quarta-feira, 8 de maio de 2019

tecidos vegetais

Histologia vegetal

Histologia Vegetal é o estudo específico de tecidos vegetais. Tecidos Vegetais são grupos de células que durante o desenvolvimento embrionário, geralmente realizam as mesmas funções. São divididos em:
Tecidos Meristemáticos (meristemas): apresentam células indiferenciadas com elevada incidência de divisão celular por mitose, responsável pelo crescimento da planta em espessura e em comprimento. Ocorrem nos ápices dos caules e da raiz.
Tecidos adultos (tecidos permanentes da planta): derivam de meristemas e têm células diferenciadas. São responsáveis pela realização das funções vitais, como a condução de substâncias (xilema e floema); a sustentação (colênquima e esclerênquima; revestimento (epiderme e súber) e o preenchimento e armazenamento (parênquima
localização do tecidos vegetais

1º) Meristemas (do grego merismo = dividir)
Todos os tipos de células que compõem uma planta tiveram origem a partir dos tecidos meristemáticos, formados por células que possuem uma parede primaria fina, pequenos vacúolos e grande capacidade de realizar mitose. As células que mantém o meristema como uma fonte contínua de novas células, são ditas, iniciais, das quais uma permanece sempre inicial e a outra se torna uma célula do corpo, dita derivada.
O tecido meristemático pode ser: Primário e Secundário.
Meristema Primário: Os tecidos meristemáticos primários são: a protoderme, o procâmbio e o meristema fundamental.
protoderme ou dermatogênio é o tecido que reveste externamente o embrião e dará origem a epiderme, o primeiro tecido de revestimento da planta.

procâmbio ou pleroma dará origem aos tecidos vasculares, xilema e floema primários. O procâmbio permanece como tecido meristemático entre o xilema e o floema, sendo chamado de câmbio fascicular, que origina mais xilema e mais floema
meristema fundamental ou periblema se forma logo abaixo da protoderme e dará origem ao córtex, constituído pelo parênquima e os tecidos de sustentação, colênquima e esclerênquima.
O caliptrogênio presente na raiz, origina a coifa que protege a ponta da raiz contra o atrito

Meristema secundário: promove o crescimento em espessura da planta. Aumentam o diâmetro da raiz e do caule nas angiospermas, que são chamadas de lenhosas; as angiospermas que não desenvolvem o meristema secundário são ditas herbáceas.
Os tecidos meristemáticos secundários são: o câmbio e o felogênio.
câmbio interfascicular origina o xilema e floema secundários.
felogênio origina o súber, um tecido morto de proteção e a feloderme um tecido vivo com função de revestimento.
O conjunto súber + felogênio + feloderme à forma a periderme



Tecidos adultos ou permanentes

1º) Revestimento
Os tecidos de revestimento protegem a planta contra perda de água e contra a ação de agentes externos físicos, químicos e patógenos. Eles são a epiderme e periderme.
       a)    Epiderme: é formada por uma camada de células vivas (uniestratificada), aclorofilada, justapostas e achatadas. Pode estar ausente em plantas aquáticas ou em plantas de lugares úmidos. Ela possui vários anexos, como:
      v  Cutícula: é uma película de revestimento formada por cutina, que é impermeabilizante. A cutícula protege também contra a perda de água e infecções e traumas mecânicos;
v  Estômatos: se localizam nas folhas na epiderme inferior. Ele é formado por um par de células estomáticas ou células guarda. Entre elas forma-se um orifício ostíolo que permite a entrada e saída de gases atmosféricos.  As células-guarda, que são as únicas células epidérmicas com cloroplastos, apresentam formato de rim e, em algumas espécies de monocotiledôneas, formato de halteres.
  v  Pelos ou tricomas:  eles podem ser simples ou ramificados, vivos ou mortos e têm várias funções: proteção, absorção e secreção e podem ser encontrados em várias partes dos vegetais. Por exemplo: pelos absorventes presentes na raiz, nas plantas epífitas eles absorvem água da chuva, outros podem atuar contra o ataque de insetos, os tricomas das plantas carnívoras ajudam na captura de alimento. Nas urtigas, seus pelos são perfurados e pontiagudos que ao serem tocados perdem a ponta e liberam uma substância urticante ao penetrarem na pele de um animal.
   v  Hidatódios: são estômatos  modificados especializados em eliminar o excesso de água, estão situados nas bordas e nas pontas das folhas, onde pela manhã liberam gotículas de águaà gutação.
      a)    Periderme: são encontrados em plantas lenhosas. Eles substituem a epiderme nas regiões mais velhas do caule e da raiz. A periderme se forma a partir da diferenciação do felogênio (meristema secundário), que é constituído por células com grande capacidade de divisão. O felogênio produz feloderme (células vivas), situada para dentro e o súber ou cortiça (células mortas) situada para fora


2º) Parênquimas
Tecido vegetal fundamental, que constitui a maior parte da massa dos vegetais, formado por células poliédricas, quase isodiamétricas e com paredes não lignificadas, a partir das quais os outros tecidos se desenvolvem. São formados por células vivas dotadas de parede primária, essa parede é importante na regeneração e cicatrização de lesões, essas células também originam as raízes adventícias; algumas células parenquimáticas apresentam também paredes secundárias.
Funções:
Preenchimento
Sua função é preencher espaços entre os tecidos internos. As células desse tecido são grandes, não especializadas e com paredes finas. Estão presentes em grande quantidade no córtex à parênquima cortical e na medula à parênquima medular de raízes e caules
Fotossíntese à parênquimas clorofilianos
São ricos  em cloroplasto , ele se localiza entre as epidermes superior e inferior da folha. Há dois tipos desse parênquima: paliçádico : possui células alongadas e ricas em cloroplastos, suas células estão presas umas às outras e dispostas perpendicularmente à superfície das folhas e o O parênquima lacunoso (ou esponjoso): tem por características células de formato irregular e presença de espaços intercelulares.
Armazenamento
Nos tecidos vegetais cujas células possuem leucoplastos com amido, o parênquima tem a função de reserva ou amilíferos, e são encontrados nas raízes e caules subterrâneos. Eles podem conter outras substâncias como proteínas e outros açúcares.
Há também parênquimas aeríferos ou aerênquimas, constituídos por células com grandes espaços entre elas, que formam cavidades cheias de ar. Estão presentes em plantas aquáticas tornando-as mais leves, facilitando a flutuação e ainda a troca de gases nas partes submersas da planta.
Em plantas de ambientes secos encontra-se um parênquima aquífero que tem o papel de reserva de água, importante para esses vegetais.
clorofiliano


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aquífero
3º) Tecidos de Sustentação

a)    Colênquima: (do grego colla = cola) é formado por células vivas clorofiladas alongadas de parede muito espessa não lignificadas e que são macias e flexíveis, com uma aparência brilhante no tecido fresco. Esse tecido faz a sustentação de órgãos jovens em crescimento. Encontra-se colênquima em caules verdes, pecíolos e nas nervuras das folhas.
b)    Esclerênquima:(do grego skleros, que significa duro) é formado por células mortas e alongadas e não flexível, dita fibras. Em suas células ocorre um depósito de lignina, que é uma substância impermeável, rígida e resistente, ela impede a toca de material entre as células vizinhas. Como exemplo de fibras podemos citar a juta, sisal e o linho, que são usados como fibra têxtil.

4º) Tecidos de condução
As plantas vasculares possuem dois tecidos condutores: o xilema ou lenho (derivado do grego "ξύλον" = "madeira") ele transporta a seiva bruta (água e sais minerais) da raiz para a folha, o outro tecido é o floema ou líber (derivado do grego phlóos, «idem») ele transporta a seiva elaborada (substâncias orgânicas, como a glicose) das folhas para o caule e raiz. O xilema e o floema podem ser primários  que estão organizados no sistema axial e paralelo ao maior eixo do órgão ou secundários, que estão organizados no sistema axial e radial e dispostos na horizontal. Os primários são formados a partir do procâmbio, e os secundários são formados a partir do meristema lateral denominado de câmbio vascular.
Xilema  
É um tecido morto formado por traqueídes e elementos dos vasos.
Os traqueídes são células mortas com reforço de lignina, que estão dispostos em anéis espirais, que lembram a traqueia dos vertebrados, por isso o nome traqueídes. A comunicação entre as células dos traqueídes é feita através de poros ditos pontuações.  Nas gimnospermas essas pontuações são areoladas. A seiva circula entre essas pontuações.
 Além dos elementos traqueais, o xilema também tem um parênquima lenhoso que envolvem vasos velhos penetrando em seu interior diminuindo o lúmen interno, tornando esses vasos inativos que passam a ter a função apenas de sustentação. Esse processo ocorre na região central , que se torna rígida e compacta, recebendo o nome de  cerne -à madeira. Sem função de transportar água A região que permanece funcional chama- alburno à lenho secundário, com função de transportar água

Os elementos de vaso são as principais estruturas condutoras da seiva bruta nas angiospermas, eles estão dispostos em sequência, formando cordões celulares que vão da raiz até as folhas. São caracterizados por apresentarem perfurações, que são poros desprovidos de parede primaria e secundaria. Assim os elementos de vaso superpostos formam longos tubos contínuos, ditos vasos lenhosos.
Floema
O floema, também chamado de líber, é formado por células vivas, que possuem parede celular e um fina camada de membrana plasmática, ele é responsável pelo transporte da seiva elaborada. Ele é constituído por dois tipos de células tubos crivados e células-companheiras.
Tubos crivados: são formados por células vivas e alongadas, cujas paredes transversais são perfuradas  por muitos poros que recebem o nome de placa crivada.  
As células que compõem o tubo crivado são ditas elementos de tubo crivado, elas possuem um vacúolo grande central e um fina camada de citoplasma, não possuem núcleo. Através dos crivos, a seiva elaborada passa de uma célula para outra, juntamente com finos filamentos citoplasmáticos, os plasmodesmos.
Células-companheira: estão dispostas lateralmente aos tubos crivados, comunicam-se com ele pelos filamentos plasmodesmos, auxiliando os elementos de tubos crivados no transporte da seiva elaborada.



Bibliografia
Amabis: biologia dos organismo Vol 2
Cesar/Szar/Caldani biologia vol 2
Peter H. Ravem  Biologia Vegetal
Antônio Pezzi  biologia vol 2
Fotos da internet





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