Determinação do sexo
Na maioria dos seres que se reproduzem sexualmente, o sexo é
determinado geneticamente, o qual é definido na formação do zigoto. Os cromossomos sexuais ou Heterocromossomos ou alossomos determinam
o sexo do indivíduo. Os outros cromossomos são ditos autossomos definem quem somos, cor do cabelo, dos olhos, entre
outras.
a) Sistema XY
As fêmeas são
homogaméticas porque apresentam o mesmo gene. XX
Os machos são
heterogaméticos porque possuem os dois genes sexuais XY
Portanto o sexo do zigoto
é determinado pelo macho.
Na espécie humana há 46
cromossomos, onde 44 são autossomos e 2 são alossomos.
A representação é feita
da seguinte maneira:
macho: 2A XY
fêmea: 2A XX
A representa um conjunto haploide de
autossomos.
Os
cromossomos X e Y são diferentes entre si. O cromossomo X é submetacêntrico
enquanto o Y é acrocêntrico. O cromossomo Y possui uma região curvada.
A mosca das frutas Drosophila melanogaster tem oito
cromossomos: três pares de autossomos e um par de cromossomo sexual.
a)
Sistema XO
O sistema XO ocorre na maioria dos insetos e em algumas
aranhas. Nesse sistema, as fêmeas apresentam dois cromossomos X, enquanto os
machos apresentam apenas um cromossomo X.
O zero ( O ) significa ausência de cromossomo sexual Y.
Assim o número total de cromossomos das células de uma fêmea é superior ao do
macho.
macho: 2A X0
fêmea: 2A XX
Ø
SISTEMA ZW
O sistema ZW é característico dos lepidópteros ( borboletas)
e da maioria das aves.
Nesse sistema os machos são homogaméticos e as fêmeas são
heterogaméticas.
fêmea: 2A ZW
macho: 2A ZZ
Ø
Sistema ZO
O sistema ZO é característico de galinhas e da maioria dos
répteis. O macho é homogamético, enquanto a fêmea apresenta apenas um
cromossomo sexual.
fêmea 2A ZO
macho: 2A ZZ
O SEXO E A HERANÇA
GENÉTICA
1º) Herança
ligada ao sexo : CROMOSSOMO X
A)
HEMOFILIA
A HEMOFILIA é uma anomalia em que o sangue demora muito para
coagular-se; qualquer ferimento num hemofílico, por pequeno que seja, pode
causar hemorragias graves. A coagulação sanguínea é um fenômeno que depende de
várias substâncias que agem em
cadeia. Na hemofilia mais comum, falta o fator VIII,
(globulina anti-hemofílica GAH) uma das substâncias da cadeia de reações.
B)
DALTONISMO
Essa doença recebeu esse nome em homenagem ao químico John
Dalton, que era daltônico, foi o primeiro cientista a estuda-la.
O daltonismo também é determinado por um alelo recessivo. A
visão das cores depende de 3 tipos de pigmentos localizados na retina. A
presença desses pigmentos é controlada por 3
genes. Um deles à autossômico, é responsável pela percepção da cor
azul; os outros dois genes ligados ao sexo, sendo um responsável pela percepção
da cor vermelha e outro da cor verde.
O diagnóstico do daltonismo pode
ser confirmado pelo teste de Ishihara,
que utiliza pranchas coloridas. Este
teste, inventado pelo oftalmologista japonês Shinobu Ishihara nos idos
do ano de 1917, ainda é comumente usado para diagnosticar problemas de
percepção de cores. Os círculos desordenados são caóticos o suficiente para
esconder as linhas de um numeral e as pessoas ficam apenas com a percepção do
número que conseguem ver devido às alterações de cores
1 2
3 4
5 6
1: todos devem ver o número 12, inclusive os daltônicos
2: visão normal vê 8, daltônico vê 3
3: visão normal vê 20, daltônico 70
4: visão normal vê 3, daltônico vê 5
5: visão normal nada, daltônico 5
6: visão normal 73, daltônico: nada
C) Distrofia muscular de Duchenne
(DMD)
É uma doença rara,
recessiva, que acarreta a degeneração gradual da musculatura estriada em razão
da ausência da distrofina, uma proteína
que mantém a integridade muscular. Ela causa uma paralisia a partir dos 12 anos
de vida, impossibilitando a pessoa andar.
2º) Herança restrita
ao sexo: Ligada ao cromossomo Y
Essa herança está ligada ao cromossomo Y na parte não-homologa ao
cromossomo X, os genes são ditos: genes
holândricos.
Um exemplo na espécie
humana é o gene responsável pela hipertricose
auricular, ou seja, a existência de pelos longos nas orelhas. Trata-se de
alelo dominante raro, mas que, quando presente, é transmitido pelo pai para
todos os filhos do sexo masculino.
OBS:
alguns estudos recentes indicam que é
mais provável que a hipertricose deva-se a um gene autossômico que mesmo
existindo nos dois sexos, só se expressa no sexo masculino. Esse tipo de
herança recebe o nome de: Herança
limitada pelo sexo.
2º) Desenvolvimento
da gônada masculina
O gene responsável pela masculinidade é o SRY,(sex-determinating region Y),
promove a transformação de uma gônoda indiferenciada no embrião em testículo.
Mutações no gene exclusivo do Y (USP9Y)
causa a infertilidade.
3º) herança influenciada pelo
sexo: Calvície
Na herança influenciada pelo sexo o padrão de herança segue
o modelo tradicional, como qualquer gene situado em cromossomos autossômicos. No entanto, há uma alteração da forma
como se manifesta o gene em questão, que é influenciada pelo sexo.
Um exemplo clássico da influência do sexo na expressão de um
gene é a calvície hereditária. O gene que caracteriza a calvície funciona de
modo recessivo na mulher e dominante no homem.