PLATELMINTHOS
Os
animais do filo platelmintos (do grego plathy = plano, chato ; helminthes =
verme) são vermes achatados dorsoventralmente. São acelomados, com simetria
bilateral. Possuem sistema excretor,
nervoso, reprodutor, além de músculos.
OBS: a palavra VERME não é um nome taxonômico formal e sim animais com corpo longo e fino, sem apêndices
A parede do corpo apresenta 3 camadas são triblásticos: epiderme, que reveste externamente o corpo, a endoderme, mais interna,
reveste a cavidade digestiva, e a mesoderme , que é a intermediária.
Os Platelmintos derivam de um ancestral com características dos Cnidarios, principalmente a mesogléia, que no filo dos Platelmintos foi substituída por um parênquima mesodérmico celular.
Classe Turbelária
O animal típico da
classe turbelária é a planária, encontrada
em ambientes aquáticos, de água doce, de vida livre, localizando-se nas
superfícies inferiores de plantas, troncos, raízes e folhas submersas.O termo
turbelário vem de turbilhão provocado na água pelos cílios que cobrem a pele
desses animais.
A planária apresenta a região dorsal bastante pigmentada,
o que lhe permite ficar camuflada no fundo de rios ou lagos e ser menos visada
pelos predadores. A superfície ventral é mais clara, rica em células ciliadas e
em células produtoras de muco, que facilitam o movimento do animal.
Da mesoderme, origina-se um tecido conjuntivo que preenche
o corpo do animal o PARÊNQUIMA, e um sistema muscular com feixes longitudinais,
circulares e transversais (dorsoventrais), o que dá grande mobilidade aos platelmintos.
O corpo da planária tem aproximadamente de 1 a 2,5 cm de comprimento, com
uma região cefálica na parte anterior, onde se encontram os ocelos. Os ocelos
são fotorreceptores, sensíveis às variações de luminosidade. Há também
quimiorreceptores, as aurículas que detectam a presença de substâncias químicas
úteis ou nocivas.
Fisiologia
A planária é carnívora
e seu tubo digestório é incompleto e a
digestão é intra e extracelular, a digestão termina no citoplasma das células
do intestino.
A boca situa-se na região ventral, próxima ao centro do
corpo. Por ela pode sair uma probóscide ou faringe, para capturar alimento. Através dela, a planária, lança enzimas
digestivas sobre o alimento. Inicia-se a digestão fora do corpo e, a seguir, o
alimento ‘é sugado por ação da musculatura da faringe e conduzido para o
intestino. Os restos não aproveitáveis são eliminados pela boca.
Por ela ser achatada, não há muita distância dentro do
corpo, desse modo o oxigênio absorvido
pela epiderme chega facilmente ao centro do corpo por difusão.
O sistema nervoso é formado por um cordão de células nervosas, na região ventral
do corpo e com gânglios nervosos de pontos
em pontos (cordão ganglionar ventral) e por dois
gânglios cerebrais ligados entre si por dois cordões nervosos. Portanto, ao
lado de uma cefalização, surge também uma centralização que permite movimentos mais
sofisticados
A excreção: A amônia, uma substância nitrogenada produzida pela
oxidação das proteínas e outros compostos nitrogenados, é eliminado por difusão
através da pele. O excesso de água e de outros produtos do metabolismo é
eliminado por células com tufos de cílios que se assemelham à chama de uma
vela, vindo daí o nome de células-flama
(protonefrídios). Estas células estão espalhadas pelo corpo do animal,
fazendo a excreção através de um sistema de tubos e de poros na epiderme.
Reprodução: As planárias são hermafroditas, com fecundação cruzada,
interna e desenvolvimento direto. Ela pode realizar reprodução assexuada,
caminhado com a parte anterior e posterior do corpo em sentidos contrários e
cortando-se ao meio autolaceração. Ela tem
grande capacidade de regeneração. A metade anterior regenera a parte posterior e vice-versa.
Na reprodução
sexuada 2 planárias maduras realizam a cópula, introduzindo seu pênis no poro genital da outra. Os espermatozóides fecundam
os óvulos lançados pelos ovários nos ovidutos. Os ovos ficam dentro de casulos
que contêm células com substâncias nutritivas, o
vitelo, que fornece alimento para o embrião. O ovo origina uma nova
planária (desenvolvimento direto).
reprodução sexuada |
classificação
Classe Cestoda
Os platelmintos da classe cestoda ( do grego cestus =
cinturão ; oid = parecido) compreendem as tênias, que , quando adultas, são
parasitas intestinais, conhecidas vulgarmente por solitárias. Não apresentam sistema
digestório.
Teníase
Verme : Taenia
soliun ( porco ) e a Taenia saginata
( boi )
Transmissão :
ingestão de carne de porco ou de boi crua ou mal passada
Corpo : escólex, colo , estróbilo
Proglotes : jovens, maduras e grávidas
Fixação : ganchos ( T. soliun) ; ventosas (T. saginata )
Sexo : monóicas
Sintomas : alterações do apetite, enjoo, diarreia, perturbações nervosas, fadiga e insônia
Profilaxia : fiscalização da carne
e de seus derivados, educação sanitária, cozinhar bem as carnes
Cisticercose : doença
causada pela ingestão de ovos de Taenia
soliun ,o homem é o H.I e o H.D. Ela pode levar a cegueira ou até a morte.
O cisticerco pode alojar-se nos olhos,
cérebro, pele, músculos, etc.
Classe Trematoda
Seu corpo é revestido por uma cutícula com ventosas
de fixação
Esquistossomose
Verme : Schistosoma mansoni
H.I : caramujo do gênero Biomphalaria
H.D. : homem
Macho : apresenta no meio do corpo
o canal ginecófaro, local onde ele aloja a fêmea para a cópula.
Fêmea : em geral é maior que o macho tem o corpo
afilado e cilíndrico
Ovo : possui uma espícula voltada
para trás
Larvas : miracídio, esporocisto,
cercária
Transmissão : penetração da larva
cercaria pela pele.
Sintomas : coceira , febre, dores
musculares, ascite ( fase crônica) que é o derrame de
líquido distendendo o abdome.
Profilaxia: saneamento básico, tratamento dos
doentes, destruir os caramujos.
Fascíola
A Fasciola hepatica
parasita os canalículos biliares do fígado do carneiro e, raramente, o homem.
Hermafrodita, seu ciclo é semelhante ao do S.
mansoni, mas os esporocistos primários formam uma larva dita RÉDIA. Há
também um HI um caramujo de água doce. O carneiro infesta-se comendo vegetação
à beira de água onde se encontra a larva.
tirado https://www.researchgate.net/figure/Figura-19-Ciclo-evolutivo-da-Fasciola-hepatica_fig5_281346713 |
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