quinta-feira, 18 de abril de 2019

comunidade / Sucessão Ecológica

Comunidade biológica, também chamada de biota ou biocenose, é a reunião de populações diferentes e que vivam na mesma região, ou seja todos os seres vivos de determinado lugar e que mantêm relações entre si formam uma comunidade.
comunidade marinha

comunidade terrestre

As comunidades embora se mantenham em condições de equilíbrio, ela sofre várias mudanças ao longo do tempo, essas alterações sucessivas recebe o nome de sucessão biológica.
Sucessão biológica é considerada um processo natural da dinâmica das comunidades, em que a permuta de seres vivos ocorre porque, ao alterar o ambiente em que se encontra, uma determinada espécie cria condições para a instalação de outras espécies com exigências ambientais diferentes da anterior.
Alterações na composição e estrutura das comunidades terrestres são mais aparentes depois de uma perturbação severa, como a erupção vulcânica ou uma nevasca e também um incêndio, isso tudo remove a vegetação existente, os seres vivos que lá haviam.  A área afetada pode ser colonizada por outras espécies, as quais serão substituídas por outra, estas por outras e assim sucessivamente.
A sucessão ecológica passa por três fases: a comunidade pioneira ou ecese, comunidade intermediária ou sere e comunidade estabilizada ou clímax.
  Ø  Comunidade Pioneira: é representada pelas primeiras espécies que ocupam o referido lugar, são os liquens, musgos, insetos e gramíneas. Essas espécies pioneiras são consideradas tolerantes a: pouquíssima agua, calor fortíssimo por causa dos raios solares.  
  Ø  Comunidade intermediária: substituem as comunidades pioneiras e precedem a comunidade clímax.  É composta pela vegetação de pequeno porte, arbustiva e herbácea. O solo está mais espesso e permite o desenvolvimento dessas espécies.
  Ø  Comunidade clímax: corresponde ao estágio terminal de uma comunidade, é a fase mais estável, mas pode sofrer alterações, ou seja não é imutável.
                     
 Sucessão Primária: ocorre em um ecossistema que não existia vida, por exemplo: uma rocha nua, lava solidificada, dunas de areia. Ela apresenta 3 fases: ecese, sere, clímax.

Os liquens por serem os primeiros seres a se instalarem são chamados de "organismos pioneiros". A atividade metabólica dos liquens vai lentamente modificando as condições iniciais da região. Eles produzem ácidos orgânicos que corroem gradativamente a rocha, formando através da erosão as primeiras camadas de solo. A medida que os liquens morrem eles enriquecem o solo com matéria orgânica favorecendo o aparecimento de plantas de pequeno porte, como os musgos. Novas e constantes modificações se sucedem permitindo o aparecimento de plantas de maior porte como samambaias e arbustos. Também começam a aparecer os pequenos animais. A partir daí, novas modificações favorecem o desenvolvimento de árvores animais maiores, chegando ao seu clímax.


Sucessão Secundária:

É o caso da sucessão que ocorre em um ambiente parcialmente destruído, mas que já foi anteriormente ocupado por outra comunidade biológica. Embora degradado, este ambiente oferece condições mais favoráveis à ocupação de novas comunidades, o que torna a colonização das espécies pioneiras mais rápida. São exemplos de locais que sofrem sucessão secundária áreas destruídas por queimadas ou desmatamento e campos de cultivo abandonados. Em um campo de cultivo abandonado, por exemplo, o solo já formado possui alguns nutrientes disponíveis que favorecem o estabelecimento de novas espécies vegetais. Primeiramente, as espécies pioneiras favorecem o desenvolvimento de gramíneas e arbustos que, por sua vez, vão sendo substituídos gradativamente por uma vegetação de maior porte, até que se atinja a comunidade clímax, com a formação de uma floresta semelhante àquela que havia sido destruída. (AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia das Populações 3. 4ª edição. São Paulo: Editora Moderna, 2015.)

Na lagoa, o plâncton é o primeiro sistema de produtores que se desenvolve. Quando os seus cadáveres começam a enriquecer o fundo das margens com material orgânico, a vegetação aquática pode aí se estabelecer. As folhas e caules mortos aumentam o húmus do fundo, e de ano para ano a vegetação avança das margens para o centro. Na borda, onde estavam as plantas pioneiras, começam a aparecer arbustos lenhosos e, depois de um certo tempo, as árvores. O terreno eleva-se graças à sedimentação de restos vegetais e, finalmente, onde estavam, de início, as plantas aquáticas fixam-se arbustos e árvores, e o que era, de início, o charco marginal se transforma em terra firme.




Produtividade na comunidade clímax
A estabilidade de uma comunidade clímax está em grande parte associada ao aumento da variedade de espécies e da complexidade das relações alimentares.
A biomassa total e a biodiversidade são maiores na comunidade clímax. A comunidade tem grande estabilidade e não se altera. A produtividade líquida é igual a zero, porque tudo que ela produz na fotossíntese , é consumido na respiração.
PB: produtividade bruta à matéria orgânica produzida pelos produtores
PL: produtividade líquida é o saldo entre PB e R
R:   respiração da comunidade




Em comunidades pioneiras e nas seres, ocorre um excedente de matéria orgânica (Produtividade líquida) que é exatamente utilizada para a evolução do processo de sucessão ecológica

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