura formada por diversos
músculos e ossos, e apoiados no músculo diafragma
( músculo respiratório).
O pulmão
direito têm três lobos(partes arredondadas e salientes) e o esquerdo dois.
Entre os
pulmões existe um espaço dito mediastino,
onde se aloja o coração.
B – Fisiologia
1º) Movimentos respiratórios – Inspiração e
Expiração
Na
inspiração, o diafragma se contrai, abaixa, e o volume da caixa torácica
aumenta no sentido vertical. Além disso, os músculos intercostais também se
contraem, fazendo as costelas se elevarem. Desse modo o volume da caixa
torácica aumenta no sentido horizontal. A pressão do ar no interior da caixa
torácica e dos pulmões diminui, tornando-se menor que a pressão atmosférica,
como conseqüência, o ar entra até que as pressões se igualem.
Na
expiração, ao contrário, o diafragma e os músculos intercostais relaxam, e a
caixa torácica diminui de volume, tanto no sentido vertical quanto no
horizontal. A pressão do ar no interior da caixa torácica e dos pulmões
aumenta. Em conseqüência , o ar sai.
Inspiração
|
Expiração
|
|
Diafragma
|
Contrai-se e abaixa
|
Relaxa e sobe
|
Músculos intercostais
|
Contraem-se
|
Relaxam
|
Caixa torácica
|
Aumenta de volume
|
Diminui de volume
|
Pressão do ar
|
Diminui na caixa e pulmão
|
Aumenta
|
Movimento do ar
|
A pressão externa, sendo maior
do que a que existe nos pulmões, faz o ar entrar
|
A pressão interna aumenta e o
ar é expulso
|
2º) Quantidade de ar nos pulmões
Em cada respiração normal completa, movimentamos
para dentro e para for a dos pulmões aproximadamente 0,5 litros de ar à é
o ar corrente
Numa inspiração forçada – por exemplo, quando
inspiramos bastante ar para encher uma bexiga – fazemos entrar nos pulmões
cerca de 1,5 litro de ar. à é o ar complementar.
Numa expiração forçada, expelimos em torno de
2 litros de ar, graças ao ar de reserva que existe normalmente nos pulmões.
Mesmo
depois de uma expiração forçada, ainda fica nos pulmões cerca de 1,5 litro de
ar. à é
o ar residual
A capacidade
respiratória total corresponde à quantidade total de ar existente nos pulmões
depois de uma inspiração forçada. Podemos dizer que, num adulto normal, a
capacidade respiratória é de cerca 5,5 litros de ar.
Já a
capacidade vital corresponde à capacidade respiratória total menos o ar
residual. Tem um valor de cerca de 4 litros de ar.
A regulação do ritmo respiratório
Nas
artérias carótidas e na aorta existem regiões com receptores nervosos sensíveis
a variações das taxas de gases no sangue. Se houver umas grande queda de 02
no sangue, esses receptores mandam impulsos nervosos ao centro
respiratório localizado no bulbo, que envia estímulos aos músculos intercostais
e ao diafragma, para acelerar o ritmo dos movimentos respiratórios, melhorando
o suprimento de oxigênio nos tecidos.
Outro
mecanismo, prioritário, funciona por estímulo direto do centro respiratório,
que é muito sensível a variações da tensão de gás carbônico do sangue que
circula pelo bulbo. Se essa tensão é alta, o centro respiratório envia impulsos
nervosos para acelerar os movimentos respiratórios.
3º) Hematose
Hematose é a transformação de sangue venoso em
arterial, ao nível dos alvéolos pulmonares.
O oxigênio
e o gás carbônico são solúveis em água. Ocorre que, no sangue, eles existem em muito
maior concentração do que na água. Em 100 ml de água, ou plasma, podem estar
dissolvidos 0,5 ml de oxigênio, enquanto 100 ml de sangue dissolvem 20 ml de
oxigênio. Está demostrado que 15 g de Hemoglobina em 100 ml de água também
podem conter 20 ml de oxigênio, o que nos permite concluir que esse pigmento
transporta todo o oxigênio
O gás
carbônico, embora muito mais solúvel em água do que o oxigênio, tem outras formas de transportes que, em valores
aproximados são:
·
9% - dissolvidos no plasma
·
27% - combinados à Hb
·
64% - sob a forma de íons HCO3 (bicarbonato)
no plasma.
Nas
hemácias existe um pigmento dito hemoglobina(
Hb). Esse pigmento tem grande afinidade pelo oxigênio, formando um composto
instável, dito oxiemoglobina ( Hb + O2).
Essa reação ocorre nos alvéolos pulmonares. As hemácias que saem dos pulmões
estão, portanto, carregadas de oxiemoglobina.
Quanto ao
gás carbônico, a maior parte dessa substância é transportada pelo plasma
sangüíneo e somente uma pequena parte é
carregada pela hemoglobina. Quando a Hb se une ao CO2 forma-se um
composto instável, dito carboemoglobina.
Monóxido de carbono (CO)
A Hb (hemoglobina) se une
ao CO formando um composto estável
dito carboxiemoglobina. Em
decorrência, estando a Hb “ocupada” pelo CO, ela deixa de transportar oxigênio
e a pessoa pode morrer por asfixia.
Capítulo – 03 – Sistema
Circulatório
1º) Anatomia
a) Coração
O nosso
coração é constituído por um músculo dito miocárdio,
de contrações vigorosas e involuntárias. As células musculares cardíacas são
nutridas pelas artérias coronárias,
que são umas ramificações da aorta, logo
no seu início.
O miocárdio
não depende do sistema nervoso para se contrair, apesar dele ser um músculo esquelético. Na verdade, é auto-estimável.
O ponto de origem de todos os estímulos que determinam as contrações cardíacas
situa-se no nódulo sinoatrial ou marca
passo, região do átrio direito próxima ao ponto de penetração da veia cava
superior.
Embora
auto-estimável, o coração tem o ritmo de suas pulsações regulado pelo sistema
nervoso central, por meio do bulbo (
centro cardiorespiratório). Quando o nervo vago,
sob o comando do bulbo, libera o neurormônio
acetilcolina no coração, o ritmo das pulsações diminui; quando o nervo cardíaco libera o neurormôrnio adrenalina no coração, o ritmo das pulsações aumenta.
A contração do músculo cardíaco é dita sístole
e o período de relaxamento é dito
diástole.
O nosso
coração está dividido em quatro cavidades : dois átrios (aurículas) na cavidade superior e dois ventrículos, na cavidade inferior.
As paredes
do coração são formadas por três camadas:
·
pericárdio:
membrana que reveste externamente todo o coração;
·
endocárdio:
membrana que reveste a superfície interna das cavidades do coração;
·
miocárdio
: músculo cardíaco
As válvulas do coração são:
·
válvula
semilunares: estão na saída das artérias pulmonar e aorta, têm a forma de
lâmina ou pregas que evitam o refluxo do sangue para os ventrículos após a sua
contração (sístole).
·
Válvula
mitral ou bicúspide: localiza-se no átrio esquerdo
·
Válvula
tricúspide: localiza-se no átrio direito
2º) Vasos sanguíneos
a)
artérias:
são vasos de parede espessa, que
transportam sangue do coração para os diversos tecidos do corpo. Podem
transportar sangue arterial como venoso.
A artéria pulmonar
transportam sangue venoso. A artéria
aorta transporta sangue arterial.
b)
Veias:
são vasos que transportam sangue dos diversos tecidos do corpo para o coração.
Esse vasos, de parede relativamente fina, podem também transportar sangue
venoso ou arterial. A veia pulmonar, transporta
sangue arterial; e as veias cavas
transportam sangue venoso.
c)
Vasos
capilares: muito finos e permeáveis, irrigam os tecidos do corpo, cedendo
às células nutrientes, gás oxigênio e hormônios. Além disso, recolhem gás
carbônico e resíduos do metabolismo celular. Os capilares arteriais são
ramificações das artérias e recebem o nome de arteríolas. Os capilares
venosos, espalhados pelo nosso corpo, juntam-se formando uma vênula. As vênulas vão se unificando
até formar as veias.
3º) Sangue
a)
Plasma
O plasma é
componente do sangue que contém elementos nutritivos. Contém aproximadamente
90%^de água. Nele estão dissolvidas proteínas como: albumina, globulinas,
fibrinogênio, aglutininas, anticorpos e muitas enzimas. Além disso, encontra-se
no plasma aminoácidos, açúcares, colesterol, lipídios simples e nutrientes da
digestão. Há ainda materiais da excreção nitrogenada, como uréia, ácido úrico e
creatinina, removidos dos tecidos. Da composição do plasma fazem parte também
vitaminas, hormônios e sais minerais.
b)
Hemácias
As hemácias
ou glóbulos vermelhos ou eritrócitos, são células pequenas, discóides e
anucleadas. São produzidas na medula óssea vermelha dos ossos chatos, nos
adultos Em cada mm3 de sangue humano há cerca de 5 milhões delas,
carregadas de hemoglobina, um pigmento respiratório transportador de oxigênio.
Elas vivem cerca de 100 a 120 dias. As hemácias mortas são removidas do corpo
pelo baço e pelo fígado, onde são destruídas.
c)
Leucócitos
Os
leucócitos ou glóbulos brancos, são células nucleadas, sem pigmento, possuem
várias formas. São formados na medula óssea vermelha ( granulócitos) e nos
órgãos linfóides, como o timo, baço e os linfonodos (agranulócitos). Podem ser
destruídos pelo fígado, baço, pelas
próprias enzimas digestivas. Em cada mm3 de sangue há
aproximadamente 8 mil leucócitos. As funções dos leucócitos são:
Ø
Fagocitose:
englobam os microrganismo; através das enzimas digestivas contidas nos
lisossomos;
Ø
Fabricam
anticorpos: proteínas especiais que desativam as substâncias tóxicas
produzidas pelos organismos invasores.
d)
Plaquetas
Conhecidas
também como trombócitos, são anucleadas, incolores e portadoras de tromboplastina ou tromboquinase, enzima
que participa do mecanismo da coagulação do sangue.
As
plaquetas são formadas na medula óssea vermelha , com origem na fragmentação de
certas células ditas megacariócitos. Na corrente sangüínea existem, em média,
300 mil plaquetas por mm3 de sangue.
à Coagulação
No sangue
circulante existe uma proteína solúvel dita fibrinogênio. Assim que o sangue começa a sair do vaso lesado, na
região de um corte, o fibrinogênio se converte em fibrina, uma proteína insolúvel que se adere às paredes do vaso.
Assim, organiza-se uma verdadeira rede de fibrinas. Essa rede promove a
retenção de glóbulos sangüíneos tal maneira que se forma uma massa densa em
torno da região lesada, dita coágulo.
Nessas condições, a hemorragia é paralisada.
Para que o
fibrinogênio se transforme em fibrina, é necessária uma enzima a trombina que, por sua vez, provém de
uma substância produzida pelo fígado dita protrombina.
A produção de protrombina ocorre em presença da vitamina K.
Para que a
protrombina se converta em trombina são necessários, como catalisadores, os íons cálcio e a enzima tromboplastina,
que provém das plaquetas e dos tecidos lesados.
2º) Fisiologia
a)
Contração
e relaxamento
Primeiro ocorre
a sístole dos átrios: o sangue, então, passa para os ventrículos. Em seguida.
Ocorre a sístole dos ventrículos o sangue, então, é impelido para as artérias
pulmonares e artéria aorta.
Após a
sístole, ocorre a diástole da musculatura cardíaca, nos átrios e nos
ventrículos: os átrios se enchem de sangue e o processo da sístole recomeça.
b)
Pequena
circulação
É a que se
estabelece entre o coração e os pulmões e promove a oxigenação do sangue.
VC --------à-AD----------à-VD--------à-AP---------à--pulmões-----à--VP
tricúspide
c) Grande
circulação
é a que se
estabelece entre o coração e todos os órgãos do corpo.
VP ------à-AE---------à-VE----------à-AA------à--corpo--------à-VC
mitral
Pelo lado direito do coração passa sangue
venoso, e o lado esquerdo, sangue arterial.
|
3º) Circulação linfática
Linfa é um líquido resultante da
filtração do excesso de líquido intercelular exsudado dos capilares sanguíneos. Ela apresenta linfócitos e
alguns leucócitos granulócitos. Não possui hemácias, plaquetas. As células
predominantes são os linfócitos, lançados na linfa quando esta atravessa os
tecidos linfoides dispersos no corpo.
A linfa
circula numa extensa rede de capilares que acompanham os capilares sanguíneos
na intimidade dos tecidos. Com isso, é possível a contínua drenagem de líquidos
dos tecidos no interior dos órgãos. Quando isso não acontece, surgem os edemas
ou inchaços.
Linfonodos
Os
linfonodos (gânglios linfáticos) são estruturas globulosas. Eles têm uma cápsula
fibrosa externa e, internamente, um tecido reticular linfoide, com linfócitos (
um tipo de leucócito), plasmócitos (células produtoras de anticorpos) e
macrófagos (célula fagocitária).
Outros
órgãos linfoides são: tonsila palatina( amígdala) , timo e o baço.
Sistema linfático
O sistema
linfático tem como função:
Ø
Auxiliar a circulação sanguínea na remoção de
impurezas;
Ø
Coletar e distribuir ácidos graxos e gliceróis,
absorvidos no intestino;
Ø
Contribuir para a defesa do organismo através da
produção de anticorpos e de certos leucócitos, como os linfócitos
Os vasos
linfáticos coletam a linfa dos tecidos, transportando-a até o sistema
linfático. Tal como a veia, um vasos linfático é dotado de sistemas de válvulas
duplas, que impedem o refluxo da linfa.
Antes de
retornar à circulação venosa, a maior parte da linfa coletada passa por uma
série de estruturas nas quais há acúmulo de tecido linfoide. Essas estruturas
são ditas linfonodos ou gânglios
linfáticos.
Nos
linfonodos, a linfa é filtrada pela ação de células que fagocitam corpos
estranhos ao organismo, como bactérias e partículas de fumo.. caso os
microrganismos fagocitados sejam patogênicos, podem produzir nos linfonodos
manifestações inflamatórias ditas ínguas.
Capítulo – 04 – Sistema
Urinário
A) Anatomia
1º) Rins
Os rins são
dois órgãos de cor vermelho-escura. Têm a forma de um grãos feijão, situam-se
na cavidade abdominal, ao lado da coluna vertebral. Possuem duas faces: uma
côncava, interna e uma convexa , externa.
Na face
interna há uma escavação dita hilo renal.
Por ela entra a artéria renal, que leva sangue arterial ao rim; por aí também
sai a veia renal, que retira o sangue venosos do rim, levando-o para a veia
cava inferior.
As unidades
filtradoras são ditas néfrons. Cada
néfron é formado por uma cápsula de
Bowman, estrutura em forma de cálice, por onde penetra a arteríola aferente
(ramificação da artéria renal). No interior dessa cápsula, a arteríola
ramifica-se e organiza um emaranhado de vasos sanguíneos ditos glomérulo de Malpighi. Desse emaranhado emerge a arteríola
eferente, que abandona o glomérulo.
A cápsula
de Bowman está ligada a um longo túbulo, dito túbulo contorcido proximal.
Este, por sua vez, desemboca em uma estrutura em forma de U dita alça néfrica
( alça de Henle), a partir da qual se estende o túbulo contorcido distal. vários túbulos distais, de vários néfrons
desembocam em um túbulo coletor.
2º) Vias Urinárias
a)
Bacinete:
há um para cada rim. Eles são formados pela convergência dos cálices
renais; têm a forma de funil e servem para guardar temporariamente a urina.
b)
Ureteres:
são tubos compridos e finos, ligados aos bacinetes, que transportam a urina dos
rins à bexiga.
c)
Bexiga:
é uma bolsa formada por músculos lisos e revestida internamente por uma
mucosa impermeável à urina, de onde desembocam os ureteres. Localiza-se na
parte inferior do abdome e serve de depósito para a urina. Ela reserva em média
200 a 300 cm3 de urina. Um adulto elimina cerca de 1,5 L de urina
por dia.
d)
Uretra:
é o canal que conduz a urina da bexiga ao exterior. A uretra masculina
participa também do aparelho reprodutor conduzindo o esperma; a uretra feminina
só elimina a urina.
B ) Fisiologia
1º) Formação da urina
A formação
da urina, liquido de excreção que se forma no interior do rim, obedece a duas
etapas: filtração glomerular e reabsorção renal.
à Filtração glomerular
O capilar
de entrada do glomérulo apresenta alta pressão arterial, indispensável à
eficiente filtragem do plasma. O liquido filtrado e coletado pela cápsula de
Bowman é praticamente o plasma sanguíneo, sem proteínas. Esse liquido é dito filtrado glomerular e contém água, sais
minerais, glicose, aminoácidos, vitaminas, uréia. As proteínas, pelo grande
peso molecular, não atravessam o endotélio capilar e o epitélio pavimentoso da
cápsula. Sua presença na urina, portanto, é indício de lesões nos rins, como
ocorre, por exemplo, nas nefrites.
à Reabsorção renal
Ao longo
dos túbulos do néfron ocorre reabsorção das substâncias que saem do capilar
glomerular. Algumas delas, como a glicose, aminoácidos, o sódio e outros íons,
são reabsorvidas por processo ativo, com gasto energético, outras como a água,
são arrastadas passivamente por osmose. A intensidade de reabsorção da água
varia em função de fatores hormonais.
Na alça
néfrica, em sua porção ascendente, verifica-se uma absorção acentuada de sódio
(Na +). Por transporte ativo. Seguindo o gradiente elétrico, ocorre
um considerável fluxo de cloro (Cl -) do filtrado para o sangue.
Assim, o sangue readquire uma razoável quantidade de cloreto de sódio (NaCl),
fazendo com que a concentração do filtrado, ao atingir o túbulo distal, seja
hipotônica em relação ao sangue.
Assim, no
túbulo distal, com o sangue mais concentrado, deve ocorrer um fluxo osmótico de
água para o interior dos capilares sangüíneos. Acontece que a permeabilidade da
parede do túbulo distal depende da presença do ADH àhormônio
antidiurético. Esse hormônio, que é produzido no hipotálamo cerebral e
armazenado e liberado pela neuroipófise no sangue, tem a propriedade de
aumentar a permeabilidade do túbulo distal e, assim, determinar maior
reabsorção de água.
Em situação
em que a ingestão de água é muito baixa, a neuroipófise promove grande
liberação de ADH no sangue. Disso resulta uma alta reabsorção de água pelo
túbulo distal, uma vez que suas paredes têm permeabilidade aumentada. Em
conseqüência, a urina se torna escassa e concentrada, determinando, assim, uma
acentuada economia hídrica para o indivíduo. Em situação inversa, isto é,
quando a ingestão de líquido é alta, a liberação de ADH no sangue diminui,
acarretando uma baixa reabsorção de água no túbulo distal e a formação da urina
volumosa é diluída.
O líquido
que resta no interior do túbulo distal passa, então para o interior dos túbulos
coletores, onde a reabsorção de água continua. Após a reabsorção da água
restante, o líquido presente no túbulo coletor constitui a urina. Dos 120 ml/min de filtrado extravasado nas cápsulas de
Bowman, resta apenas cerca de 1 ml/min de urina no túbulo coletor. Isso indica
que mais de 99% do plasma extravasado é reabsorvido pelo sangue.
Há também
um outro hormônio, a aldosterona,
que é produzida pela região cortical das glândulas supra renais. A aldosterona
aumenta a reabsorção ativa do sódio nos túbulos renais. Com isso, aumenta a
retenção de água no organismo
Ø
Diabetes insípida: a produção de ADH é muito
reduzida, com isso, a urina é volumosa (poliúria) e muito diluída, o
diabético elimina cerca de 7l ou mais de urina
Ø
Bebidas alcoólicas: aumentam o volume de
urina, porque o álcool etílico bloqueia a liberação de ADH no sangue. Assim,
perdendo mais água do que se deve, a pessoa sente mais sede que o normal, um
dos sintomas verificados na ressaca.
|
à
Composição da urina: 95% de água e 5% se substâncias sólidas ( cloreto de
sódio, ureia e ácido úrico)
As fezes, são restos alimentares,
que não foram absorvidos pelas células, portanto , não é um excreta.
à
Principais produtos da excreção
Gás carbônico é excretado pelo pulmões.
Água : quando em excesso é eliminada pelo
sistema urinário
Uréia: é uma substância formada dentro de
nossas células; provém principalmente da transformação dos aminoácidos no
fígado. Em concentrações altas, a uréia se torna tóxica para nossas células.
Por isso, tem de ser eliminada constantemente através da urina e em muito
menor escala, pelo suor.
Os pigmento biliares também são excretas. Provém da destruição das
moléculas de hemoglobina do sangue, mas são depois reaproveitados pelo fígado
para a produção da bile.
|
Os nutrientes absorvidos pelo
organismo poderão seguir dois caminhos:
·
participar da síntese de uma nova substânciaà
anabolismo
·
remoção ou transferência de grupamentos
químicos à catabolismo
Ex: Proteína anabolismoà
matéria-prima para a síntese de proteínas
Catabolismoà
Ter seus grupamentos amina excretados ( ácido
úrico, amônia e
ureia)
|
Capítulo 05 – Sistema
Nervoso
O sistema
nervoso dirige e coordena todos os nossos movimentos.
Ø
Funções do sistema nervoso
a)
receber:
informações do próprio corpo ou do meio ambiente através de impulsos nervosos
aferentes ou sensoriais que chegam até os centros nervosos.
b)
Associar:
as informações de diferentes centros nervosos, interpretando-as.
c)
Emitir:
ordens dos centros nervosos para os órgãos efetuadores ( glândulas ou músculos)
por intermédio de impulso nervosos eferentes ou motores.
d)
Armazenar:
informações adquiridas( memória)
e)
Garantir:
a homesostase
f)
Neurossecreção:
é relativamente recente a descoberta de que o neur^0nio pode produzir
secreções, que nada mais são que hormônios. Executam, portanto, a função de
reguladores químicos. Isso acontece com os neurônios do hipotálamo, no
encéfalo, que enviam essas secreções ao lobo direito posterior da hipófise
Ø
Células
a)
Neurônio
Os
neurônios são células estreladas, muito longas, chegando às vezes a quase 1
metro de comprimento. Esse formato lhes permite conduzir, de uma região para
outra, os impulsos nervosos.
O neurônio
tem um corpo celular, onde ficam o
núcleo e uma parte do citoplasma. Do corpo celular, saem vários prolongamentos
chamados dendritos( traz o impulso
nervoso). Do outro lado, há outro prolongamento, o axônio (leva o impulso nervoso). Esses prolongamentos são chamados
de fibras nervosas, e têm o papel de
conduzir os impulsos nervosos.
Ø
Tipos de neurônios
a) neurônio sensorial: trazem informações
dos órgãos dos sentidos até a medula espinhal ou encéfalo. Geralmente possuem
dendritos longos e um axônio curto.
b) Neurônio motor: levam, da medula ou do
encéfalo, as ordens que serão executadas pelos músculos ou pelas glândulas.
Comumente, têm dendritos curtos e axônio longo.
c) Neurônios de associação: são também
chamados neurônios de conexão. Estão presentes no interior dos centros nervosos
( medula espinhal e encéfalo) e fazem a ligação entre neurônios sensoriais e
motores
b)
Células
da Glia
As células da glia auxiliam o funcionamento do tecido
nervoso. São elas:
1. astrócitos: fornecem alimento e dão
sustentação mecânica ao tecido nervoso.
2. Oligodentrócitos: compõem bainhas
protetoras de neurônios do cérebro e da medula espinhal, função semelhante à
das células de Schwann.
3. Micróglia: é composta por macrófagos
especiais que fagocitam corpos estranhos ao tecido nervoso.
4. Células ependimais: revestem os ventrículos cerebrais, secretam o fluído cerebroespinhal (ou líquido cefalorraquidiano) e podem atuar como células tronco
c)
Células
de Schwann
As células
de Schwann enrolam suas membranas sobre o axônio, diversas vezes, formando uma
capa dita bainha de mielina. A
bainha de mielina funciona como isolante elétrico, o que aumenta a velocidade
da condução dos impulsos nervosos através do neurônio .
Entre uma e
outra célula de Schwann há uma interrupção conhecida como nódulo de Ranvier.
Neurônios
cujos axônios não possuem bainha de mielina são chamados neurônios amielínicos.
Ø
Organização
do Sistema Nervoso
1º) Sistema
Nervoso Central (SNC)
O SNC é
formado pelo encéfalo: cérebro, cerebelo, ponte e bulbo e pela medula espinhal.
Ø
Encéfalo
a)
Cérebro
O cérebro
humano pesa em média 1450 gramas e apresenta grossas pregas, as circunvolunções em toda a sua
superfície.
É formado
por dois grandes hemisférios ( direito e esquerdo), ligados ventralmente por um
grosso corpo caloso, constituído por fibras que associam os centros nervosos
dos dois hemisférios.
A grande
superfície externa cerebral, na matéria
cinzenta, constitui o córtex, onde
ficam as camadas de neurônios. Calcula-se seu número em 10 bilhões ou mais, e
suas ramificações formam uma complexa rede, da qual partem fibras voltadas para
a matéria branca existente na região
interna. É no córtex que se localizam os centros nervosos ou áreas responsáveis
pelo controle sensorial ( audição e visão) e motor.
O córtex que cobre cada hemisfério apresenta quatro regiões ou lobos cerebrais:
a) lobo occipital: responsável pela visão
b) lobo temporal: responsável pela audição
c) lobo parietal: responsável pelas sensações do corpo
d) lobo frontal: responsável pelos movimentos
b)
Cerebelo
O cerebelo
fica abaixo do cérebro e atrás da ponte, e é também formado por dois
hemisférios e uma porção média alongada, o vérmis,
que apresenta estrias salientes. Em corte, cada hemisfério mostra a matéria cinzenta,
externa, que tem aspecto muito ramificado.
O cerebelo
coordena as funções motoras, evitando uma sobrecarga do cérebro, é responsável
também pela manutenção do equilíbrio e do tônus muscular. É ele que nos permite
fazer movimentos delicados, como, enfiar a linha na agulha.
c) Tronco encefálico:
é constituído de três partes: mesencéfalo, ponte e bulbo
- Recebe informações sensitivas de estruturas cranianas e controla os músculos da cabeça
- · Contém circuitos nervosos que transmitem informações da medula espinhal até outras regiões encefálicas e, em direção contrária, do encéfalo para a medula espinhal
- Regula a atenção, função esta que é mediada pela formação reticular (agregação mais ou menos difusa de neurônios de tamanhos e tipos diferentes, separados por uma rede de fibras nervosas que ocupa a parte central do tronco encefálico
c1)
mesencéfalo:
coordena o tônus muscular, a postura do corpo e alguns reflexos
c2)
Bulbo
raquidiano
Situado
logo acima da medula espinhal, o bulbo exerce duas importantes funções
fisiológicas: é o centro nervoso e condutor de impulso nervoso. Como centro nervoso, comanda o ritmo
cardiorespiratório e certos reflexos, como a deglutição, sucção, mastigação,
vômito, tosse, secreção lacrimal e o piscar de olhos.
c3) Ponte
A ponte (
ponte de Varólio) situa-se acima do bulbo e abaixo de cerebelo. Atua como
centro nervoso e como condutora de impulsos nervosos. Como centro nervoso, está
relacionada com reflexos associados às emoções, como o riso e as lágrimas.
Ø
Medula Espinhal
Ao
contrário do cérebro e do encéfalo, a medula apresenta matéria cinzenta na
região central, onde se concentram os corpos celulares dos neurônios. A matéria
branca, periférica, é formada por longos feixes de fibras transmissoras das
informações nervosas que entram no cérebro. Ao longo dela, dos dois lados,
partem 31 pares de nervos espinhais, que se ramificam lateralmente no corpo e
estão ligados a duas cadeias de gânglios
nervosos.
Ø
Proteção
do SNC
A
integridade do encéfalo e da medula é garantida não só pela caixa craniana e
pelas vértebras, mas também por três resistentes membranas, as meninges. Essas membranas, de origem
conjuntiva, são, de fora para dentro:
à dura-máter (mais grossa);
àaracnoide (lembra uma teia de aranha)
àpia-máter (fina), a última em contato
direto com o tecido nervoso.
Entre a aracnoide e a pia-máter há um espaço
preenchido pelo líquido cefalorraquidiano ou liquor. Trata-se de um fluido incolor que também preenche os
ventrículos encefálicos e um fino canal interno da medula ( canal do epêndimo).
Uma de suas principais funções é amortecer choques mecânicos e regular a
pressão no interior de todo o sistema nervoso.
O exame do
liquor é de grande interesse para diagnosticar várias doenças do sistema
nervoso, como a meningite.
2º) Sistema Nervoso periférico (SNP)
O SNP é
formado por vários gânglios nervosos e uma rede de nervos, que se espalham ao
longo de todo o organismo. Esses nervos podem ser:
Ø
Cranianos: quando partem do cérebro, são 12
pares.
Ø
Espinhais (raquidianos): quando partem da
coluna, são 31 pares.
Os nervos
estabelecem a comunicação dos centros nervosos com os órgãos sensoriais, ou
receptores, e os órgãos efetores, representados por músculos ou glândulas.
De acordo
com o sentido em que transmite o impulso nervoso, os nervos classificam-se em:
a)
sensitivos ou aferentes: quando transmitem
impulsos nervosos dos órgãos receptores até o SNC;
b)
motores ou eferentes: quando transmitem impulsos
nervosos do SNC para os órgãos efetores;
c)
mistos: quando possuem neurofibras( fibras nervosas),
sensitivas e motoras
Os gânglios são centros nervosos secundários, formados
por concentrações de corpos celulares de neurônios. Além de interligados, eles
também estão conectados aos órgãos por nervos.
3º) Sistema
Nervoso Autônomo (SNA)
O SNA é o componente eferente ou motor, do SNC.
Subdivide-se em simpático e parassimpático, com função antagônica.
SNA Simpático
É formado por inúmeros gânglios e neurofibras que podem
ser:
Ø
pré-ganglionares: originam-se de neurônios
localizados nas regiões torácicas e lombar da medula e chegam aos gânglios,
onde fazem sinapse com corpos celulares aí presentes.
Ø
Pós-ganglionares: saem dos corpos celulares
ganglionares e invernam os órgãos viscerais, liberando neles o neurormônio adrenalina. Daí essas neurofibras serem
chamadas de adrenérgicas.
SNA Parassimpático
É também constituído por gânglios e neurofibras, que
podem ser:
Ø
Pré ganglionares: originam-se de neurônios
localizados no encéfalo e na medula sacral;
Ø
Pós-ganglionares: as neurofibras liberam nos
órgãos viscerais o neurormônio acetilcolina.
Por isso, são ditas colinérgicas.
Reflexos
O arco reflexo
Os atos
reflexos são respostas involuntárias a um estímulo sensorial.
Consideremos
um exemplo : Reflexo Patelar. O
médico aplica um golpe com um martelo de borracha no joelho do paciente,
excitando as extremidades nervosas dos neurônios sensitivos. Imediatamente, os
axônios desses neurônios transmitem a informação adquirida até a medula (SNC),
penetrando-lhe pela região dorsal. No caso do reflexo patelar, os neurônios
sensoriais transmitem o impulso nervoso diretamente para os neurônios motores,
que partem da região ventral da medula espinhal e vão estimular os músculos da
coxa, fato que determina o movimento da perna, que se encontrava dobrada e
pendendo livremente. O impulso nervoso é também transmitido pela medula até o
cérebro, onde, ao ser interpretado, confere ao indivíduo a consciência da
pancada.
O ato reflexo é involuntário e
ocorre imediatamente após uma excitação periférica. Mesmo que o indivíduo
esteja dormindo, o reflexo ocorrerá, caso se aplique um estímulo adequado
|
Capitulo 06 – Órgãos dos Sentidos
1º) Visão
Os órgãos
fotorreceptores na espécie humana são os olhos. Esses órgãos estão situados
bilateralmente na porção superior da face, dentro de cavidades ditas órbitas.
Os olhos
são constituídos por duas partes: globo ocular e órgãos anexos
Ø
Globo
Ocular
1º) Membranas
a) esclerótica: conhecida como o “branco do olho”, tem natureza fibrosa e
função protetora, chamada de conjuntiva,
cuja região central constitui a córnea, transparente à luz e fina. A
movimentação dos olhos é controlada por três pares de músculos, que se prendem
à esclerótica.
b) Coroide: é rica em vasos sanguíneos que
fazem a nutrição do olho. Na região posterior apresenta um orifício que permite
a passagem do nervo óptico; na região anterior forma íris, estrutura pigmentada responsável pela coloração dos olhos. A
íris é dotada de um orifício central dito pupila, que pode se dilatar ou se contrair; permitindo uma maior
ou menor penetração de luz. A íris possui miócitos
(ou fibras musculares) regulados pelo sistema nervoso autônomo.
c) Retina: constitui a membrana mais
interna do olho. É formada pela expansão do nervo óptico, tendo, portanto,
natureza nervosa. Na retina existem dois tipos básicos de células
fotossensíveis:
Ø
Cones: células responsáveis pela percepção das
cores; localizam-se em maior número na região central da retina;
Ø
Bastonetes: células com grande sensibilidade à
luz, mas capazes de perceber apenas os contraste de claro e escuro; são mais
encontradas na região periférica da retina
Ø
Meios
transparentes
1º) Cristalino: situa-se atrás da íris. É uma lente biconvexa,
transparente aos raios luminosos e que focaliza a imagem na retina. É o cristalino
que dá nitidez e foco à imagem luminosa, projetando-se na área sensível do
fundo do olho. O cristalino está ligado aos músculos ciliares, cuja
contração modifica ligeiramente a forma do cristalino; para visão de objetos
distantes ele torna-se menos convexo e para visão de objetos próximos torna-se
mais convexo.
2º) Humor aquoso:
situado entre a córnea e o cristalino, de natureza líquida. ( o termo “humor” é
usado em biologia para designar qualquer
líquido corporal).
3º) Humor vítreo: de natureza gelatinosa, preenche o espaço
situado atrás do cristalino; é responsável pela manutenção da forma esférica do
globo ocular
Ø
Órgãos
anexos
Os músculos
que atuam nos movimentos do olho, as pálpebras, que função protetora, as
glândulas lacrimais e a conjuntiva são órgãos anexos dos olhos
As lágrimas
desempenham importante papel na defesa do olho; umedecem a conjuntiva, uma
membrana protetora que reveste a parte anterior do olho.
Ø
Caminho
da luz
A luz
penetra no olho através da córnea e atravessa o humor aquoso, o cristalino e o
humor vítreo; ajustada pelo cristalino, alcança a retina. Após a captação da
imagem retina, impulsos nervosos são gerados e transportados pelo nervo óptico
até o centro da visão, localizado nos lobos occipitais do córtex cerebral; ali
os impulsos nervosos são processados e interpretados. A imagem é formada de
ponta cabeça na retina e o cérebro após receber a imagem faz a sua inversão.
Fóvea: é o centro do olho onde há somente os cones
Ponto cego: os cones e
bastonetes estão conectados a fibras nervosas que se juntam todas em um mesmo
ponto do globo ocular, o disco óptico,
onde tem origem o nervo óptico. Essa região, por não apresentar
fotorreceptores, é um ponto cego.
Visão tridimensional: fibras nervosas provenientes da parte interna
de cada olho cruzam o encéfalo antes de atingir os centros da visão no córtex
cerebral, localizados na parte posterior do cérebro. Já as fibras
provenientes da parte externa de cada olho dirigem-se aos lados
correspondentes do córtex visual, sem se cruzar. Assim, os dois centros
visuais de cada hemisfério cerebral recebem fibras de ambos os olhos. É
exatamente a sobreposição das imagens vistas de ângulos diferentes por cada
um dos olhos que permite a visão binocular ou estereoscópica
|
Defeitos da visão
Miopia: a imagem se forma antes da
retina. (olho longo). Usam-se lentes divergentes, que afastam as imagens
fazendo-as coincidir com a retina.
Hipermetropia: a imagem se forma depois
da retina( olho curto). Usam-se lentes convergentes.
Astigmatismo: é uma deformação da
córnea, ocorre um desvio da imagem. Nesse caso, a correção é feita com o
auxílio de lentes cilíndricas.
Glaucoma: é o aumento da pressão intra
ocular devido ao aumento do humor vítreo
Tracoma: é uma grave infecção da
conjuntiva que pode levar à cegueira em conseqüência de ulcerações (conjuntivite)
Catarata: é a perda da transparência do
cristalino, por infiltração de um material branco e opaco.
Presbiopia: vista cansada, a capacidade de refração ou acomodação da lente tende a diminuir com a idade, porque vai perdendo sua elasticidade
Presbiopia: vista cansada, a capacidade de refração ou acomodação da lente tende a diminuir com a idade, porque vai perdendo sua elasticidade
2º) Audição
As orelhas
são mecanorreceptoras, pois percebem ondas sonoras que provocam deformações em
suas complexas e sensíveis estrutura. Elas possuem três regiões: orelha
externa, orelha média e orelha interna.
Ouvido externo ou Orelha externa
É formada
pelo pavilhão auricular e pelo meato acústico externo (conduto
auditivo externo). De natureza cartilaginosa, o pavilhão auricular direciona
o som para o interior do meato acústico externo, que é dotado de pelos e de glândulas
secretoras de cerúmen, material lipídico
com papel protetor e lubrificante.
Ouvido médio ou Orelha média
Também chamada de caixa timpânica, acha-se separada da orelha externa pelo tímpano, um membrana vibrátil de forma circular. Limita-se com a orelha interna através de duas janelas: redonda e oval. Entre a membrana timpânica e a janela oval existem três ossículos: martelo, bigorna e estribo. A caixa timpânica, que é cheia de ar, comunica-se com a faringe através da tuba auditiva (trompa de Eustáquio), que permite a manutenção do equilíbrio entre a pressão atmosférica e a pressão do ar contido no interior da orelha média.
Ouvido interno ou Orelha Interna
Localiza-se
em uma cavidade do osso temporal, a orelha interna ou labirinto, compreende,
basicamente duas regiões o vestíbulo,
relacionado com o equilíbrio do corpo, e o caracol,
relacionado com a audição.
O vestíbulo
possui três canais semicirculares
preenchidos por um líquido a endolinfa.
Na endolinfa são encontrados cristais de carbonatos de cálcio ditos otólitos ( do grego otos = orelha; lithos = pedra). Quando um indivíduo movimenta a cabeça, os
otólitos sensibilizam o epitélio ciliado que reveste os canais semicirculares.
Esse epitélio informa o nervo vestibular, ramo do nervo acústico, que transmite
impulsos nervosos até o cerebelo, onde esses impulsos são interpretados de
maneira a promover o equilíbrio corporal. Justifica-se, portanto, o fato de os
indivíduos com labirintite (inflamação da orelha interna) apresentarem
dificuldades para a manutenção do equilíbrio corporal.
O caracol,
ou canal coclear, é um tubo cônico espiralado que abriga o órgão espiral (órgão de Corti), uma estrutura dotada de células
sensoriais de audição.
Caminho do som
Quando um
som chega à orelha, o pavilhão auditivo recolhe as vibrações sonoras, que
passam para o interior do canal auditivo externo e acabam provocando a vibração
do tímpano. Então, a cadeia de ossículos recebe e transmite essa vibração à
membrana da janela oval; daí, a vibração atinge a endolinfa. Em seguida, as
vibrações da endolinfa excitam as células ciliadas sensitivas do órgão espiral
(Corti), de onde parte o nervo coclear. Esse nervo encarregado de transmitir
impulsos nervosos até o centro da audição, situado nos lobos temporais do
córtex cerebral. Os impulsos nervosos são então processados e interpretados, e
a pessoa ouve.
3º ) Pele Humana
A pele
humana é um órgão complexo, responsável por diversas funções fundamentais à
vida. Além de proteger nosso corpo da ação de agentes físicos, químicos e
biológicos, ela também é responsável por nossa sensibilidade táctil e pela
manutenção da temperatura corporal.
Camadas da pele
Epiderme: (do grego epi = sobre, dermatos =
pele) é um tecido epitelial constituído por diversas camadas celulares
sobrepostas, bem aderidas umas às outras. A camada mais interna, dita camada basal, ou camada germinativa, é formada por
células prismáticas alongadas, que se dividem continuamente por mitose,
produzindo novas células. Estas empurram progressivamente as células em direção
à superfície corporal, de modo que, durante a sua vida, as células epidérmicas
encaminham-se da região maios profunda do tecido epitelial, onde se formam,
para uma porção mais externa da pele.
A região
imediatamente acima da camada germinativa é dita camada espinhosa, em alusão ao fato de as células apresentarem
muitos prolongamentos que contribuem para mantê-las firmemente unidas entre si,
dando maior resistência ao epitélio. Na região seguinte, conhecida como camada granulosa, as células achatam-se
e passam a apresentar forma cúbica; além disso, apresentam inúmeros grânulos
citoplasmáticos repletos de substâncias precursoras de queratina.
O
achatamento celular e o acúmulo de queratina continuam na porção epidérmica
seguinte, até que as células se tornam totalmente impermeáveis e morrem. Assim,
a camada mais externa da pele, conhecida como camada córnea, é constituída
por células mortas e queratinizadas, que se achatam como escamas. A camada
córnea é substituída aproximadamente a cada três semanas; à medida que as
células mais externas descamam-se e são eliminadas, originam-se novas células
queratinizadas a partir de células da camada granulosa.
A epiderme
apresenta também melanócitos,
células situadas junto à camada basal e especializadas na produção na produção
de melanina, pigmento escuro que dá cor à
pele e aos pelos. A melanina é uma substância orgânica, sintetizada a partir
do aminoácido tirosina, ela desempenha duas importantes funções protetoras no
organismo : absorve parte da energia contida na redação ultravioleta da luz
solar e neutraliza radicais livres, compostos prejudiciais que se formam quando
a pele é danificada pela ultravioleta.
Os
melanócitos apresentam prolongamentos que penetram no interior das células
precursoras dos pelos e das células da camada basal e espinhosa da epiderme
introduzindo nelas grãos de melanina. A quantidade de melanócitos é mais ou
menos a mesma em todas as pessoas, independentemente da cor de sua pele. O que
diferencia uma pessoa de pele clara de outra de pele escura é a quantidade de
melanina contida nos melanócitos e não no número de células. Além disso, a cor
da pele é influenciada por outros fatore, como, a quantidade de caroteno,
pigmento alaranjado que se acumula sob a derme. A exposição ao sol escurece a
pele porque estimula a produção de melanina
Além dos
melanócitos, a epiderme apresenta ainda
as células:
·
Células
de Langerhans: possuem muitas projeções entre as células epidérmicas, sua
função é reconhecer agentes estranhos que entram na pele, além de alterar o
sistema de defesas corporais ( sistema imunitário) para agir contra os
invasores.
·
Células
de Merkel: são dilatadas e estão em contato com fibras nervosas
provenientes da derme que penetram na membrana basal. Sua função é perceber
estímulos mecânicos, transmitindo-os às fibras nervosas. Por isso que elas são mecanorreceptores
Derme
A derme é
um tecido conjuntivo rico em fibras proteicas, vasos sanguíneos, terminações
nervosas, órgãos sensoriais e glândulas. As principais células dérmicas são os fibroblastos, responsáveis pela
produção de fibras proteicas e de
uma substância gelatinosa que preenche os espaços do tecido, a substância fundamental. As fibras da
derme são filamentos constituídos de proteínas, e podem ser de três tipos: à fibras colágenas (mais espessa e
resistente), fibras elásticas ( mais
finas) e fibras reticulares ( muito
mais finas e entrelaçadas). É o conjunto dessas fibras que confere a
resistência e elasticidade típicas da pele.
A primeira
camada dérmica, localizada imediatamente abaixo da epiderme, é dita camada papilar, pois apresenta inúmeras
saliências (papilas dérmicas) que se encaixam em reentrâncias da epiderme. Dela
partem fibras finíssimas de proteína
colágeno, que se encaixam fortemente à epiderme, garantindo sua perfeita união
à derme.
Sob a
camada papilar, situa-se uma camada mais espessa, a camada reticular, constituída por um tecido conjuntivo denso e rico
em fibras elásticas, mas que possui relativamente menos células. Nessa camada
há vasos sanguíneos, vasos linfáticos e terminações nervosas; aí também se
situam as raízes dos pelos, as glândulas sebáceas e as glândulas sudoríparas.
Imediatamente
abaixo da derme, há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, a hipoderme ou tela subcutânea, rico em
fibras e em células que armazenam gordura ( células adiposas). A gordura
armazenada nesse tecido, serve como isolante térmico e como reserva de energia.
Anexos da pele
a) Pelos
São finos
bastões de queratina produzidos pela compactação de restos de células
epidérmicas mortas. O pelo se forma no interior de um tubo de células
epidérmicas que se aprofunda na derme adentro, o folículo piloso. No fundo desse folículo ocorre a produção de
células que sintetizam queratina, morrem e se compactam na base do pelo,
levando ao seu crescimento. Cada folículo está ligado a um pequeno músculo eretor, que permite a movimentação
do pelo e a uma ou mais glândulas sebáceas, que o lubrificam.
b)
Unhas
As unhas
são placas de queratina presentes nas pontas dos dedos. Ela cresce pela
contínua compactação de restos de células mortas repletas de queratina, a
partir de uma dobra da epiderme localizada em sua base.
- A margem livre é a parte da unha que se estende além do dedo. Não há terminações nervosas nessa região, logo não sentimos dor ao cortá-la.
- A matriz ungueal ou raiz da unha - é a porção proximal da unha que cresce. Está embaixo da pele.
- eponíquio ou cutícula que é uma dobra de pele na porção proximal da unha.
- prega periungueal que é a dobra de pele nos lados da unha.
- hiponíquio que é um fixação entre a pele do dedo e a porção distal da unha.
- lâmina ungueal que é a parte que nós pensamos quando dizemos unha, a porção rígida e translúcida, composta de queratina.
- leito ungueal que é o tecido conjuntivo aderente que está fortemente aderido à lâmina ungueal. Possui uma grande quantidade de terminações nervosas..
- lúnula que é a parte branca convexa do leito da unha.
- Prega ungueal uma prega da pele dura sobreposta como de base de uma unha.
A unha dividida em 3 partes:
Corpo- Lâmina ungueal é parte visivel que se estende desde a raiz até ao bordo livre.
Raiz- inserida na pele, sempre com tecido fixado em crescimento que é chamado de matriz.
Bordo livre- Secção final da placa até a ponta dos pés.
Corpo- Lâmina ungueal é parte visivel que se estende desde a raiz até ao bordo livre.
Raiz- inserida na pele, sempre com tecido fixado em crescimento que é chamado de matriz.
Bordo livre- Secção final da placa até a ponta dos pés.
c)
Glândulas
Sebáceas
São
pequenas bolsas constituídas por células epiteliais glandulares, localizadas
junto aos folículos pilosos, nos
quais lançam sua secreção oleosa. Sua função é lubrificar a pele e os pelos.
d)
Glândulas
Sudoríparas
São
estruturas tubulares enoveladas localizadas na derme, que se conectam a poros
na superfície da epiderme e ali eliminam o suor, um fluido que contém água,
íons de sódio, de potássio, de cloreto, ureia, amônia e ácido úrico. Essas
glândulas não existem na glande do pênis e nos lábios.
Funções da Pele
·
proteção:
funciona como uma barreira protetora contra ação de agentes físicos, químicos e
biológicos sobre o organismo.
·
Regulação
térmica: quando a temperatura sobe, impulsos nervosos provocam a dilatação
dos vasos sanguíneos dérmicos, fazendo com que maior quantidade de sangue passe
a circular na pele, com o frio ocorre o oposto.
·
Função
sensorial: a pele está repleta de terminações nervosas capazes de captar
estímulos mecânicos, térmicos ou dolorosos, essas terminações são ditas de receptores cutâneos:
a) terminais de Ruffini: especializada na
percepção de calor
b) corpúsculos de Paccini: percebem o tato
c) disco de Merkel: captam estímulos de
pressão e tração
d) terminações nervosas livres: captam estímulos mecânicos e dolorosos.
4º) Olfato
O nariz constitui o órgão do olfato.
Apresenta-se dividido pelo septo nasal em duas cavidades que, na porção
anterior, mantêm contato com o meio externo através de dois orifícios ditos narinas.
Na porção
posterior do nariz, as cavidades nasais comunicam-se com a faringe pelas coanas. A cavidade nasal é revestida
por uma mucosa à pituitária, que
contém fibras sensitivas do nervo olfativo e constitui a sede do olfato. Há
também pelos que filtram o ar inspirado
O epitélio
olfativo fica no alto da nossa cavidade nasal, ocupando uma área de apenas 5cm2.
Por isso, somos animais microsmáticos,
isto é, de pequena capacidade olfativa. Nesse epitélio existem muitos neurônios
sensoriais, que são os receptores olfativos, além de células de sustentação. Os
axônios desses neurônios atravessam os poros do osso etmoide e se agrupam,
ligando-se a outros neurônios nos dois bulbos olfativos existentes na
extremidade dos dois nervos olfativos ( primeiro par de nervos cranianos).
Ao contrário dos quatro sabores, os odores são muito numerosos e, para a estimulação dos receptores olfativos, as partículas em suspensão no ar devem dissolver-se no muco que cobre os cílios da extremidade livre dessas células. Certas substâncias podem estimular os receptores olfativos quando presentes em quantidades mínimas no ar, especialmente se forem voláteis e solúveis em lipídios.
5º) Paladar
O paladar
ou gustação é o sentido que permite a identificação dos sabores das
substâncias em solução que atingem a língua.
Este
sentido, o paladar deve-se à atividade dos corpúsculos
gustativos, que se distribuem pela língua nas chamadas papilas gustativas, que são saliências da mucosa que reveste a
língua, elas podem ser: caliciformes e fungiformes.
Ø
Papilas
caliciformes: em forma de cálice, situam-se na face superior da base da
língua. Em número de seis a treze, estão dispostas em forma de “V” e são
especialmente sensíveis ao sabor amargo.
Ø
Papilas
fungiformes: semelhantes a fungos ou cogumelos, em número de 150 a 200,
distribuem-se de maneira irregular pela face superior da língua.
Cada papila caliciforme e fungiforme
abriga inúmeros corpúsculos gustativos. Estes possuem células dotadas de
cílios, que, uma vez estimulados por uma substância em solução, geram impulsos
nervosos transmitidos até o cérebro, onde são identificados. Vários nervos
estão implantados no mecanismo do paladar até o cérebro:
Ø
Nervo corda do tímpano : porção anterior da
língua;
Ø
Nervo glossofaringeo : região dorsal da língua;
Ø
Nervo vago: região profunda da língua.
Além das
papilas gustativas, a superfície da língua contém as papilas filiformes, com função tátil, situadas em toda a face superior da língua; de aspecto
filamentoso.
Os sabores
são sentidos :
·
Doce à na ponta;
·
Amargo _à no “V”lingual
·
Salgadoà na lateral acima do
doce
·
Ácido à lateral acima do
salgado
7º ) Sistema Endócrino
Os hormônios ( do grego hormon = acordar, excitar) são mensageiros químicos produzidos por
várias células especiais ou glândulas endócrinas, que têm ação estimulante ou
inibidora sobre outras células ou órgãos.
Os hormônios são transportados em solução no plasma sanguíneo, onde são mantidos em certos níveis, e agem sobre os chamados órgãos-alvo. Eles atuam em doses
pequenas e são responsáveis pela regulação do metabolismo, taxas de várias
substâncias no sangue, reprodução , crescimento e desenvolvimento em geral.
Quanto à natureza químicas, eles podem ser
polipeptídios simples ( hormônios antidiurético ADH), proteínas ( insulina), esteroides ( hormônios sexuais) e derivados de aminoácidos (hormônios da tireoide).
A Ação Hormonal
As células produtoras de hormônios podem ficar
dispersas pelos mais diferentes órgãos ou compor as glândulas endócrinas, de
secreção interna que, ao contrário das glândulas exócrinas, não apresentam um
canal para eliminar a secreção. O intestino, os rins e até o coração produzem
hormônios. O pâncreas, importante glândula exócrina digestiva, pois produz o
suco pancreático, também tem suas porções endócrinas, as ilhotas, que produzem
a insulina e o glucagon, relacionados à regulação do metabolismo dos carboidratos.
Trata-se, portanto de uma glândula mista. ( anfícrina)
Determinado hormônio, uma vez liberado no sangue,
atinge as células-alvo, que apresentam receptores específicos nas suas
membranas. Tais receptores são moléculas proteicas, que se ligam aos hormônios
e formam um complexo hormônio-receptor,
responsável pelo desencadeamento da ação hormonal.
Essa regulação endócrina ocorre por meio de um
mecanismo à feedback (retroalimentação)
Exemplo:
adenoipófise
(região anterior da hipófise).
A adenoipófise produz o hormônio tireotrofina, que estimula a atividade
da glândula tireoide; à medida que o nível de toxina, hormônio da tireoide,
aumenta no sangue, a adenoipófise vai sendo inibida e a produção de
tireotrofina se reduz, fato que provoca a inibição da tireoide. Quando o nível
de tiroxina no sangue se torna baixo, a adenoipófise volta a secretar em
quantidades consideráveis e o mecanismo recomeça.
A) Hipófise
A hipófise é uma pequena glândula com cerca de 1 cm
de diâmetro e situada abaixo do cérebro, em uma cavidade do osso esfenetmoide dita
sela túrcica. Possui duas regiões : a
neuroipófise ou hipófise posterior, de constituição nervosa, e a adenoipófise
ou hipófise anterior, de constituição epitelial.
Hormônios da
neuroipófise: são na verdade produzidos pelo
hipotálamo cerebral. A neuroipófise apenas promove o armazenamento desses
hormônios e sua liberação no sangue. São eles:
ADH (hormônio
antidiurético): atua nos túbulos renais aumentando-lhe a permeabilidade e, portanto
promovendo maior reabsorção de água.
Quando um indivíduo ingere pouco líquido, a neuroipófise libera grande
quantidade de ADH no sangue; com isso, a reabsorção de água nos túbulos renais
torna-se intensa, e a urina fica concentrada e reduzida. Quando a produção de
ADH no organismo é baixa, surge uma doença dita diabetes insípido, que se
caracteriza por sede excessiva e formação de urina volumosa e diluída
(poliúria)
Ocitocina: exclusivamente feminino,
esse hormônio estimula de forma poderosa o útero gravídico, principalmente no
final da gestação, favorecendo o parto. A ocitocina atua também sobre as
glândulas mamárias, onde estimula as contrações mioepitreliais, facilitando a
ejeção de leite.
Hormônios da
adenoipófise: essa região das hipófise produz vários hormônios, como: FSH, LH ambos
reguladores da atividade das glândulas sexuais, e também os seguintes:
HEC (hormônio
estimulante do crescimento ou somatotrofina):induz e regula o crescimento, sendo
produzido apenas durante o período de crescimento. Quando na infância a
produção desse hormônio é insuficiente, surge o quadro clínico dito nanismo, caracterizado por deficiência
no crescimento dos ossos e dos dentes, com comprometimento geral do crescimento
do organismo. Em contrapartida, a produção excessiva acarreta o gigantismo. No indivíduo adulto, uma
produção significativa de HEC provoca acromegalia,
caracterizada pelo alongamento dos ossos das mãos e dos pés, por
inclinações da fronte para a frente, pelo desenvolvimento excessivo do nariz,
do queixo e das bordas supra-orbitias.
Prolactina : estimula a produção de leite nas glândulas
mamárias
B) Glândula Tireoide
Essa importante glândula localiza-se sob a laringe,
à frente da traqueia, e tem dois lóbulos. Em cortes histológicos, mostra um
grande número de folículos ou vesículas arredondadas, que acumulam uma secreção
homogênea, chamada coloide, na qual
se concentram os hormônios tireoidianos: tri-iodo-tironina
(T3) e o tetra-iodo-tironina
(T4) ou tiroxina.
A baixa produção dos hormônios da tireoide acarreta
o hipotireoidismo. A produção
excessiva de tiroxina e tri-iodo-tironina acarreta o hipertireoidismo.
Hipotireoidismo: no adulto, as consequências
desse quadro clínico são, em geral: aumento de peso; apatia; queda na
freqüência cardíaca; engrossamento da pele e intolerância ao frio, com isso a tireoide cresce muito originando o bócio
endêmico.
Bócio Endêmico: decorre da carência de
sais de iodo na alimentação. Na falta desse elemento químico, a produção de
tiroxina torna-se insuficiente. A adenoipófise, então, secreta grandes quantidades de hormônio tireotrófico (FSH), que estimula a atividade funcional
da glândula tireoide. Em conseqüência, essa glândula cresce exageradamente
acarretando o bócio endêmico.
Evita-se esta doença adicionando-se sais de iodo à
alimentação. Por lei federal, o sal de cozinha (NaCl) é enriquecido de iodo com
uma parte de iodeto de sódio para cada 100 mil partes de NaCl.
Hipertireoidismo: quadro clínico que resulta
: no aparecimento da exoftalmia ( olhos saltados), taquicardia, diminuição do
peso, nervosismo, intolerância ao calor e alto metabolismo.
Calcitonina: é outro hormônio produzido pela tireoide,
que atua estimulando a remoção de cálcio do sangue, fixando-o nos osso
C) Glândula Paratireoide
São quatro glândulas
localizadas na face posterior da glândula tireoide, sob os lóbulos. Produzem o paratormônio, responsável pela
regulação do metabolismo de cálcio e fósforo no plasma sanguíneo. Ele remove o
cálcio dos ossos, e também estimula a reabsorção de cálcio nos túbulos renais e
a absorção do cálcio dos alimentos, no intestino. A deficiência de paratormônio
causa diminuição da quantidade de cálcio no sangue, o que faz as células
musculares esqueléticas contraírem-se convulsivamente. Casso a pessoa não seja
tratada, com administração de paratormônio ou de cálcio, pode ocorrer tetania muscular e morte
D) Pâncreas
Essa glândula, que mede de 20 a 25 cm de comprimento, localiza-se na cavidade abdominal, junto ao estômago. É uma glândula mista, pois tem ácinos, com secreção exócrina, o suco pancreático, e regiões endócrinas, as ilhotas pancreáticas ( ilhotas de Langerhans), que além da insulina, produzem o glucagon. Esses dois hormônios, ambos polipeptídios, regulam o metabolismo dos carboidratos. Enquanto a insulina permite a utilização da glicose pelas células e a síntese do glicogênio armazenado nos músculos e no fígado, o glucagon estimula a glicogenólise, isto é, o desdobramento do glicogênio em glicose e sua liberação na circulação.
Quando o pâncreas produz quantidades insuficientes de insulina, surge uma doença a diabetes melito. Nesse caso, o excesso de glicose permanece no sangue, configurando a hiperglicemia. Pode-se então, detectar glicose na urina (glicosúria), uma vez que a capacidade de reabsorção de glicose nos rins é insuficiente. A presença de glicose nos túbulos renais retém água, que é eliminada pelo organismo, acarretando aumento no volume de urina (poliúria) e tendência a desidratação.
E) Supra- renais ou Adrenais
Elas se localizam na face superior de cada rim, e
apresentam duas regiões distintas córtex(
externa) e medula(interna).
Os hormônios corticais são produzidos sob o
estímulo do ACTH (hormônio
adrenocorticotrófico), que é liberado pela adenoipófise. Um dos principais
hormônios corticais é a aldosterona(
mineralocorticoide). Esse hormônio promove um aumento da reabsorção de sódio
nos túbulos renais e, consequentemente, um aumento da reabsorção de cloro e
água. Em troca favorece a passagem de potássio para o interior do filtrado,
promovendo a excreção desse íon.
Há também os glicocorticoides que têm excepcional
ação antialérgica e anti-inflamatória, estando relacionados ao metabolismo dos
açúcares e das gorduras.
Entre outros efeitos, a adrenalina provoca:
·
vaso constricção periférica (palidez)
·
aumento do ritmo respiratório e cardiovascular;
·
aumento da atividade mental;
·
glicogenólise no fígado;
·
elevação da pressão arterial]
·
vasodilatação nos músculos esqueléticos
·
retardamento da fadiga muscular;
·
dilatação da pupila
A medula das
supra-renais produz a adrenalina,
considerada hormônio do medo, do susto, da raiva, da tensão e da fuga. Produz
também a noradrenalina, que é
liberada em doses mais ou menos constantes pela medula adrenal,
independentemente da liberação de adrenalina. Sua principal função é manter a
pressão sanguínea em níveis normais.
F) Timo
O timo é uma glândula situada atrás da parte
superior do osso esterno. O peso do timo aumento do nascimento até os dois anos
de idade; a partir daí seu volume permanece constante até os 25 anos de idade,
quando começa a regredir. Nos velhos, praticamente não existe mais. A função do timo é pouco
conhecida, mas pesquisas realizadas em cães jovens parecem demostrar que sua
retirada nessa fase da vida perturba o
desenvolvimento do esqueleto.
Capítulo – 08 –
Sistema Locomotor
1º) Ossos
Um osso é formado por unidades ditas sistemas de Harvers. Cada um desses
sistemas consiste de camadas concêntricas de matriz mineralizada, depositadas
ao redor de um canal central, onde existem vasos sanguíneos e nervos.
As
células que formam os ossos são ditas osteoblastos.
Ao envelhecer, os osteoblastos passam a ser chamados de osteócitos. Estes estão situados em cavidades da matriz óssea, e
comunicam-se através de canalículos, por onde se difundem substâncias nutritivas
e gás oxigênio.
No osso há células grandes e especializadas, os osteoclastos, cuja função é destruir
áreas lesadas ou envelhecidas do osso, abrindo caminho para a regeneração do
tecido ósseo.
Os ossos longos armazenam na sua grande cavidade
central, o tutano. Ele é formado na medula óssea amarela, rica em gorduras,
que, quando necessário, podem ser mobilizadas para o fornecimento de energia.
Na epífise ou cabeça dos ossos longos fica a medula óssea vermelha, que preenche as cavidades dos ossos
esponjosos. Ela é um importante tecido hematopoiético, produtor de células sanguíneas.
2º) Estrutura Óssea
Na estrutura de um osso longo como o fêmur,
encontra-se uma bainha envolvente de tecido conjuntivo fibroso dito periósteo. No interior desse osso,
inúmeros canalículos dispostos longitudinalmente em relação à diáfise (corpo do osso). Esses
canalículos, chamados canais centrais
(canal de Harvers), comunicam-se através de outros canalículos dispostos
transversalmente em relação à diáfise, ditos canais perfurantes canis de Volkmann). Os canais centrais e os
perfurantes contêm vasos sanguíneos e neurofibras. Ao redor de cada canal
central existem lamelas ósseas concêntricas e entre elas, constata-se a
presença de inúmeros osteócitos. O conjunto formado por um canal central e as
lamelas que circundam denomina-se sistema
de Harvers.
3º) Classificação
a)
Ossos Longos: são ossos compridos em
relação à largura e à espessura. O fêmur, que é o osso da coxa, é um exemplo.
b)
Ossos chatos: são ossos achatados, de
pequena espessura em relação à largura. A escápula ou omoplata, ossos do ombro,
é um bom exemplo.
c)
Curtos ou cúbicos: as três dimensões são
praticamente as mesmas. As vértebras são exemplos desse tipo de osso.
4º) Regiões do osso
a)
Periósteo: é a membrana que envolve os
ossos. Apresenta muitos vasos sanguíneos, que penetram nas outras camadas e se
ramificam.
b)
Epífises: são as extremidades,
recobertas pela cartilagem articular.
c)
Diáfise: é o corpo do osso,
envolvido pelo periósteo
d)
Corpo ósseo: é a camada que forma o
osso propriamente dito. É constituído pelo tecido ósseo.
e)
Medula vermelha: situa-se nos poros da
parte esponjosa do osso. Nos adultos, localiza-se nas epífises dos ossos
longos, nas vértebras e nas costelas; nas crianças pode ser encontrada no
interior de todos os ossos. É nessa medula que ocorre a formação das hemácias,
leucócitos. Com a idade a medula vermelha é substituída pela medula amarela,
deixando de produzir os elementos do sangue.
f)
Medula amarela: localiza-se no canal
medular, nos adultos. É formada por uma substância de aspecto gelatinoso e
amarelado. Através da medula amarela passam diversos vasos sanguíneos que
nutrem o osso, é o tutano.
4º) Articulações
A articulação é uma reunião de dois ou mais ossos,
que permite realizar movimentos, sustentar ou proteger os órgãos.
As superfícies dos ossos não entram em contato
direto na articulação, pois as suas extremidades são revestidas por uma
membrana de tecido cartilaginoso. Entre as extremidades fica a cavidade sinovial, cheia de um líquido
que atua como lubrificante, facilitando o deslizamento, é o líquido sinovial. Se você, ao dobrar o
joelho, ouvir um estalo, é sinal de há pouco líquido sinovial nessa
articulação.
A articulação é envolvida por uma cápsula articular, revestida
internamente pela membrana sinovial.
As articulações podem ser:
v Móveis ou diartroses: permitem a realização de movimentos amplos, como a
flexão e extensão.
v Semimóveis ou anfiartroses ou sínfises: permitem pequenos
movimento, podendo apresentar certa flexibilidade no tecido fibroso que une os
ossos. A sínfise pubiana, é um bom
exemplo: ela une ventralmente os dois púbis e pode se distender-se bastante,
aumentando o espaço entre os ossos da bacia, o que facilita a passagem da
criança.
v Imóveis ou sinartroses: não permitem o movimento. Por exemplo: as
articulações dos ossos do crânio e da face, com exceção do maxilar inferior.
5º) Principais deformações
do esqueleto
a)
Cifose: caracteriza-se pelos
ombros caídos e pela acentuada curvatura da coluna vertebral
b)
Lordose: ocorre uma grande curvatura
da coluna vertebral para a frente; o peito e a barriga também ficam projetados
para a frente.
c)
Escoliose: é o desvio da coluna
vertebral para um dos lados do corpo.
Capítulo – 09
- Músculos
Os ossos e os músculos se
completam na formação do nosso sistema locomotor.
os músculos são formados por células alongadas dita miócitos
Tipos de músculos
os músculos são formados por células alongadas dita miócitos
Tipos de músculos
·
Músculo estriado: apresentam listras
transversais quando vistos ao microscópio. Caracterizam-se pela cor vermelha e
formam o que chamamos de carne. A maioria dos músculos estriados tem movimentos
voluntários, e rápidos, exceto o músculo estriado cardíaco. Esse tipo de
músculo possui uma irrigação sanguínea muito grande. Isso permite a difusão
rápida de medicamentos aplicados por meio de injeções intramusculares. Os músculos estriados esqueléticos ligam-se
aos ossos através de cordões fibrosos, ditos tendões, ou por meio de lâminas fibrosas, ditas aponeurose. A sua célula é multinucleada.
Tendões: Estruturas cilíndricas, esbranquiçadas,
brilhantes e praticamente inextensíveis, que fixam o músculo no esqueleto ou em
outras estruturas.
Aponeurose: Estruturas similares aos tendões, mas morfologicamente distintas. As
aponeuroses são tendões laminares, em forma de placas.
·
Músculo liso: não apresenta estrias.
Geralmente são esbranquiçados e formam os órgãos internos, como o estômago e o
intestino. Os movimentos dos músculos lisos são involuntários e lentos, como
por exemplo os movimentos peristálticos. Sua célula possui um só núcleo.
b)
Fibra muscular
O tecido muscular é constituído por células
alongadas, altamente especializadas e dotadas de capacidade contrátil, ditas miócitos (fibras musculares).
A capacidade de contração dos miócitos é que
proporciona os movimentos dos membros, das vísceras e de outras estruturas do
organismo. Essas células musculares têm nomes específicos para as suas
estruturas. Assim, a membrana plasmática é dita sarcolema e o citoplasma é chamado de sarcoplasma, onde se distribuem um retículo endoplasmático muito
desenvolvido, muitas mitocôndrias, sistema golgiense, ribossomos e inclusões de
glicogênio. No entanto, as estruturas predominantes são as miofibrilas, filamentos proteicos contráteis, que se dispõem
paralelamente ao longo de toda célula. Em cada fibra há um ou mais núcleos,
alongados, de posição central ou periférica.Esse tecido se organiza em camadas:
Epimísio: mais externo, se organiza em feixes e recobre o músculo todo; Perimísio: septos finos de tecido conjuntivo que circunda 10 a 100 fibras musculares, separando-as em feixes ditos fascículos, os quais podem ser visto a olho· Endomísio: envolve, por fim, cada fibra muscular; é a membrana plasmática da fibra muscular que é capaz de gerar eletricidade em resposta a estimulação do nervo. Quando o sarcolema gera impulso elétrico o sinal propaga-se ao longo da fibra e pelos túbulos T até chegar no retículo sarcoplasmático.
Epimísio: mais externo, se organiza em feixes e recobre o músculo todo; Perimísio: septos finos de tecido conjuntivo que circunda 10 a 100 fibras musculares, separando-as em feixes ditos fascículos, os quais podem ser visto a olho· Endomísio: envolve, por fim, cada fibra muscular; é a membrana plasmática da fibra muscular que é capaz de gerar eletricidade em resposta a estimulação do nervo. Quando o sarcolema gera impulso elétrico o sinal propaga-se ao longo da fibra e pelos túbulos T até chegar no retículo sarcoplasmático.
c) Contração Muscular
Os miócitos são dotados de inúmeras miofibrilas
contráteis constituídas basicamente por dois tipos de proteínas : actina e miosina.
Na musculatura não-estriada, as miofibrilas são
muito finas e não se organizam em feixes, de maneira que são dificilmente
observadas. Assim o sarcoplasma apresenta-se com aspecto homogêneo, sem
estrias. É por isso que os miócitos desse músculo são ditos não-estriados.
Na musculatura esquelética, as miofibrilas
organizam-se em feixes, delimitando um intercalamento de faixas claras e escuras,
o que confere ao miócito um aspecto estriado. Descrevemos a seguir a estrutura
de um miócito estriado.
O miócito estriado é constituído por inúmeras
miofibrilas, entre as quais pode-se observar a presença de numerosas
mitocôndrias.
Cada miofibrila apresenta faixas claras e escuras,
de maneira alternada. As faixas claras à faixas I apresentam no seu centro uma estria mais escura à estria Z. As faixas escuras à faixas A são maiores e apresentam na região central uma zona mais clara à estria H.
O conteúdo existente entra duas estrias Z é dito miômero à sarcômero. Inseridos na estria Z, encontram-se filamentos delicados constituídos
por actina. Esses filamentos terminam ao redor da estria H. intercalados aos
filamentos de actina estão os filamentos grossos de miosina. Na faixa A existem
filamentos de actina e miosina, determinando uma faixa mais densa, o que
justifica a coloração escura, quando se observa o miócito ao microscópio
óptico. Na estria H, um pouco mais clara, não existe actina.
A faixa I é constituída apenas pelos filamentos
finos de actina, daí a sua coloração clara (é uma região pouco densa). A estria
Z é uma região de condensação de proteínas.
Quando o
miócito se contrai, os filamentos finos de actina deslizam sobre os filamentos
grossos de miosina. Dessa maneira, a faixa I diminui, podendo até desaparecer;
a estria H também diminui pode desaparecer, embora a faixa A não se altere. É
evidente que, na fibra contraída, as estrias Z se aproximam, o que determina o
encurtamento do miômero. Como o miômero é a menor porção do miócito capa de
sofrer contração, é considerado a unidade
contrátil do miócito.
d) A energia para a contração muscular
Os músculos armazenam glicogênio, através do
movimento respiratório, as moléculas de glicose provenientes do glicogênio
liberam energia para síntese de ATP. A energia liberada pelo ATP permite o
deslizamento da actina sobre a miosina, determinando a contração muscular.
O estoque de ATP nos miócitos é, porém, limitado.
Quando a atividade muscular é intensa esse estoque é rapidamente consumido e,
nessas condições, a energia oriunda do mecanismo respiratório não consegue,
normalmente, restaurar as moléculas de ATP. Ocorre, no entanto, que o miócito
contém grandes quantidades de uma substância orgânica dita creatina, capaz de ser fosforilada e armazenar fosfatos de alta
energia. Assim, quando o suprimento de ATP diminui, a creatina-fosfato fornece fosfatos de alta energia para o ATP,
permitindo a rápida formação de novas moléculas de ATP. Quando o músculo se
encontra em repouso, o mecanismo respiratório fornece energia, permitindo a
formação de novas moléculas creatina-fosfato.
Considerando o mecanismo contrátil, podemos
concluir as seguintes funções para as substâncias citadas abaixo:
* Glicogênio: fonte
primária de energia para a contração;
*
ATP: fonte imediata de energia para a contração;
*
Creatina-fosfato: reservatório de energia química para a contração.
E) O papel do cálcio na
contração muscular
Nos miócitos, os íons de cálcio ficam normalmente
armazenados no interior do retículo sarcoplasmático. Quando um miócito é
estimulado por impulsos nervosos oriundos de terminações de um nervo, os íons
de cálcio passam rapidamente do interior do retículo sarcoplasmático para o
hialoplasma. Uma vez em contato com as miofibrilas, a ação conjunta desses íons
e da energia liberada pelo ATP promove o deslizamento dos filamentos de actina
sobre os de miosina, determinando mecanismo contrátil.
Quando cessa o impulso
nervoso, os íons de cálcio são bombeados ativamente para o interior do retículo
sarcoplasmático, os filamentos de actina retornam à “posição normal” e as
miofibrilas então relaxam-se.
f) A fadiga muscular
Quando um músculo está em intensa atividade, a
musculatura esquelética pode não dispor de um suprimento adequado de gás
oxigênio para promover a oxidação da matéria orgânica fornecedora da energia
para a ocorrência do mecanismo contrátil.
Nessas condições, as células musculares passam a
realizar a fermentação láctica, fato
que acarreta o acúmulo de ácido láctico, provocando a fadiga muscular, e pode
causar a paralisação da atividade do músculo. O ácido láctico assim formado,
porém, vai sendo lentamente oxidado até desaparecer, à medida que o músculo
recebe oxigênio. Entretanto, parte do ácido láctico produzido passa para o
sangue; nesse caso, o fígado promove sua conversão em moléculas de glicose, que
serão armazenadas na forma de glicogênio.
fontes
Campbell : Biologia
Amabis Volume único
Cesar e Sezar volume único
fotos da internet
Campbell : Biologia
Amabis Volume único
Cesar e Sezar volume único
fotos da internet
MUITO BOM. SHOW.
ResponderExcluirmuito obrigada.
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