1º) Características Gerais
São triblásticos
Celomados
Protostômios
Simetria bilateral
Com ou sem concha
Corpo mole
Não segmentado
São aquáticos ou terrestres
São detritívoros e herbívoros
Sistema digestório completo
Sistema circulatório aberto, nos cefalópodes é fechado
Exceção por nefrídios
Sistema nervoso ganglionar
Sexos separados, mas há espécies hermafrodita (classe
gastrópodo)
Respiração branquial e pulmonar
O corpo está divido em cabeça, massa visceral e pé.
Na cabeça:
localizam-se a boca e importantes órgãos sensoriais, tais como olhos e
tentáculos sensitivos. Cefalópodes a cabeça é muito desenvolvida enquanto que
nos bivalves é muito reduzida.
O pé: é um órgão
musculoso, cuja função primordial está na locomoção, que se faz por
deslizamento, natação ou escavação. No polvo e na lula ele se apresenta
transformado em tentáculos.
A locomoção dos moluscos é normalmente realizada pelo pé.
Nos gastrópodes. O pé funciona como uma estrutura rastejadora e, nos bivalves,
é adaptado para a escavação permitindo o deslocamento do animal, em geral,
verticalmente no sedimento (areia ou lodo). Os polvos também podem rastejar.
Cefalópodes locomovem-se por propulsão a jato. A água
armazenada na cavidade do manto é expulsa com vigor por uma abertura dita FUNIL
ou SIFÃO e impulsiona o animal no sentido oposto. O funil é uma estrutura móvel
e o ajuste da direção permite grande variedade de movimentos ao animal, que
pode dar voltas de 360º ou, até mesmo, pairar na coluna d’água.
A propulsão a jato nos bivalves é obtida pelos movimentos
de abrir e fechar das duas valvas da concha.
Na massa visceral: situam-se as vísceras, ou seja, os órgãos internos,
como, intestino, glândula digestiva etc. A massa visceral é recoberta por uma
prega de pele denominada MANTO, ou PÁLEO
responsável pela secreção da concha. Ele também é chamado de cavidade paleal ou
cavidade do manto. Nessa cavidade encontram-se as aberturas dos aparelhos
digestório e excretor.
3ª)
Estrutura da Concha
A concha que corresponde ao exoesqueleto, reveste o corpo
e é produzida a partir da epiderme do manto. Ela se forma em uma peça ou valva
só nos gastrópodes exceto na lesma, e por duas peças nos bivalves, nos
cefalópodes ela está ausente no polvo e na lula e na sépia ela é interna, rudimentar
e muito reduzida. Nos náutilos ela é externa e espiralada, dividida em varias
câmras.
A concha da maioria dos moluscos é constituída por 3
camadas: Nacarada (ou perolada) mais
interna, prismática, mediana e a orgânica (ou perióstraco), mais externa. As 2
primeiras são formadas de carbonato de cálcio e a última de material orgânico.
4º Fisiologia
a)
Sistema digestório
O tubo digestório dos moluscos é completo: boca faringe,
esôfago, estômago intestino e ânus. Muitos apresentam na boca uma estrutura semelhante
a uma língua com pequenos dentes de quitina, a RÁDULA.
Que raspa algas e outros alimentos presos nas pedras, enviando-os para o tubo
digestório. A rádula não aparece nos moluscos filtradores (mexilhão, ostras),
que se alimentam de plâncton. Eles obtêm o seu alimento por filtração durante o
processo de respiração. As partículas alimentares são retiradas no muco das
brânquias e conduzidas até a boca por meio dos cílios.
Os moluscos são dotados de um estômago, uma glândula
digestiva (fígado ou hepatopâncreas) e o intestino, que se abre pelo ânus.
Estão presentes também glândulas salivares, que lubrificam a rádula e envolvem
o alimento com muco. A maior parte da digestão é intracelular e ocorre
dentro da glândula digestiva. Outra parte, extracelular, acontece no
estômago. A principal função do intestino é a eliminação das fezes.
O polvo e a lula possuem um par de fortes mandíbulas
quitinosas na faringe, que lembram o bico de papagaio, nesse caso, a rádula tem
apenas função de empurrar o alimento para o interior do tubo digestório. Eles
capturam o seu alimento por meio de tentáculos, que são extremamente musculosos
e dotados de ventosas.
O alimento passa da boca para um tubo onde desembocam as
glândulas salivares. No estômago, há uma estrutura dita estilete cristalino que promove eficiente circulação do alimento no
interior do órgão, enquanto enzimas digestivas encarregam-se da digestão
química. No intestino, os nutrientes são absorvidos, e os excretas são
eliminados na cavidade paleal pelo ânus.
b)
Sistema Circulatório
Este é formado por um órgão contrátil, o coração que
bombeia o sangue, através de uma rede de tubos, os vasos sanguíneos (artérias e
veias). O coração localizado na cavidade pericárdica, derivada do celoma,
possui uma câmara mediana, o ventrículo e duas
câmaras laterais os átrios. Este recebe o sangue oxigenado proveniente das
brânquias e o ventrículo impulsiona esse sangue por um sistema ramificado de
vasos e de lacunas.
O sangue leva alimento e gás oxigênio para todas as
células do corpo e retira delas gás carbônico e outros resíduos do metabolismo
celular (excreções).
As artérias partem do coração e terminam em cavidades
ditas LACUNAS SANGUÍNEAS OU HEMOCELAS, onde o sangue entra em contato direto
com as células dos tecidos. Das lacunas o sangue passa para as veias, que o
conduzem de volta ao coração.
O sistema circulatório dos moluscos é ABERTO ou LACUNAR,
exceto nos cefalópodes que é fechado, uma vez que o sangue sai do interior dos
vasos e cai nos espaços entre os tecidos, executando o seguinte percurso:
coração à
artériasà
hemocelasà
veiasà
coração.
c)Sistema
Respiratório
A respiração dos moluscos pode ser: cutâneaà
ocorre por difusão de gases através da pele; branquialà
ocorre na maioria das espécies e pulmonar à que ocorre em caracóis. Os órgãos
respiratórios dos moluscos aquáticos chamam-se brânquias. Estas são
constituídas por projeções da superfície corporal ricamente vascularizada. Em
alguns caracóis e caramujos de água doce, a cavidade paleal transforma-se numa
câmara cuja parede é irrigada de sangue. Esta câmara funciona como um pulmão
primitivo, retirando o oxigênio do ar. O pigmento respiratório da maioria é a hemocianina de cor
azulada, mas há moluscos que possuem hemoglobina.
d)
Sistema Excretor
Os moluscos apresentam um par de órgãos excretores ditos
METANEFRÍDIOS, especializados em eliminar os produtos tóxicos do metabolismo
celular. O metanefrídio é uma espécie de funil longo e dobrado, que retira
excreções tanto da cavidade pericárdica, uma bolsa celômica cheia de sangue que
envolve o coração, quanto dos vasos sanguíneos que circulam em suas
proximidades. Através do conduto do metanefrídio as excreções são expelidas do
corpo do animal.
e)
Coordenação
O sistema nervoso é formado por vários pares de gânglios
unidos por cordões nervosos. Na cabeça há um par de gânglios cerebrais, que
enviam nervos para os órgãos sensoriais, e os gânglios bucais (para a rádula).
Os pés são dotados de gânglios pedais, que controlam as contrações da
musculatura dessa parte do corpo. Ainda existem os gânglios que inervam os
órgãos internos (gânglios viscerais), os que inervam o manto (gânglios
pleurais) e os que inervam as brânquias (gânglios intestinais).
O polvo e a lula têm olhos bem desenvolvidos, semelhantes
aos dos vertebrados e capazes de formar imagens. Na ostra e no mexilhão os
órgãos visuais são mais simples, sendo capazes de apenas captar a luz (células
fotorreceptoras) . Há também estatocisto,
que funcionam como órgãos de equilíbrio; os tentáculos táteis e receptores
químicos, os OSFRÁDIOS, que são pequenas
estruturas, próximas às brânquias, com a função de identificar e analisar as
substâncias dissolvidas na água.
Nenhum comentário:
Postar um comentário